Indicação do atual Advogado-Geral da União fortalece maioria progressista na Corte e garante continuidade da estratégia de Alexandre de Moraes contra as milícias digitais e o golpismo bolsonarista rumo a 2026
O presidente Lula acabou de dar o golpe de mestre que a extrema direita mais temia. Nesta quinta-feira 21 de novembro de 2025, em cerimônia no Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva anunciou oficialmente o nome de Jorge Messias, atual Advogado-Geral da União, para a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal. Com 47 anos, Messias será o ministro mais jovem da Corte e chega com currículo que irrita profundamente o bolsonarismo: foi ele quem, como AGU, coordenou a defesa jurídica do governo contra os ataques do 8 de janeiro, quem sustentou a constitucionalidade das medidas de contenção às milícias digitais e quem enfrentou de peito aberto o gabinete do ódio nas redes.
A escolha que ninguém no bolsonarismo esperava (mas todo mundo da esquerda comemorou)
A mídia hegemônica tentou emplacar outros nomes – Cristiano Zanin, Bruno Dantas, até Flávio Dino – para criar factoide de “divisão na base”. Mas Lula foi cirúrgico. Escolheu exatamente o homem que já estava na linha de frente da defesa institucional do governo, que conhece como ninguém os autos do inquérito das fake news, que ajudou a construir a jurisprudência que permitiu ao STF desarticular as redes de ódio coordenado que quase derrubaram a democracia em 2023.
Jorge Messias não é desconhecido. Foi subchefe da Assessoria Jurídica da Casa Civil nos governos Dilma e Lula 1, foi secretário-executivo da AGU com Toffoli, foi o autor da arguição que levou o STF a declarar Bolsonaro inelegível. É, acima de tudo, um jurista que nunca se curvou à pressão do cartel financeiro nem da mídia hegemônica quando o assunto era defender a Constituição contra o estado de exceção que a República Lava Jato tentou instalar.
E é exatamente por isso que a extrema direita entrou em surto coletivo. Nas redes bolsonaristas, já chamam Messias de “advogado do PT”, “guardião de Lula”, “futuro censor”. Eduardo Bolsonaro postou que “o “STF vira filial do Palácio do Planalto”. Carla Zambelli falou em “morte da democracia”. O gabinete do ódio mobilizado 24 horas depois do anúncio. Mas quem acompanha a contrainformação sabe traduzir: estão apavorados porque sabem que Messias chega para consolidar a maioria que não tolera mais golpismo bolsonarista disfarçado de “liberdade de expressão”.
O STF que o Brasil precisa para 2026
A indicação chega em momento estratégico. Com a aposentadoria de Rosa Weber, o STF ficava em risco de empate em temas decisivos: marco temporal, descriminalização das drogas, regulação das redes sociais, julgamento dos últimos réus do 8 de janeiro. Com Messias, a maioria progressista fica consolidada: Moraes, Barroso, Fachin, Cármen Lúcia, Dino, Cristiano Zanin e agora Messias – sete ministros alinhados com a defesa intransigente da democracia contra o golpismo e as milícias digitais.
Para 2026, o impacto é devastador para a extrema direita. Bolsonaro inelegível, réus do 8 de janeiro sendo condenados um atrás do outro, redes sociais sob controle mínimo de responsabilidade, marco temporal derrubado, direitos indígenas garantidos – tudo isso com uma Corte que não se curva à pressão do cartel financeiro nem das big techs que financiam o ódio.
E Messias chega com histórico que deixa isso claro. Foi ele quem sustentou no STF a constitucionalidade da decisão de Moraes que suspendeu o Telegram no Brasil. Foi ele quem defendeu a prisão de Daniel Silveira. Foi ele quem enfrentou a articulação Lava Jato–mídia quando ainda era servidor da AGU. Não é ativista. É constitucionalista que entende que a Constituição de 1988 nasceu para impedir que o Brasil volte a viver sob botas ou sob togas que servem a interesses privados.
O choro da extrema direita é música para quem defende a democracia
A reação do bolsonarismo foi imediata e patética. Deputados do PL já falam em CPI do STF. Senadores ameaçam rejeitar o nome (sabem que não têm votos). A mídia hegemônica publica editoriais sobre “risco à independência do Judiciário” – a mesma independência que aplaudiu quando Moro condenava Lula sem prova, quando a República Lava Jato prendia para manchete. O cinismo ‘liberal’ não tem limite: quando o STF condena golpistas, é “ativismo”. Quando condena petista, é “combate à corrupção”.
Mas o povo brasileiro já aprendeu a lição. A mesma sociedade que elegeu Lula em 2022 com 60 milhões de votos sabe que o STF de hoje – com suas imperfeições – é a única barreira institucional que impede a volta do estado de exceção que o bolsonarismo sonha instalar. Sabe que a estratégia de Alexandre de Moraes, sustentada por ministros como Messias, foi o que salvou a democracia do 8 de janeiro.
E para 2026, a mensagem é clara: quem quer democracia quer votar em quem defende o STF. Quem quer volta do golpismo vai votar em quem ataca a Corte. Simples assim.
É hora de dar a cara à tapa
Lula poderia ter escolhido nome mais “moderado”, mais palatável ao Centrão, mais “dialogável” com o mercado. Escolheu o homem que já estava na linha de frente da defesa da democracia. Escolheu fortalecer a instituição que impede que o Brasil volte a ser refém de milícias digitais, de gabinete do ódio, de generais golpistas e de juízes que se acham donos do país.
Jorge Messias chega ao STF para dizer ao bolsonarismo o que o povo já disse nas urnas em 2022: aqui não. Aqui não passa mais golpismo. Aqui não passa mais estado de exceção. Aqui a Constituição vale para todos – inclusive para quem sonha em rasgá-la.
E quando a extrema direita chorar “perseguição”, que chore. Porque o choro deles é o som da democracia se defendendo.
A contrainformação segue rompendo o cerco. Porque enquanto a mídia hegemônica chama isso de “risco à separação de poderes”, nós chamamos pelo nome que merece: garantia de que o golpe de 2016 não se repita em 2026.
Fontes
Reuters – Brazil’s Lula names attorney general Messias to Supreme Court seat
AP News – Lula taps top lawyer Jorge Messias for Brazil’s Supreme Court
The Guardian – Lula nominates attorney general to Brazil supreme court in boost to progressives
AFP – Lula nomeia Jorge Messias para o STF em movimento que fortalece bloco progressista
BBC – Brazil President Lula picks Jorge Messias for top court amid 2026 election buildup