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Ucrânia sob holofotes: corrupção na guerra expõe disputa entre reformas, FMI e imperialismo europeu

13 de novembro de 2025Nenhum comentário
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Foto: Les Kasyanov
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Escândalo de 100 milhões de dólares no setor de energia, pressão de Bruxelas e do FMI e protestos em Kiev mostram como a luta contra a corrupção virou campo de batalha entre oligarcas, doadores ocidentais e um país em guerra.

No terceiro ano da invasão russa em grande escala, a Ucrânia vive um paradoxo que incomoda até seus aliados mais próximos. De um lado, o país é apresentado como “linha de frente da democracia” e candidato prioritário à União Europeia. De outro, volta e meia é sacudido por escândalos de corrupção de alto calibre, que colocam em xeque a narrativa de “reforma exemplar em meio à guerra” e reacendem o debate sobre o peso do imperialismo financeiro nas agendas de “boa governança”.

O caso mais recente estourou no coração do setor energético. A agência nacional anticorrupção revelou uma operação de larga escala que investiga um esquema de propinas de cerca de 100 milhões de dólares ligado à Energoatom, estatal responsável pelas usinas nucleares do país. O escândalo levou à suspensão e, em seguida, à renúncia da ministra de Energia Svitlana Hrynchuk e do ministro da Justiça German Galushchenko, ambos figuras centrais na gestão da crise energética provocada pelos bombardeios russos.

A investigação, apelidada pela imprensa de “Operação Midas”, já resultou em sete acusados, centenas de buscas e milhares de horas de gravações. Para um país que tenta convencer Bruxelas de que está pronto para aderir à UE em tempo recorde, o timing não poderia ser pior.

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Escândalo na energia: dinheiro sujo em plena economia de guerra

Em meio a apagões, ataques recorrentes à infraestrutura e uma população cansada, descobrir que milhões de dólares destinados à energia foram desviados para esquemas de propina é combustível inflamável. Segundo a agência anticorrupção, o esquema envolvia uma “organização criminosa de alto nível” que operava com contratos superfaturados, empresas de fachada e conivência de funcionários da Energoatom e do próprio ministério.

O governo reagiu tentando mostrar que “ninguém está acima da lei”. Zelensky apoiou publicamente a suspensão dos ministros e falou em passo “civilizado e apropriado”, prometendo que todos responderão à Justiça. Ao mesmo tempo, aliados admitem, em off, preocupação com o efeito dominó: quem assume pastas estratégicas em plena guerra, sabendo que qualquer passo pode virar munição para rivais domésticos, oligarcas ressentidos e governos estrangeiros?

Não é caso isolado. Desde 2023, o Ministério da Defesa já foi alvo de múltiplos escândalos — de contratos superfaturados de alimentos (os famosos “ovos de ouro” e jaquetas de inverno) a fraudes de munição que desviaram dezenas de milhões de dólares. Zelensky se viu forçado a demitir o ministro Oleksii Reznikov, substituir chefias na área de recrutamento e mostrar serviço num setor que consome parcela gigantesca do orçamento em tempos de guerra.

A narrativa oficial é de “tolerância zero à corrupção”. Mas, na prática, o que se vê é uma convivência tensa entre uma máquina estatal atravessada por velhas redes oligárquicas e novas estruturas de controle impulsionadas por doadores ocidentais e pela própria sociedade civil ucraniana.


Bruxelas aperta o cerco: reformas, dossiês e a régua da União Europeia

Em junho de 2024, a abertura formal das negociações de adesão da Ucrânia à UE foi celebrada como vitória simbólica em plena guerra. Mas, desde então, cada relatório europeu vem acompanhado de alertas: o país avançou em áreas-chave, porém segue sob observação crítica em temas como independência do Judiciário, captura das instituições por oligarcas e estabilidade das agências anticorrupção.

O chamado “Rule of Law Road Map” — roteiro de reformas no Estado de Direito — virou condição para abrir e manter o capítulo mais sensível das negociações, o Cluster 1 (“Fundamentals”). Transparência Internacional Ucrânia reconhece avanços importantes, mas aponta lacunas em pontos decisivos, como proteção institucional das agências anticorrupção e blindagem contra interferência política.

No pacote de ampliação de 2025, a Comissão Europeia elogia a “forte vontade política” de Kiev, mas registra “elementos de preocupação notável”, sobretudo quanto à autonomia real de órgãos como o NABU (agência anticorrupção) e a promotoria especializada.

Em outras palavras, a mesma Ucrânia exaltada como bastião da “Europa democrática” é cobrada, linha por linha, por práticas que há décadas fazem parte do tecido político local — e que agora se chocam diretamente com a régua de Bruxelas.


FMI, “Ukraine Facility” e a agenda do cartel financeiro

Além de Bruxelas, o outro grande ator do tabuleiro é o Fundo Monetário Internacional. Desde 2022, a Ucrânia opera sob um programa de quatro anos (EFF), considerado “âncora de confiança” para destravar pacotes bilionários da UE, do G7 e de instituições multilaterais.

Relatórios recentes do FMI destacam “resiliência extraordinária” da economia ucraniana, mas deixam claro que não há almoço grátis: ajuda financeira está atrelada a metas de austeridade, reformas fiscais, ajustes regulatórios e, claro, medidas concretas contra corrupção e “desperdícios” no setor público.

O chamado Ukraine Facility — mecanismo de apoio da UE para reconstrução e reformas — replica boa parte dessa lógica, vinculando desembolsos a “marcos” de reformas estruturais, como privatizações pontuais, mudanças em governança de estatais e abertura maior a capital estrangeiro.

Do ponto de vista de uma leitura de esquerda, é difícil ignorar como essa engrenagem reforça a centralidade do “cartel financeiro” internacional: fundos de investimento, bancos e grandes empresas ditam, em grande medida, o ritmo das reformas, enquanto a Ucrânia negocia sua reconstrução e futuro em posição de extrema vulnerabilidade.

Sob o discurso de combate à corrupção, abre-se espaço para mais entreguismo em setores estratégicos, com estatais enfraquecidas empurradas à lógica de mercado em um país esgotado pela guerra.


Pressão das ruas: protestos, recuos e o risco de estado de exceção

Não é apenas “lá fora” que a pressão cresce. Em setembro, o governo aprovou uma lei que ampliava o poder do Executivo sobre as principais agências anticorrupção, permitindo interferência direta em nome da “segurança nacional”. A medida foi lida por ativistas e juristas como um passo na direção de um estado de exceção permanente sob pretexto da guerra.

A reação foi imediata: Kiev registrou os primeiros grandes protestos antigoverno desde o início da invasão russa em 2022, com manifestantes exigindo a revogação da lei e denunciando risco de captura política das instituições anticorrupção.

Sob pressão das ruas e de Bruxelas, Zelensky recuou. Enviou um novo projeto de lei, redigido em diálogo com as próprias agências, restaurando a independência formal dos órgãos e impondo limites à interferência governamental.

O episódio revela um dado central: mesmo sob bombas e com o país parcialmente em ruínas, há uma luta pela democracia em curso dentro da Ucrânia — não só contra tanques russos, mas também contra tentativas internas de concentrar poder e reduzir mecanismos de controle.


Corrupção, guerra e imperialismo: de que lado pesa a balança?

Para analistas críticos, o discurso anticorrupção virou um campo minado. De um lado, é arma indispensável contra velhas elites oligárquicas que parasitam o Estado desde a independência do país. De outro, é frequentemente instrumentalizado por governos ocidentais para legitimar agendas de imperialismo econômico e disciplinar países em situação de dependência.

Setores da esquerda alertam que o “combate à corrupção” vira, às vezes, código para impor pacotes de ajuste, reformas pró-mercado e destruição de direitos trabalhistas, enquanto o grosso da reconstrução é capturado por conglomerados internacionais. Nesse enquadramento, a Ucrânia corre o risco de sair da guerra com uma dívida enorme, infraestrutura privatizada, salários comprimidos — e ainda sob vigilância permanente de credores e tecnocratas.

Ao mesmo tempo, seria equivocado reduzir tudo a um jogo externo. A sociedade ucraniana — jornalistas, movimentos, ONGs — tem papel decisivo em desmascarar esquemas, denunciar abusos e construir contrainformação é poder frente à narrativa de uma mídia hegemônica ocidental que, muitas vezes, pinta o país apenas como peça de xadrez na disputa OTAN x Rússia.


Mídia neoliberal, narrativa única e o lugar da esquerda

Boa parte da mídia neoliberal no Ocidente prefere enquadrar o debate como dilema binário: apoiar Kiev “sem questionar” ou fazer o jogo de Moscou. Nesse roteiro, falar de oligarcas ucranianos, da influência do FMI ou de privatizações forçadas é quase tabu.

Uma perspectiva de esquerda internacionalista precisa fazer exatamente o oposto: defender a população ucraniana contra a agressão russa, denunciar crimes de guerra e ocupações ilegais — e, ao mesmo tempo, criticar o papel das potências ocidentais e de instituições financeiras que lucram com a reconstrução e o endividamento do país.

Em resumo: não se trata de escolher entre um ou outro bloco, mas de recusar o alinhamento automático a qualquer lado e apoiar as forças sociais que, dentro da Ucrânia, lutam por justiça social, transparência e soberania nacional real — não subordinada nem a oligarcas locais, nem ao imperialismo euro-atlântico.


A “Ucrânia sob pressão por corrupção e reformas” é, no fundo, a história de um país espremido entre bombas, oligarcas e condicionalidades externas. As demissões de ministros, os relatórios de Bruxelas e do FMI, os protestos em Kiev e os escândalos na energia e na Defesa são capítulos de uma mesma disputa: quem vai definir o futuro do país — a elite político-financeira apoiada por potências ocidentais, a burocracia em modo economia de guerra, ou uma sociedade que insiste em não abrir mão de transparência, direitos e dignidade mesmo sob sirenes de ataque aéreo?

A resposta ainda está em aberto. Mas uma coisa é certa: qualquer projeto de reconstrução que ignore essa dimensão política e social, e se limite a “ajustar indicadores”, corre o risco de trocar um campo de batalha por outro — menos visível, mas igualmente brutal.


Referências

Reuters – Ukraine’s government suspends justice minister amid energy corruption investigation 
The Washington Post – Ukraine’s justice and energy ministers resign amid corruption probe 
RFE/RL – Ukraine’s anti-corruption watchdog announces ‘large-scale operation’ in energy sector 
ThePrint / Reuters – Ukraine’s anti-graft agency alleges vast corruption in energy sector 
AP News – Zelenskyy moves to restore independence of anti-graft agencies after protests, EU criticism
The Guardian – Ukraine security service arrests five over $40m arms fraud
Transparency International Ukraine – Analysis of the Rule of Law Road Map: Anti-Corruption Aspects 
IMF – Ukraine: Fourth Review of the Extended Arrangement / staff-level agreement on Sixth Review 
European Commission / Enlargement Package – What’s inside the EU membership report: Ukraine’s progress amid war

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