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Rafah e a segurança nacional: por que abrir a passagem sem garantias pode rearmar o Hamas e prolongar a crise

17 de outubro de 2025Nenhum comentário
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Foto: SAID KHATIB / AFP
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A possível reabertura da passagem de Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito, voltou ao centro do tabuleiro diplomático. Fontes egípcias e israelenses indicaram movimento para voltar a operar o posto “nos próximos dias”, ainda que de modo gradual — com foco inicial em trânsito de pessoas, enquanto a maior parte da ajuda seguiria por Kerem Shalom, sob inspeção reforçada. Para quem observa sob uma ótica de segurança e responsabilidade estatal, a questão não é apenas quando abrir, mas como abrir: com quais controles, quais inspeções, e quem, de fato, garante que o corredor não voltará a ser usado para contrabando de armamentos, peças de foguetes e materiais de uso dual. Sem respostas duras para essas perguntas, reabrir por reabrir pode reviver as mesmas vulnerabilidades que permitiram ao Hamas se rearmar em ciclos anteriores — uma armadilha humanitária e estratégica.

O contexto imediato combina cessar-fogo frágil, disputas sobre termos de troca de restos mortais de reféns e pressões internacionais por mais ajuda. Israel acusa o Hamas de descumprir etapas do acordo; o grupo, por sua vez, alega obstáculos operacionais e responsabiliza Israel por atrasos. Em paralelo, autoridades israelenses afirmam coordenação com o Egito para reabrir Rafah a pessoas, com comboios humanitários priorizados por Kerem Shalom, onde as inspeções seriam mais robustas. A leitura de direita tende a ver nisso um ponto razoável de equilíbrio: aliviar sofrimento civil com a menor superfície de risco possível para que milícias desviem suprimentos ou explorem o fluxo para fins militares.

Do lado egípcio, autoridades de Sinai têm rebatido a ideia de que o Cairo “segura” Rafah por capricho político. A defesa oficial é que o lado egípcio está pronto e que os gargalos decorrem de danos e de exigências de segurança do outro lado da cerca. Esse componente é crucial para uma visão conservadora do problema: fronteiras são instrumentos de soberania — e o Egito, que enfrenta suas próprias redes jihadistas no Sinai, não pode ser empurrado a abrir mão de checagens estratégicas apenas para aplacar pressões externas.

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Há ainda um ponto sensível: quem controla o lado palestino de Rafah. A Autoridade Palestina (AP) declarou-se “pronta” para assumir a operação, declaração recebida por muitos governos como uma saída institucional. Só que, sob a ótica de segurança, isso precisa vir acoplado a padrões verificáveis de governança, listas de pessoal auditadas, cadeias de comando claras e interoperáveis com Egito, ONU e UE. A direita não ignora a necessidade humanitária — mas não aceita delegar a porta de entrada sem um pacto de compliance: câmeras, scanners, presença internacional permanente e direito de veto quando surgirem indícios de desvio. Transferência “no escuro” seria um convite à repetição de erros.

No terreno, a emergência sanitária é real. A OMS fala em doenças “fora de controle”, com apenas parte dos hospitais em funcionamento, e ONGs relatam que o volume de caminhões segue insuficiente. É exatamente por reconhecer a gravidade humanitária que a direita insiste em priorizar corredores auditáveis e metas acompanháveis (toneladas/dia por categoria de insumo, combustível hospitalar, água potável) em vez de abrir um ponto altamente simbólico e historicamente vulnerável sem antes “blindá-lo”. Ajuda que entra sem rastreio efetivo pode não virar comida e remédio na ponta — e sim moeda de poder para milícias.

Essa abordagem parte de três premissas:

  1. Segurança primeiro — não por capricho, mas porque civis de Gaza e israelenses pagam a conta quando armas e explosivos atravessam a faixa de inspeção. Uma Rafah reaberta com ISO de fiscalização (equipamentos de alto padrão, equipes conjuntas, verificação de carga por peso e imagem, auditorias surpresa) salva mais vidas no médio prazo ao reduzir a probabilidade de reescalada bélica.
  2. Ajuda sem desvio — comboios devem obedecer a um sistema de rastreabilidade do depósito ao destino (GPS, lacre digital, escaneamento de paletes e pesagem cruzada), com relatórios públicos diários. Se há 560 toneladas/dia de alimentos entrando, mas a subnutrição não cai e a água tratada não chega, é sinal de que controle logístico importa tanto quanto a autorização política.
  3. Condições para a AP — a Autoridade Palestina só deve assumir a porta se aceitar padrões de transparência e se comprovar capacidade operacional para contêineres, saúde, energia e segurança perimetral. Sem isso, a presença de observadores europeus/ONU precisa ser executiva, não apenas cerimonial: com poder de intervenção quando normas forem violadas.

Críticos dessa visão afirmam que a ênfase em segurança perpetua o sufocamento econômico e social da população. A resposta conservadora é pragmática: sem segurança, não há fluxo sustentado. Reaberturas abruptas que terminam em incidentes fazem a porta fechar novamente, às vezes por meses. Melhor um regime gradual e auditado do que um abre-fecha movido a manchete. É a lógica de “medir três vezes e cortar uma”, que nos portos e aeroportos do mundo evita catástrofes.

Também é preciso ler a política real do cessar-fogo. Em público, Hamas e Israel trocam acusações sobre violações e prazos do acordo envolvendo reféns e restos mortais. Para quem pensa em termos de dissuasão, cumprir cláusulas é parte do que cria previsibilidade — inclusive para a ajuda. Se persistir a opacidade, a direita verá com bons olhos manter Kerem Shalom como a artéria logística principal, deixando Rafah para casos de pessoas e transferências médicas, até que o “padrão ouro” de inspeção esteja implementado.

Isso não significa minimizar o sofrimento. Significa recusar a ideia de que “mais caminhões a qualquer custo” é sinônimo de resultado humanitário. Relatos médicos e acadêmicos dão a dimensão da tragédia sanitária — surtos, estoque crítico de insumos, equipes exaustas — e justamente por isso a cadeia de suprimento precisa funcionar como cadeia, e não como caridade improvisada. Na prática, uma direita responsável defende: (a) metas diárias por insumo; (b) rastreio porta a porta; (c) penalidades automáticas (inclusive cortes de prioridade) em caso de desvio; (d) auditorias independentes publicadas diariamente. Com isso, a pressão política se desloca do “abre já” para o “entrega de forma segura e contínua”.

E o que fazer já? Três passos imediatos:

  • Fase 1 — Pessoas e hospitais: Rafah reabre para evacuação médica, retorno de cidadãos estrangeiros e reunificação familiar estritamente documentada. Ao mesmo tempo, Kerem Shalom absorve o grosso da carga: alimentos fortificados, kits de potabilização, combustível para geradores hospitalares e dessalinizadores, medicamentos críticos. Tudo com escaneamento de 100% da carga e escolta até hubs logísticos designados pela OMS/OCHA.
  • Fase 2 — Infraestrutura vital: após 15–30 dias de métricas estáveis (entregas e distribuição), Rafah passa a receber insumos de infraestrutura (peças de redes de água/esgoto, materiais de abrigo durável, equipamentos de frio para vacinas). Continua valendo inspeção rigorosa, com listas negativas transparentes para itens de uso dual.
  • Fase 3 — Normalização condicionada: com governança comprovada pela AP e desempenho consistente, amplia-se o escopo de Rafah. Se indicadores de segurança caírem (tentativas de contrabando, sabotagem, ataques em perímetro), gatilhos suspendem a expansão automaticamente.

Nesse arranjo, a segurança egípcia é peça-chave. O Sinai não pode virar corredor de migração irregular e contrabando. O Egito precisa preservar o direito de recusar cargas e pessoas que não cumpram os requisitos de segurança — e receber compensações internacionais para ampliar sua capacidade de triagem, se necessário. Isso não é obstrução; é resiliência de fronteira.

A visão de esquerda cobra gestão palestina plena desde já e metas humanitárias “vinculantes”. A de centro costuma buscar equilíbrio institucional, com AP liderando sob guarda-chuva da ONU e cronogramas calibrados por métricas de acesso e segurança. A de direita, por sua vez, ancora tudo em verificabilidade: não se trata de se abrir, mas de só abrir no ritmo em que os mecanismos de controle comprovarem eficácia. É uma divergência real de prioridades — todas legítimas —, mas só uma delas reduz o risco de rearmamento enquanto sustenta o fluxo de socorro ao longo dos meses seguintes.

No fim, Rafah não é só um portão; é um teste de aprendizado. Se a comunidade internacional insistir em repetir 2021–2023 — pressa, foto, pouco controle —, a janela de alívio fechará rápido. Se, ao contrário, as capitales aceitarem o tédio da boa logística (checklists, câmeras, lacres, relatórios, responsabilização), há chance de consolidar um fluxo que realmente chegue aos civis e não fortaleça milícias. Em guerras assimétricas, vencer a entropia logística é política de segurança.

Abrir Rafah “no piloto automático” seria um gesto vistoso e, possivelmente, efêmero. Abrir com regra, rastreio e dente é menos fotogênico — e é exatamente por isso que funciona. Entre o moralismo da pressa e o cinismo da inação, a escolha conservadora é engenharia de fronteira: a única capaz de salvar vidas hoje sem alimentar a próxima rodada de foguetes amanhã.

A reabertura de Rafah pode — e deve — acontecer, mas sob a lógica do “devagar é seguro, e seguro é duradouro”. Se a prioridade real é proteger civis, e não marcar pontos de opinião, então vale pagar o preço político da cautela: inspeções exaustivas, controle em camadas, rastreabilidade e poder de veto a quem garante a barreira contra o rearmamento. O sofrimento em Gaza exige ação, não impulsividade. E ação responsável, neste caso, significa abrir o portão no ritmo da verificação, não no ritmo das manchetes. É a diferença entre aliviar hoje e evitar outra escalada amanhã.

Fontes

  • Reuters – Israel e Hamas trocam acusações sobre violações do cessar-fogo; Israel diz coordenar com Egito a reabertura de Rafah para pessoas e manter ajuda por Kerem Shalom. Reuters
  • The Guardian – OMS alerta que doenças “espiralam fora de controle” em Gaza; ajuda segue criticamente escassa, abaixo do necessário. The Guardian+1
  • Ahram Online – Governador do Norte do Sinai defende atuação do Egito em Rafah e rebate acusações de fechamento arbitrário. Ahram Online
  • Al-Monitor – Autoridade Palestina diz estar pronta para operar o lado palestino de Rafah. Al-Monitor
  • Asharq Al-Awsat – (Reuters) AP reafirma disposição para assumir Rafah e notifica partes envolvidas. Arab News
  • Al Arabiya – (Reuters) Israel reduz fluxo de ajuda e mantém Rafah fechado enquanto define próximos passos. Al Arabiya English
  • The Lancet – Deterioração de indicadores de saúde em Gaza no longo curso do conflito. The Lancet
  • BMJ – Comentário: sem acesso sustentado e reconstrução do sistema de saúde, mortes por causas evitáveis continuarão.

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