Sinalização de “acordo pacífico” convive com endurecimento interno, sanções reativadas e fiscalizações abaladas — uma equação que deixa Washington sem garantias e mantém a pressão regional. Teerã afirmou hoje que busca um acordo “pacífico” com os Estados Unidos para o dossiê nuclear, mas sem ceder no que considera sua segurança nacional. A mensagem reforça uma linha de meses: disposição retórica para negociar, acompanhada de condições rígidas sobre enriquecimento de urânio e de uma postura defensiva após ataques e sabotagens contra instalações nucleares. Em termos de narrativa — termo caro ao jornalismo político —, o regime tenta transmitir moderação enquanto preserva…
Categoria: diplomacia
Em dia de recados calibrados, Irã diz querer saída negociada para o impasse atômico sem abrir mão de “segurança nacional”; sanções foram reimpostas e as conversas seguem travadas, enquanto Europa pressiona por inspeções da AIEA e Washington envia sinais ambíguos. Teerã procurou modular a temperatura política do dossiê nuclear ao afirmar, nesta terça-feira, que busca um acordo “pacífico” com os Estados Unidos para encerrar um contencioso de décadas. O recado, dado pelo vice-chanceler Saeed Khatibzadeh durante um fórum em Abu Dhabi, veio acompanhado de um aviso: não haverá concessões que afetem a segurança nacional do país. Ao mesmo tempo, o…
Porta-vozes de Moscou falam em “preferência” por solução diplomática, mas reconhecem pausa nas conversas e mantêm condições máximas; analistas veem correlação de forças desfavorável a avanços rápidos e um tabuleiro em que o que está em jogo ainda é a consolidação de ganhos no campo de batalha. A mensagem do Kremlin tem dois tempos — e ambos falam alto. No discurso público, a cúpula russa repete que “prefere” encerrar a guerra por via diplomática. Nos bastidores do poder, porém, admite que o processo está em pausa e que não há, por ora, sinalização concreta de Kyiv para retomar as conversas.…
Porta-voz Dmitri Peskov repete que Moscou “quer o fim da guerra” e está “aberta” a negociar, mas condiciona qualquer avanço ao cumprimento dos “objetivos” do Kremlin; conversas ficam em “pausa”, congelamento da linha de frente é descartado e a diplomacia internacional patina diante de exigências consideradas inaceitáveis por Kyiv. A nova rodada de declarações do Kremlin—de que “deseja o fim da guerra” e “está aberto” a falar de paz—chega com um adendo incômodo: o próprio governo russo admite que o processo está “estagnado”. Em diferentes momentos de 2025, o porta-voz Dmitri Peskov afirmou que Moscou aceita a via diplomática, mas…
Após a premiê Sanae Takaichi afirmar que um ataque chinês a Taiwan poderia configurar “situação de ameaça à sobrevivência” do Japão — abrindo espaço para resposta militar —, o cônsul-geral da China em Osaka, Xue Jian, publicou uma mensagem agressiva nas redes. Tóquio apresentou protesto formal, Pequim retrucou, e a crise expôs o novo realismo japonês na segurança regional. A segunda-feira, 10 de novembro de 2025, terminou com a relação sino-japonesa sob novo estresse. O estopim foi um post de Xue Jian, cônsul-geral da China em Osaka, reagindo às declarações da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi: ele escreveu que o “pescoço…
Após Sanae Takaichi afirmar que um ataque a Taiwan poderia configurar “situação de ameaça à sobrevivência” do Japão, o cônsul chinês em Osaka publicou — e apagou — uma mensagem agressiva nas redes. Governo japonês classificou as falas como “extremamente inadequadas”; Pequim defendeu o diplomata e criticou Tóquio. Episódio testa a frágil estabilidade nas relações sino-japonesas. Em 10 de novembro de 2025, o governo do Japão apresentou uma protesto formal a Pequim após comentários considerados ameaçadores do cônsul-geral da China em Osaka, Xue Jian, dirigidos à primeira-ministra Sanae Takaichi. A postagem, feita nas redes sociais e posteriormente removida, veio na…
Publicação do cônsul-geral em Osaka, vista como ameaça após declarações de Sanae Takaichi sobre possível reação a um ataque à ilha, levou Tóquio a apresentar queixa formal a Pequim; episódio expõe os riscos de escalada e as ambiguidades das leis de segurança japonesas. Na manhã desta segunda-feira, 10 de novembro de 2025 (BRT-3), o governo do Japão apresentou uma protesto formal à China em razão de comentários publicados pelo cônsul-geral chinês em Osaka, Xue Jian, classificados por Tóquio como “extremamente impróprios”. O post veio na esteira das declarações da primeira-ministra Sanae Takaichi, que, questionada sobre um cenário de agressão chinesa…
De ex-terrorista procurado a aliado estratégico: a visita de Ahmed al-Sharaa aos Estados Unidos marca um drástico realinhamento geopolítico, com suspensão de sanções e o fortalecimento de uma nova frente contra o Estado Islâmico, incluindo planos para uma base militar americana em Damasco. Em uma reviravolta geopolítica sem precedentes, o presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, desembarcou nos Estados Unidos neste sábado, 8 de novembro de 2025, para um encontro histórico com Donald Trump. A visita, que segue a suspensão das sanções americanas contra Sharaa na sexta-feira, 7 de novembro de 2025, sinaliza um drástico realinhamento das relações entre os dois…
Cúpula de Belém Expõe Complexidade do Financiamento Climático Global Na recente Cúpula de Belém, realizada na primeira semana de novembro de 2025, a Alemanha frustrou as expectativas do Brasil ao não formalizar um aporte financeiro concreto para o fundo Tropical Forest Forever Facility (TFFF). Este desfecho, apurado por O Globo com base em informações de “fontes europeias” e “funcionários europeus”, revelou que, apesar de o chanceler alemão Friedrich Merz ter sinalizado um compromisso político futuro, valores específicos para o vital mecanismo de preservação florestal permaneceram indefinidos. O episódio sublinha a complexidade das negociações internacionais sobre financiamento climático e os desafios…
Com placar apertado de 49 a 51, o Senado americano manteve aberta a possibilidade de intervenção militar sem aprovação congressional, reacendendo o debate sobre os poderes de guerra presidenciais e a estratégia dos EUA na América Latina. No que representa um marco na política externa dos Estados Unidos e na delicada relação com a América Latina, o Senado dos EUA rejeitou uma resolução bipartidária crucial. A votação, que ocorreu com um placar apertado de 49 a 51, visava impedir que a administração Trump realizasse qualquer ação militar contra a Venezuela sem a explícita aprovação do Congresso. A decisão, que sublinha…