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Oriente Médio em chamas: conflito Israel–Irã expõe o tabuleiro do imperialismo e o efeito cascata global

13 de novembro de 2025Nenhum comentário
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Foto: Majid Saeedi
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Escalada entre Israel e Irã, que sai da “guerra nas sombras” para ataques diretos com mísseis e drones, redistribui forças no Oriente Médio, impacta a crise em Gaza e ameaça a economia mundial.

Quando o Irã lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel, em abril de 2024, na operação batizada de True Promise, ficou claro que a disputa havia saído do campo da “guerra nas sombras” para um confronto aberto entre dois Estados que há décadas duelam por influência regional. Foi o primeiro ataque direto de Teerã a partir de seu próprio território contra alvos israelenses, apresentado como resposta à destruição de parte do complexo diplomático iraniano em Damasco por um bombardeio atribuído a Israel.

Israel, com apoio operacional dos Estados Unidos, Reino Unido, França e Jordânia, diz ter interceptado cerca de 99% dos projéteis, limitando os danos a bases aéreas no deserto do Neguev. Mas, do ponto de vista geopolítico, o recado foi outro: o tabuleiro do Oriente Médio entrou em nova fase, em que a ameaça de confronto direto entre Tel Aviv e Teerã deixa de ser hipótese acadêmica e passa a moldar decisões de chancelerias, mercados e organizações internacionais.

Em junho de 2025, a escalada deu novo salto com a operação israelense “Rising Lion”, que atingiu mais de cem alvos estratégicos em território iraniano, incluindo instalações nucleares e fábricas de mísseis, matando militares e cientistas do alto escalão.  O Irã respondeu com ondas de mísseis e drones, e o preço do petróleo disparou, reacendendo o temor de interrupções no Estreito de Ormuz.

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A narrativa dominante em boa parte da mídia hegemônica tenta ler esses episódios apenas como “disputa entre inimigos históricos” ou “choque religioso”. Uma leitura atenta, porém, revela um conflito estruturado por imperialismo, disputas energéticas e pela tentativa de reorganizar um bloco anti-imperialista no Sul Global.


Gaza, apartheid e a sombra do genocídio

Nenhuma análise séria do confronto Israel–Irã pode ignorar o pano de fundo: a guerra em Gaza e a longa ocupação de territórios palestinos. Organizações de direitos humanos como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional passaram a classificar a política israelense contra palestinos como apartheid, apontando um regime sistemático de discriminação e segregação que viola normas centrais do direito internacional.

Relatores da ONU, acadêmicos de genocídio e entidades da sociedade civil alertam desde 2023 para um “grave risco de genocídio” em Gaza, diante de bombardeios maciços, destruição de infraestrutura civil, bloqueio de ajuda humanitária e fome generalizada.

Recentemente, uma comissão de inquérito ligada ao Conselho de Direitos Humanos da ONU publicou relatório apontando “evidências diretas de intenção genocida” por parte de autoridades israelenses, ao analisar declarações oficiais, padrões de ataque e restrições deliberadas a comida, água e remédios.

Nesse contexto, a escalada Israel–Irã não acontece num vácuo. Para amplos setores da esquerda global, o que se vê é a tentativa de manter, à força, uma ordem regional baseada em colonialismo, apartheid e genocídio em Gaza, em choque com a demanda por soberania nacional de povos historicamente submetidos a sanções, bombardeios e ocupações.


Proxies, fronteiras e um conflito em rede

Por décadas, a relação Israel–Irã foi marcada por ataques indiretos: sabotagens em instalações nucleares, assassinatos de cientistas, ataques a comboios na Síria, drones derrubados no Golfo. A ofensiva iraniana de abril de 2024 e a operação israelense de junho de 2025 indicam que essa “contenção” está ruindo.

Ao mesmo tempo, o efeito cascata aparece na multiplicação de frentes de conflito:

  • No Líbano, o Hezbollah trava um confronto quase diário com Israel desde 2023, com foguetes, drones e ataques que devastaram vilarejos libaneses e forçaram deslocamentos em massa dos dois lados da fronteira.

  • Na Síria, ataques atribuídos a Israel continuam atingindo depósitos de armas e posições ligadas à Guarda Revolucionária, integrantes da estratégia iraniana de “profundidade defensiva” fora de suas fronteiras.

  • No Iraque e no Iêmen, grupos aliados a Teerã miram bases norte-americanas, rotas marítimas e ativos ligados a Israel, elevando o risco de incidentes que envolvam diretamente potências ocidentais.

Estamos diante de uma guerra em rede, em que cada ato entre Israel e Irã encontra eco imediato em múltiplos pontos: fronteira israelense-libanesa, rotas de petróleo, céu sírio, Mar Vermelho. Para quem acompanha o mapa, não é exagero dizer que qualquer erro de cálculo pode arrastar a região a uma nova etapa de conflagração.


Petróleo, inflação e o caixa do imperialismo

O efeito cascata não é apenas militar. O sistema financeiro global reage, quase em tempo real, a cada míssil disparado. O Banco Mundial já advertia, ainda em 2023 e 2024, que uma escalada mais ampla no Oriente Médio poderia levar o petróleo a patamares muito acima dos US$ 100, com impacto direto em inflação de alimentos e energia no mundo inteiro.

Após a ofensiva israelense contra instalações iranianas em 2025, o barril registrou o maior salto desde o início da guerra da Ucrânia, refletindo o temor de bloqueios ou sabotagens em rotas estratégicas como o Estreito de Ormuz.

Esse quadro escancara algo que a esquerda já denuncia há décadas: o Oriente Médio é tratado, pelas potências centrais, como eixo de segurança energética do imperialismo, mais do que como conjunto de sociedades com direito a autodeterminação. Quando convém, violações de direitos humanos são relativizadas em nome da “estabilidade”; quando interessa pressionar um governo “hostil”, ativam-se sanções, bloqueios e ameaças militares sob o rótulo de “defesa da democracia”.


Entre o “eixo do mal” e o bloco anti-imperialista

No discurso oficial dos Estados Unidos e de parte da Europa, o Irã continua enquadrado como peça central de um suposto “eixo do mal”, acusado de apoiar grupos armados como Hezbollah e Houthis, desestabilizar aliados ocidentais e buscar capacidade nuclear militar.

Já numa leitura que privilegia o Sul Global, Teerã aparece como ator que tenta compor um bloco anti-imperialista, aproximando-se de Rússia, China e outros países sancionados, por meio de acordos energéticos, militares e financeiros, inclusive no âmbito dos BRICS ampliados. Essa reconfiguração busca escapar da tutela de Washington e de instituições controladas pelo cartel financeiro internacional.

Nada disso absolve o autoritarismo interno, a repressão a opositores ou as violações de direitos em solo iraniano. Mas ajuda a entender por que medidas unilaterais adotadas por potências ocidentais são vistas, em boa parte do mundo, menos como defesa de princípios e mais como continuidade de uma política de duplo padrão típica do imperialismo.


Mídia hegemônica, silêncio seletivo e contrainformação

A forma como o conflito é apresentado à opinião pública também faz parte da disputa. Grandes redes internacionais reforçam rotineiramente a narrativa de que Israel age em “legítima defesa” enquanto tratam as denúncias de apartheid e genocídio em Gaza como “polêmicas” ou “controversas”, mesmo diante de relatórios robustos da ONU, da Corte Internacional de Justiça e de organizações de direitos humanos.

Esse enquadramento é típico da mídia hegemônica, que se apresenta como neutra, mas frequentemente reproduz a visão de mundo dos governos e corporações do Norte Global. É nesse cenário que veículos alternativos e plataformas independentes insistem que “contrainformação é poder”: disputar a narrativa é parte essencial da luta contra o golpismo regional, contra guerras preventivas e contra a naturalização de mortes em Gaza, Teerã, Beirute ou Damasco.


Efeito cascata também é resistência

Se há um efeito cascata de bombas, sanções e deslocamentos forçados, há também um efeito cascata de resistência. A retórica de genocídio em Gaza, antes restrita a movimentos palestinos e parte da academia crítica, ganha respaldo crescente de organismos internacionais, relatórios jurídicos e manifestações massivas em capitais do mundo.

Ao mesmo tempo, cresce a pressão para embargos de armas a Israel, suspensão de acordos comerciais e responsabilização de empresas envolvidas com assentamentos e operações militares, como propôs a relatora especial para os territórios ocupados em relatório recente ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Esse movimento aponta para uma agenda em que soberania nacional deixa de ser monopólio de Estados e passa a dialogar com a soberania dos povos – palestinos, libaneses, iranianos, israelenses que rejeitam o apartheid – na disputa por um sistema internacional menos capturado pela lógica da guerra permanente.


O conflito Israel–Irã, lido a partir de uma chave crítica, mostra que o Oriente Médio continua sendo laboratório brutal de um mundo organizado em torno do imperialismo energético e militar. Mas revela também fissuras importantes: o fortalecimento de um bloco anti-imperialista, a denúncia global do apartheid israelense, a resistência à normalização do genocídio em Gaza e o surgimento de redes de contrainformação que desafiam a narrativa única da mídia hegemônica.

O “efeito cascata”, portanto, não é só de mísseis e choques no preço do petróleo. É também de solidariedade internacional, de pressão por responsabilização e de construção de alternativas ao ciclo permanente de guerra, ocupação e sanções. O desfecho ainda é indefinido – mas o mundo que sai dessa crise não será o mesmo que entrou nela.


Referências

Reuters – Israel’s ‘Rising Lion’ strikes hit over 100 targets in Iran, raising fears of wider war 
Reuters – Russia condemns Israel’s attack on Iran as ‘unprovoked and illegal’ under UN Charter 
AP News – Israel says 99% of drones and missiles launched by Iran were intercepted in unprecedented attack 
The Guardian – Iran warns it will strike again with greater force if Israel or US retaliate over drone and missile barrage 
AP News – World Bank warns Middle East conflict could send oil prices into ‘uncharted waters’ 
Human Rights Watch – A Threshold Crossed: Israeli Authorities and the Crimes of Apartheid and Persecution 
OHCHR – Gaza: UN experts call on international community to prevent genocide against the Palestinian people 
UN Human Rights Council / Commission of Inquiry – Report finds evidence of genocidal intent in Israel’s warfare methods in Gaza

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