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Condenação de Santiago Uribe expõe feridas do paramilitarismo e testa limites das elites políticas na Colômbia

26 de novembro de 2025Nenhum comentário
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Foto: Retirado do site El País
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Tribunal Superior de Antioquia revê absolvição e condena irmão do ex-presidente Álvaro Uribe a 28 anos de prisão por liderar grupo paramilitar de direita ligado a centenas de assassinatos, reabrindo o debate sobreEstado de Direito, memória e responsabilidade de elites no conflito colombiano.

O Tribunal Superior de Antioquia condenou Santiago Uribe Vélez, irmão do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, a 28 anos e 4 meses de prisão por sua participação na criação e liderança do grupo paramilitar de direita conhecido como “Los 12 Apóstoles”. A decisão o considera culpado por crimes como homicídio agravado – em especial o assassinato do motorista Camilo Barrientos, em 1994 – e pela estruturação de um aparato de “limpeza social” responsável por centenas de mortes e desaparecimentos no interior do país.

A sentença, proferida em segunda instância, reverte um veredito de absolvição de 2024, no qual um juiz especializado havia entendido que a acusação não conseguira derrubar a presunção de inocência de Uribe “além de qualquer dúvida razoável”. Agora, a Justiça conclui que os depoimentos de ex-integrantes das forças de segurança e paramilitares, somados a documentos e ao histórico de violência na região, formam um conjunto de provas consistente sobre a existência do grupo e o papel de comando exercido pelo réu.

Nos bastidores do poder, a leitura é de que o caso simboliza um ajuste de contas tardio com uma fase particularmente sombria do conflito interno colombiano, na qual estruturas paramilitares operaram em aliança com setores locais do Estado e com o respaldo tácito de elites regionais. A temperatura política em Bogotá e nas principais cidades do país voltou a subir, com reações divididas entre comemorações de organizações de vítimas e críticas de aliados do uribismo, que falam em perseguição judicial.

De absolvido a condenado: a reviravolta em Antioquia

O processo contra Santiago Uribe é um dos mais longos e sensíveis da justiça colombiana recente. As primeiras investigações remontam ao final dos anos 1990, quando surgiram denúncias ligando o grupo “Los 12 Apóstoles” à fazenda La Carolina, propriedade da família Uribe, no município de Yarumal, Antioquia. O caso foi arquivado em 1999, mas reaberto anos depois, à medida que novos depoimentos de policiais e ex-paramilitares vieram a público.

Em 2016, o Ministério Público acusou formalmente o fazendeiro pelos crimes de homicídio e conspiração criminosa (concierto para delinquir), atribuindo-lhe papel central na coordenação de um grupo armado responsável pela morte de supostos delinquentes comuns, consumidores de drogas e pessoas consideradas simpatizantes da guerrilha.

Após anos de audiências, o juiz de primeira instância absolveu Santiago Uribe em novembro de 2024, argumentando que havia contradições em testemunhos-chave e insuficiência probatória. A decisão foi celebrada pela defesa e por setores conservadores, mas contestada por vítimas e pela Procuradoria, que apresentou recurso ao Tribunal Superior de Antioquia.

Agora, o colegiado de segunda instância concluiu justamente o contrário: considerou coerentes os relatos de testemunhas como o ex-comandante de polícia Juan Carlos Meneses e outros agentes que descreveram treinamento armado, listas de “indesejáveis” e operações planejadas a partir de La Carolina. O Tribunal afirma que o assassinato de Camilo Barrientos não foi um episódio isolado, mas parte de um padrão de ações sistemáticas de um grupo de extermínio.

Do ponto de vista jurídico, o acórdão busca equilibrar devido processo e punição a crimes de lesa-humanidade, sinalizando que o Estado de Direito colombiano pretende ir além de um entendimento puramente formal das garantias individuais quando confrontado com violações massivas de direitos humanos.

Quem foram “Los 12 Apóstoles”

Segundo investigações oficiais, relatórios da Jurisdição Especial para a Paz (JEP) e de organizações de direitos humanos, “Los 12 Apóstoles” foi um grupo paramilitar de extrema direita que atuou principalmente na região de Yarumal e em outros municípios de Antioquia, nos anos 1990.

A célula é associada a centenas de assassinatos, sequestros e desaparecimentos forçados – em alguns documentos, são citadas mais de 500 vítimas em diferentes localidades do norte de Antioquia. Relatos indicam que o grupo praticava “limpeza social”, executando pessoas rotuladas como criminosos comuns, usuários de drogas ou supostos colaboradores da guerrilha.

Matérias de investigação e relatórios internacionais descrevem o funcionamento de “Los 12 Apóstoles” como parte de uma malha mais ampla de paramilitarismo de direita na Colômbia, que se consolidou nos anos 1990 em articulação com elites regionais, fazendeiros e segmentos das forças de segurança, no contexto de um conflito em que também atuavam guerrilhas como as FARC e o ELN.

A fazenda La Carolina é apontada como base logística e simbólica desse grupo, associada a treinamentos armados e encontros entre civis armados e agentes do Estado. É nesse cenário que o Tribunal Superior de Antioquia situa o papel de Santiago Uribe, agora condenado como organizador e líder dessa estrutura de violência.

Garantias, paramilitarismo e o vocabulário do centro

A defesa de Santiago Uribe insiste que o julgamento tem motivação política e que o Tribunal teria cedido a pressões de setores de esquerda, interessados em atingir o ex-presidente Álvaro Uribe e o campo conservador colombiano. Advogados apontam o que consideram contradições entre testemunhos e indicam que vão apelar à Corte Suprema.

Do outro lado, organizações de vítimas e defensores de direitos humanos destacam que, durante décadas, os sobreviventes de massacres e execuções atribuídas a paramilitares lutaram para ver algum tipo de responsabilização das elites que, segundo eles, se beneficiaram do terror no campo em nome da segurança.

Em meio a esses polos, a cobertura com viés de centro tende a enquadrar o caso em termos de contexto e dados para além do fato, reforçando a diferença entre fato e opinião e enfatizando que a sentença é resultado de anos de investigação e documentação sobre bastidores e redes de poder que conectam dinheiro, política e violência armada.

É nesse registro que aparecem expressões como Estado de Direito, garantismo e devido processo, usadas para sustentar que o sistema de justiça deve ser capaz de punir crimes graves sem repetir práticas de abuso de autoridade que marcaram outras fases da luta contra o crime e o terrorismo na região.

Ao mesmo tempo, a narrativa “centrista” sublinha que a condenação não encerra o debate: o processo ainda pode ser modificado em instâncias superiores, e a arena democrática continuará sendo o espaço para disputar interpretações sobre a guerra interna colombiana – desde que respeitados os limites traçados pelo Estado de Direito.

Impacto político e temperatura em torno do uribismo

A decisão contra Santiago Uribe chega em um momento delicado para o uribismo. Pouco antes, um tribunal havia derrubado uma condenação de 12 anos de prisão imposta ao próprio Álvaro Uribe por suborno e manipulação de testemunhas, sob o argumento de que faltavam provas robustas para sustentar a sentença.

Na prática, o ex-presidente volta a respirar politicamente, enquanto o irmão é sentenciado a uma longa pena de prisão. Em termos de mapa do poder, o episódio reforça a imagem de um campo conservador sob escrutínio judicial permanente por seus vínculos históricos com o paramilitarismo, mas ainda influente na opinião pública e no Congresso colombiano.

Nos bastidores do poder em Bogotá, interlocutores descrevem uma estratégia de equilíbrio: o governo de Gustavo Petro evita comemorações ostensivas para não alimentar a narrativa de revanche política, ao mesmo tempo em que seus aliados reforçam que a decisão é uma vitória das vítimas e da justiça.

Para o centro político, o foco está na governabilidade e na preservação de um mínimo de consenso institucional. O diagnóstico é de que a Colômbia só conseguirá avançar em reformas econômicas e sociais – sua própria agenda econômica e de reconstrução do campo – se conseguir lidar com o passado violento sem colapsar o sistema político.

O que está em jogo para direitos humanos e para a memória do conflito

Para além da disputa partidária, o caso Santiago Uribe é um espelho das contradições da transição colombiana. Desde o acordo de paz com as FARC, a criação da JEP e de comissões de verdade tem buscado dar nome e sobrenome às responsabilidades de guerrilhas, forças estatais e paramilitares no rastro de massacres, deslocamentos forçados e desaparecimentos que marcaram o país por décadas.

Nesse contexto, a condenação do irmão de um ex-presidente – que ainda é referência central para a direita colombiana – é lida como um sinal de que o sistema judicial está disposto a investigar redes de poder para além dos “soldados rasos” da guerra. Para organizações internacionais, esse tipo de decisão ajuda a reduzir a percepção de impunidade estrutural em casos que envolvem militares, políticos e grandes proprietários de terra.

Em tom didático, análises de centro recorrem a fórmulas como o que está em jogo, o que muda e por que importa para explicar que o caso não se resume ao destino de um indivíduo, mas à definição de parâmetros sobre até onde elites políticas podem ir ao terceirizar a violência em nome da segurança.

O recado implícito é que não há ambiente de negócios estável, nem previsibilidade para investimentos ou políticas sociais sustentáveis, se o país não conseguir colocar algum tipo de ponto final institucional na combinação entre paramilitarismo, narcotráfico e política que marcou o conflito.

Um processo em aberto, em um país em transição

A defesa de Santiago Uribe já anunciou que recorrerá à Corte Suprema, o que significa que o processo ainda não chegou ao fim. Até lá, a Colômbia continuará a conviver com um quadro complexo: um ex-presidente que tenta reconstruir sua reputação enquanto enfrenta outros processos, um irmão condenado por paramilitarismo e um governo de esquerda pressionado a mostrar resultados em segurança e inclusão social sem repetir pactos opacos com grupos armados.

Sob o vocabulário do centro, a mensagem é de que o país está fazendo um “ajuste fino” nas regras de responsabilização, tentando compatibilizar garantismo e combate à impunidade. Se esse esforço resultará em maior confiança nas instituições ou em nova rodada de polarização, o que os números mostram (sem achismo) nas próximas pesquisas de opinião ainda está por vir.

Por ora, o caso Santiago Uribe consolida-se como um marco na longa disputa da Colômbia com seu passado paramilitar – e como mais um capítulo na conversa, ainda inconclusa, sobre o lugar das elites políticas nesse enredo.

Fontes:

AP News – Brother of former Colombian President Álvaro Uribe is sentenced for backing paramilitaries

El País – La justicia condena a 28 años de cárcel a Santiago Uribe, hermano del expresidente Álvaro Uribe, por paramilitarismo

El País – “Dirigió un grupo criminal que hacía limpieza social”: los argumentos de la condena a Santiago Uribe Vélez por nexos con el paramilitarismo

Colombia Reports – The story of Santiago Uribe and the 12 Apostles

Human Rights Watch – Informe Mundial 2017: Colombia

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