Após a execução do prefeito de Uruapan, governo Sheinbaum lança o “Plano Michoacán para Paz e Justiça” com 10,5 mil agentes do Exército, Força Aérea e Guarda Nacional, investimento de 57 bilhões de pesos e metas explícitas de sufocar extorsão, laboratórios e campos de treinamento do crime organizado — com balanços públicos a cada 15 dias. A execução do prefeito de Uruapan, Carlos Alberto Manzo, em pleno Dia de los Muertos, escancarou o ponto de ebulição da violência em Michoacán e expôs a disputa, no coração do México, entre a força do Estado e a cultura do crime. Em resposta,…
Categoria: lei e ordem
Megaoperação com 2.500 agentes deixa 121 mortos (117 suspeitos e 4 policiais) e desencadeia protestos por investigações de execuções e tortura, enquanto governo estadual defende ação como “necessária” para conter o avanço do Comando Vermelho. A “Operação Contenção”, deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, entrou para a história como a ação policial mais letal já registrada no Brasil. Em 28 de outubro de 2025, o Estado mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar em uma ofensiva de grande envergadura com helicópteros, blindados e apoio aéreo. O saldo oficial: 121 mortos, entre…
Ao sinalizar que pode revisar a proibição de introdução de armas nucleares no território japonês, a primeira-ministra Sanae Takaichi recoloca a soberania nacional, a disuasão e o compromisso com o Estado de Direito no centro do xadrez estratégico do Indo-Pacífico. A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, insinuou nesta semana que os tradicionais “Três Princípios Não Nucleares” — não possuir, não produzir e não permitir a introdução de armas nucleares — podem não permanecer intocados na revisão da estratégia de segurança prevista até o fim de 2026. Respondendo a questionamentos da oposição no Parlamento, ela afirmou não estar “no estágio” de…
Ao interromper o fluxo de dados com agências norte-americanas por causa de ataques a lanchas suspeitas no Caribe, governo colombiano testa limites da soberania nacional, expõe a batalha de narrativas e reacende o debate sobre Estado de Direito no combate ao narcotráfico. A decisão do presidente colombiano, Gustavo Petro, de ordenar a suspensão do compartilhamento de inteligência com os Estados Unidos marcou uma guinada na relação mais longeva da região no front antidrogas. Em mensagem publicada no X, o mandatário determinou que os serviços de inteligência da força pública “suspendam envios de comunicações e outros tratos com agências de segurança…
Entre lei e ordem, mérito e governança, a disputa por governos estaduais e o Planalto tende a premiar quem oferecer previsibilidade econômica e institucional — enquanto a narrativa da guerra cultural perde tração fora das redes. A temporada eleitoral de 2026 promete recolocar o Brasil num teste de maturidade política e econômica. Não se trata apenas de escolher presidente e governadores: o que está em jogo é a capacidade de o país escapar da armadilha do estatismo, resgatar lei e ordem e reduzir a temperatura de uma polarização que, desde 2018, coloniza os humores da praça — dos mercados ao…
Força-tarefa internacional promete tolerância zero: integração de inteligência e bloqueio de ativos para desmontar rede transnacional e garantir governança portuária efetiva. A apreensão de uma carga avaliada em US$ 235 milhões em cocaína no porto de Lagos, na Nigéria, não é apenas mais um flagrante em meio a estatísticas de combate ao narcotráfico. É um divisor de águas. A operação, ocorrida no terminal de Tincan, mobilizou imediatamente a Agência Nacional Antidrogas da Nigéria (NDLEA) e acionou a cooperação com a Drug Enforcement Administration (DEA), dos Estados Unidos, e a National Crime Agency (NCA), do Reino Unido. Do ponto de vista…
Sinalização de “acordo pacífico” convive com endurecimento interno, sanções reativadas e fiscalizações abaladas — uma equação que deixa Washington sem garantias e mantém a pressão regional. Teerã afirmou hoje que busca um acordo “pacífico” com os Estados Unidos para o dossiê nuclear, mas sem ceder no que considera sua segurança nacional. A mensagem reforça uma linha de meses: disposição retórica para negociar, acompanhada de condições rígidas sobre enriquecimento de urânio e de uma postura defensiva após ataques e sabotagens contra instalações nucleares. Em termos de narrativa — termo caro ao jornalismo político —, o regime tenta transmitir moderação enquanto preserva…
Porta-voz Dmitri Peskov repete que Moscou “quer o fim da guerra” e está “aberta” a negociar, mas condiciona qualquer avanço ao cumprimento dos “objetivos” do Kremlin; conversas ficam em “pausa”, congelamento da linha de frente é descartado e a diplomacia internacional patina diante de exigências consideradas inaceitáveis por Kyiv. A nova rodada de declarações do Kremlin—de que “deseja o fim da guerra” e “está aberto” a falar de paz—chega com um adendo incômodo: o próprio governo russo admite que o processo está “estagnado”. Em diferentes momentos de 2025, o porta-voz Dmitri Peskov afirmou que Moscou aceita a via diplomática, mas…
Em meio à escalada na disputa do Essequibo e à retórica de “república em armas”, o alto comando de Caracas aposta em guerra assimétrica, milícias e narrativa de “defesa da pátria” — enquanto a presença de guerrilhas na fronteira adiciona um componente de risco regional. A Venezuela se move para um tabuleiro em que tanques e fragatas importam menos do que a capacidade de travar uma guerra de sombras. À medida que Washington reforça a cooperação militar com a Guiana na crise do Essequibo e adota tom mais duro com Nicolás Maduro, a cúpula militar em Caracas tem sinalizado uma…
O primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia al-Sudani, afirmou que só conseguirá desarmar as facções quando a coalizão liderada pelos EUA deixar o país — e que pretende colocar todas as armas sob controle do Estado, oferecendo aos combatentes duas saídas: ingressar nas instituições oficiais de segurança ou atuar na política sem armas. Em entrevista divulgada na segunda-feira (3/11), ele defendeu que a ameaça do Estado Islâmico caiu e que o contexto de segurança dispensa a presença militar estrangeira, hoje em redução. Reuters Da perspectiva conservadora, a mensagem de al-Sudani expõe um dilema clássico: condicionar o desarmamento das milícias — muitas…