• Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos
Fala Glauber Play
  • Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos
  • Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos

Tóquio reabre a caixa nuclear: Takaichi testa os limites das diretrizes não nucleares

12 de novembro de 2025Nenhum comentário
Telegram WhatsApp Copy Link
Foto: AP Photo/Eugene Hoshiko
Share
Facebook Twitter Pinterest Email Telegram WhatsApp Copy Link
Anúncio
Anuncie aqui

Ao evitar reafirmar o princípio de “não introdução”, a primeira-ministra acende um debate sensível sobre soberania nacional, o “guarda-chuva” atômico dos EUA e o lugar do Japão num tabuleiro marcado por tensões regionais e pelo imperialismo.

A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, deixou em aberto nesta semana a manutenção integral dos “três princípios não nucleares” — não possuir, não produzir e não permitir a introdução de armas atômicas no território. Em sessão no Parlamento, ela evitou reiterar o compromisso explícito com a regra da “não introdução”, o que foi lido por analistas e opositores como um sinal de que Tóquio pode, pela primeira vez em décadas, flexibilizar o veto à entrada de artefatos nucleares, ainda que sob controle de aliados. O gesto, por si, já é um divisor de águas num país cuja experiência histórica com Hiroshima e Nagasaki fundamentou, durante gerações, um consenso jurídico-político contra a normalização do átomo bélico.

Os chamados “três princípios” foram formulados publicamente em 1967 pelo então premiê Eisaku Satō e adotados pelo Parlamento em 1971, como diretriz de Estado. Não são lei, mas balizam a política externa e de defesa desde então — em especial o terceiro pilar, a proibição de “introdução”, que abrange trânsito, estacionamentos e aportes navais com ogivas. A formulação oficial, mantida pelo Ministério das Relações Exteriores, é clara: “não possuir, não produzir e não permitir a introdução” — em consonância com a Constituição pacifista.

O ponto de inflexão

A hesitação de Takaichi não ocorre no vácuo. Seu governo, recém-empossado, tem buscado acelerar a revisão estratégica do país diante da deterioração do ambiente regional — com testes de mísseis norte-coreanos, modernização do arsenal chinês e pressões russas no Pacífico Norte. Nessa moldura, a chefe de governo prometeu antecipar a meta de elevar gastos militares a 2% do PIB e atualizar documentos centrais de defesa, um pacote que, segundo interlocutores no Parlamento, pode incluir mudanças na seção que trata dos princípios não nucleares.

Anúncio
Anuncie aqui

A leitura predominante entre falcões da coalizão de direita é que o pilar da “não introdução” se tornou incompatível com a dependência japonesa do “guarda-chuva nuclear” norte-americano. Defensores de uma revisão parcial falam em “ambiguidade construtiva”: permitir o acesso de plataformas dos EUA potencialmente armadas — inclusive submarinos com mísseis nucleares de cruzeiro — sem confirmação pública, reforçando a chamada “dissuasão estendida”. Em círculos de segurança, o debate sobre o SLCM-N (míssil de cruzeiro nuclear lançado do mar) voltou com força; críticos alertam para riscos de escalada e “ambiguidade no lançamento”.

Memória, ética e pressão social

Do outro lado desse cabo-de-guerra, sobreviventes das bombas atômicas — os hibakusha — e entidades pacifistas reforçam o argumento moral. Para eles, mexer no princípio da “não introdução” significaria romper um compromisso histórico com o desarmamento e com o papel do Japão como voz pela paz nuclear. Organizações ligadas a Hiroshima e Nagasaki já exprimiram preocupação específica com as posições de Takaichi, lembrando pronunciamentos anteriores em que ela defendia “exceções” aos princípios em “situações de emergência”.

O que está realmente na mesa

Convém separar ruído de sinal. No plano jurídico, os três princípios são uma resolução parlamentar — e não cláusula constitucional. Alterá-los formalmente exigiria um processo político contencioso, com custo reputacional doméstico e internacional. No plano geopolítico, contudo, há quem sustente que a “prática” já fora, no passado, mais flexível do que o discurso oficial, admitindo trânsitos sob confidencialidade durante a Guerra Fria. O debate atual, portanto, reativa velhas sombras: até onde vai a transparência num tema em que mídia hegemônica e establishment militar-diplomático historicamente dosaram informação?

Energia nuclear ≠ arma nuclear — mas os sinais convergem

Em paralelo, a nova primeira-ministra tem sinalizado uma guinada pró-energia nuclear no campo econômico-energético. A aposta em reatores — inclusive de nova geração — é vendida como antídoto contra inflação e dependência de importações fósseis, parte de uma agenda de “autossuficiência”. Do ponto de vista simbólico, a normalização do átomo civil pode ser lida, por críticos, como porta de entrada para a normalização do átomo militar — ainda que, legalmente e tecnicamente, sejam agendas distintas. A mudança de humor do governo em relação ao nuclear civil tem sido acompanhada por repercussões setoriais e ceticismo social.

O enquadramento pela lente da soberania nacional

A partir de um repertório crítico típico do jornalismo progressista brasileiro, a discussão ganha contornos de soberania nacional e de resistência ao alinhamento automático ao imperialismo. A pergunta de fundo é: uma eventual flexibilização do princípio da “não introdução” reforça a autonomia estratégica do Japão — ou rebaixa Tóquio à condição de plataforma atômica de uma potência estrangeira? Em um Oriente Asiático onde China, Coreia do Norte e Rússia testam limites, o receituário da “dissuasão estendida” se apresenta como pragmático; porém, não cabe chancelar o imperialismo sem debate público e controle democrático. É aqui que o jornalismo tem o dever de tensionar o consenso de segurança com memória histórica e compromisso com a paz.

Quem ganha, quem perde

No curto prazo, a sinalização de Takaichi agrada frações da direita japonesa e o lobby pró-defesa, que veem na ambiguidade nuclear um “barato seguro” para reforçar a dissuasão sem que o Japão viole o TNP (como Estado não nuclear). Entre militares e think tanks aliados, a hipótese de nuclear sharing à moda OTAN — rótulo rechaçado oficialmente em Tóquio — ressurge como tabu funcional: não se admite, mas se discute. A linha crítica observa que, na prática, a flexibilização expõe o território japonês a novos riscos, subordina a decisão estratégica de Tóquio aos ciclos políticos de Washington e desloca o debate sobre defesa para um estado de exceção permanente, no qual medidas extraordinárias tornam-se norma.

O papel da democratização das comunicações

Em temas de alta complexidade técnica e enorme impacto civilizatório, a democratização das comunicações não é luxo, é condição de legitimidade. Contrainformação é poder: em vez de tratar a pauta como assunto de cúpulas e vazamentos seletivos, o governo deve expor cenários, custos, riscos e alternativas. Qualquer recalibração dos princípios — mesmo simbólica — precisa ser submetida ao escrutínio público, com participação das cidades-símbolo, Hiroshima e Nagasaki, e das universidades, sindicatos, movimentos de paz e hibakusha. Sem isso, a narrativa da mídia hegemônica tende a empurrar a opinião pública para uma falsa dicotomia entre “ingenuidade pacifista” e “realismo nuclear”.

Ásia-Pacífico: o tabuleiro real

O cálculo regional é implacável. Uma flexibilização explícita no princípio da “não introdução” será lida em Pequim e Pyongyang como sinal de adensamento da postura ofensiva do arquipélago — mesmo que a medida seja, na narrativa oficial, puramente defensiva. Em Washington, o gesto seria celebrado como racionalização da logística nuclear no Pacífico Ocidental. No Sudeste Asiático e no Sul Global, multiplicar-se-iam alertas sobre uma nova corrida armamentista com riscos de erro de cálculo. Em suma, mais incerteza num ambiente já saturado de incidentes militares e disputas por rotas marítimas, tecnologias críticas e cadeias de semicondutores.

O que observar a seguir

Politicamente, Takaichi governa em terreno ainda instável e terá de calibrar cada passo para não romper com a tradição pacifista que, por décadas, deu legitimidade interna e prestígio externo ao Japão. A pauta nuclear — civil e militar — será o termômetro dessa travessia. No Parlamento, a disputa tende a crescer à medida que avançarem as revisões dos documentos de segurança e as negociações orçamentárias de defesa. Na sociedade, a memória dos hibakusha seguirá como barreira moral a aventuras. Em termos de transparência, cabe exigir de Tóquio que pare de falar “por elipses” e esclareça se o país pretende ou não manter, sem truques semânticos, a interdição de ogivas em seu território.

Ao final, a pergunta permanece simples e gigantesca: o Japão deseja reafirmar, no século XXI, a sua vocação de soberania nacional orientada pela paz — ou aceitará, mais uma vez, que o imperialismo defina os limites do aceitável em seu quintal? A história, e as cicatrizes de Hiroshima e Nagasaki, recomendam prudência — e debate público à altura.


Fontes consultadas

Reuters – Japan PM wavers on nuclear arms question in sign of possible shift.
The Japan Times – Takaichi sidesteps commitment to decades-old nonnuclear principles.
AP News – Japan’s new leader vows to further boost defense spending as regional tensions rise.
MOFA (Governo do Japão) – Three Non-Nuclear Principles.
APLN – The SLCM-N and Japan’s Three Non-Nuclear Principles.
The Star/Kyodo – A-bomb survivors express concern over new Japan PM’s nuclear stance.
The Guardian – ‘An act of betrayal’: Japan to maximise nuclear power 14 years after Fukushima disaster.

AP News Ásia-Pacífico China Coreia do Norte Dieta dissuasão energia nuclear Estados Unidos Geopolítica guarda-chuva nuclear hibakusha Hiroshima imperialismo Ishin Japão LDP MOFA Nagasaki nuclear sharing princípios não nucleares Reuters Sanae Takaichi Segurança Soberania Nacional
Share. Facebook Twitter Email Telegram WhatsApp Copy Link
Anúncio
Anuncie aqui

Postagem relacionadas

STF Torna Eduardo Bolsonaro Réu por Coação em Julgamento do Pai

14 de novembro de 2025

STF Forma Maioria para Tornar Eduardo Bolsonaro Réu: Coação em Julgamento do Pai Sob Escrutínio

14 de novembro de 2025

STF: Mais um Golpe do Ativismo Judicial Contra a Liberdade?

14 de novembro de 2025
Leave A Reply Cancel Reply

Últimas noticas

STF Torna Eduardo Bolsonaro Réu por Coação em Julgamento do Pai

14 de novembro de 2025

STF Forma Maioria para Tornar Eduardo Bolsonaro Réu: Coação em Julgamento do Pai Sob Escrutínio

14 de novembro de 2025

STF: Mais um Golpe do Ativismo Judicial Contra a Liberdade?

14 de novembro de 2025

PIB do Maranhão Cresce 3,6% em 2023 e Alcança R$ 149,2 Bilhões, Superando Médias Nacional e Regional

14 de novembro de 2025
Anúncio
Anuncie aqui
Esquerda

STF Torna Eduardo Bolsonaro Réu por Coação em Julgamento do Pai

14 de novembro de 20250

Julgamento político movimenta as esferas judiciais e políticas; mais um capítulo de tensão entre o…

STF Forma Maioria para Tornar Eduardo Bolsonaro Réu: Coação em Julgamento do Pai Sob Escrutínio

14 de novembro de 2025

Não fique de fora!

As melhores dicas e insights chegam primeiro para quem está na nossa lista.

A primeira plataforma de notícias do Brasil que mostra com clareza se a informação parte de uma visão de esquerda, direita ou centro, permitindo que o leitor escolha qual notícia ler e qual viés seguir. Um espaço único, comprometido com a verdade, a transparência e a liberdade de pensamento, sempre com jornalismo direto, claro e sem manipulação.

Facebook Youtube Instagram

Institucional

  • Nosso Pacto
  • Nossa Equipe
  • Dúvidas Frequentes
  • Anuncie Conosco
  • Políticas de Privacidade

Editoriais

  • Esporte
  • Segurança Púplica
  • Tecnologia
  • Política
  • Economia
  • Brasil
  • Mundo

© 2025 FalaGlauber. Todos os direitos reservados.
O conteúdo desta plataforma é protegido por direitos autorais. Qualquer reprodução, distribuição ou utilização sem autorização expressa é proibida.

Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.

Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continua a usar este site, assumimos que você está satisfeito.