• Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos
Fala Glauber Play
  • Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos
  • Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos

França e a Guerra no Sudão: o que está em jogo para Paris — e para a Europa

10 de novembro de 2025Nenhum comentário
Telegram WhatsApp Copy Link
Fotografia: Diego Menjíbar Reynés/The Guardian
Share
Facebook Twitter Pinterest Email Telegram WhatsApp Copy Link
Anúncio
Anuncie aqui

Entre a ponte humanitária e a segurança nacional, a França tenta liderar a resposta ocidental à guerra civil no Sudão — com doações recordes, evacuações militares e defesa de sanções — enquanto enfrenta críticas sobre rastreabilidade de armamentos e pressões migratórias crescentes.

A guerra civil sudanesa, deflagrada em abril de 2023, opõe as Forças Armadas do Sudão (SAF), chefiadas por Abdel Fattah al-Burhan, às Forças de Apoio Rápido (RSF), comandadas por Mohamed “Hemedti” Dagalo. Em 2025, o conflito entrou numa fase mais brutal e dispersa, combinando cercos prolongados, ataques a mercados e bombardeios contra infraestrutura de saúde. Em março deste ano, o Exército reivindicou o controle do palácio presidencial em Cartum, num avanço de alto valor simbólico que não encerrou a guerra, mas reposicionou os frontes e a narrativa militar do governo.

A violência, concentrada especialmente em Darfur e no eixo Cartum-Omdurman-Bahri, teve episódios de pico que indignaram a comunidade internacional — como o ataque de drones ao Hospital Saudita Materno em El-Fasher (pelo menos 70 mortos, segundo a OMS) e a ofensiva que atingiu um mercado em Omdurman (dezenas de civis mortos e feridos). Esses eventos evidenciam o padrão de crimes contra civis e o colapso da proteção humanitária no teatro de operações.

No plano diplomático, o Conselho de Segurança da ONU exigiu em 2024 a suspensão do cerco a El-Fasher e o respeito ao direito humanitário — sem que, até agora, isso tenha se traduzido em cessar-fogo sustentado ou em responsabilização célere dos perpetradores.

Anúncio
Anuncie aqui

Por que a guerra no Sudão importa à França

Para Paris, o conflito tem implicações diretas em três eixos:

  • Segurança regional e rotas estratégicas — O Mar Vermelho, a poucas centenas de milhas de Port Sudan, é corredor vital para comércio europeu e operações navais; sua instabilidade repercute em custos logísticos e risco militar ampliado.
  • Pressão migratória e humanitária — O Sudão tornou-se a maior crise de deslocamento do mundo africano, com números de deslocados internos e refugiados batendo recordes; a tendência é de transbordamento para rotas rumo ao Mediterrâneo e, portanto, à União Europeia.
  • Credibilidade internacional da França — Após reveses no Sahel e reconfiguração do dispositivo militar na África, a capacidade de Paris em liderar respostas efetivas — humanitárias, diplomáticas e coercitivas — tornou-se um teste de influência e de segurança nacional ampliada.

O que a França já fez: da evacuação militar à diplomacia de cheques (com condicionalidades)

A Operação Sagittaire, em abril de 2023, marcou a primeira resposta concreta: uma ponte aérea e marítima, com A400M, C-130 e navio da Marinha, retirou mais de mil civis de 84 países, incluindo 225 franceses, em manobras de alto risco a partir da base de Wadi Seidna e do porto de Port Sudan. A operação projetou capacidade, coordenação interforças e alcance diplomático, atributos que viriam a credenciar Paris nas etapas seguintes.

Em abril de 2024, a França co-organizou em Paris uma conferência internacional de doadores, arrecadando mais de €2 bilhões (cerca de US$2,1 bi) para socorro imediato — água, alimentos, saúde — e para manter viva a malha operacional de agências humanitárias sob fogo. Aquilo foi, de fato, um esforço de liderança ocidental no dossiê sudanês: dinheiro, palco político e recado aos patrocinadores regionais da guerra para cortarem fluxos de armas e financiamento.

No registro de posicionamento político, Paris condenou ataques a comboios e instalações humanitárias, defendendo acesso seguro e respeito às Convenções de Genebra — coerente com a linha francesa em crises africanas recentes, mas exigindo, como veremos, coerência adicional no rastreamento de componentes de defesa.

Sanções, rastreabilidade de armas e o “teste de coerência” para a UE — e para Paris

A União Europeia apertou o cerco. Em junho de 2024, sancionou seis indivíduos ligados a atrocidades e à máquina de guerra dos dois lados, bloqueando bens e impondo proibições de viagem. Em julho de 2025, veio o quarto pacote: duas pessoas e duas entidades, incluindo o Alkhaleej Bank e a Red Rock Mining Company, por financiarem ou facilitarem produção de armas e veículos — um reconhecimento explícito de que o ouro e a mineração alimentam a economia de guerra.

Nesse mesmo debate, a Amnistia Internacional divulgou evidências de sistemas de defesa franceses incorporados a blindados fabri­cados nos Emirados Árabes e usados no Sudão — provável violação do embargo da ONU, segundo a ONG. A fabricante francesa e Abu Dhabi negam uso para combate ou desvio ilegal. O episódio não “culpa” a França por abastecer os beligerantes, mas pressiona por rastreamento de uso final e controle a jusante mais rigorosos — algo que, do ponto de vista de uma direita responsável, fortalece a legitimidade da política externa sem enfraquecer a indústria de defesa.

Sob a ótica francesa, sanções seletivas (pessoas, bancos, mineradoras) — acompanhadas de compliance duro em exportações de defesa — são mais inteligentes do que embargos genéricos que punem economias africanas inteiras e empurram parceiros para outras potências. É uma agenda pró-ocidente e pró-lei-e-ordem: fechar a torneira dos financiadores, rastrear componentes sensíveis, punir intermediários e manter capacidade dissuasória europeia no entorno do Mar Vermelho.

No terreno: escalada de 2025 e custos humanos — por que a pressão deve continuar

O avanço do Exército em Cartum não pacificou o país: em janeiro, o ataque ao Hospital Saudita Materno em El-Fasher matou mais de 70 pessoas, e em fevereiro o bombardeio do mercado de Omdurman deixou dezenas de mortos e 158 feridos. Esses episódios mostraram o padrão de ataques contra civis e saúde, rebatendo qualquer otimismo precipitado sobre um “ponto de inflexão” militar.

A pressão internacional, embora real — sanções, conferências, resoluções —, segue insuficiente frente ao dimensional humano do conflito. Le Monde contabilizou, em abril de 2025, milhares de mortos e cifras colossais de deslocamento (mais de 13 milhões), além de fome generalizada. O risco de partição de fato e de consolidação de senhorios armados multiplica-se a cada mês, com impactos diretos sobre a estabilidade do Sahel, do Chifre da África e das rotas do Mediterrâneo.

O que Paris deve defender: ajuda que salva vidas, sanções com dente — e fronteiras protegidas

Do ponto de vista realista e de direita, a França precisa manter uma linha de três pilares:

  1. Ajuda humanitária com governança — Continuar financiando a resposta (como em Paris-2024), mas condicionar desembolsos a corredores seguros, auditorias de entrega e punição ao roubo de suprimentos. Quem bloqueia ou ataca hospitais e comboios deve enfrentar isolamento financeiro e confisco de ativos na UE.
  2. Sanções inteligentes e rastreabilidade — Expandir a lista de indivíduos, bancos, tradings de ouro e empresas-ponte que financiam as milícias, independentemente do lado. End-use rigoroso para componentes sensíveis franceses, com margem zero para reexportações ilícitas. Isso protege a reputação da França e pressura patrocinadores regionais a mudar de cálculo.
  3. Fronteiras e Mar Vermelho — Reforçar, com aliados, patrulha e inteligência no corredor Mar Vermelho–Mediterrâneo; combater tráfico de pessoas e armas; apoiar Estados costeiros parceiros. Segurança de fronteiras e socorro no terreno não são agendas contraditórias: caminham juntas para salvar vidas e conter redes criminosas que prosperam no vácuo da lei.

O papel político de Paris na UE: liderança que custa — e compensa

A guerra no Sudão não é “mais uma crise distante”. É um multiplicador de riscos na vizinhança estratégica da Europa. A França, por histórico, presença diplomática e capacidade militar, está numa posição singular para ditar ritmo: orquestrar coalizões de doadores, puxar sanções com critério, pressionar por corredores humanitários e articular monitoramento sobre minas, bancos e empresas-ponte que alimentam a guerra. É caro politicamente — em casa e em Bruxelas —, mas o custo da omissão é maior: novas rotas migratórias, pirataria, terrorismo e erosão da posição europeia no continente.

Sem ingenuidade: negociar cessar-fogo num país fendido por milícias e economias de guerra exige poder de coerção. É aí que a linha francesa — humanidade com firmeza — pode se distinguir de um multilateralismo retórico. A diplomacia que funciona é a que combina recursos, regras e resultado mensurável.

Fontes:

Reuters – Donors raise more than 2 bln euros for Sudan aid a year into war.
AP News – World donors pledge $2.1 billion in aid for war-stricken Sudan to ward off famine.
The Guardian – Sudan’s army recaptures presidential palace in major battlefield gain.
Le Monde – France condemns deadly attack on Red Cross convoy in Sudan.
Reuters – WHO chief urges end to attacks on Sudan healthcare after 70 killed in drone strike.
Reuters – EU adopts sanctions against six over Sudan civil war.
AP News – French weapons system found in Sudan is likely violation of U.N. arms embargo, says Amnesty.
Council of the EU – Sudan: Council sanctions individuals and entities over serious human rights violations… (18 Jul 2025).
Le Monde – Au Soudan, dévasté par deux ans de guerre civile, le conflit s’étend.

Ajuda humanitária doadores El-Fasher embargo França fronteiras guerra civil hospital indústria de defesa Mar Vermelho migração mineração Omdurman OMS onu Ouro Paris rastreabilidade RSF SAF sanções Segurança Sudão UE
Share. Facebook Twitter Email Telegram WhatsApp Copy Link
Anúncio
Anuncie aqui

Postagem relacionadas

STF Torna Eduardo Bolsonaro Réu por Coação em Julgamento do Pai

14 de novembro de 2025

STF Forma Maioria para Tornar Eduardo Bolsonaro Réu: Coação em Julgamento do Pai Sob Escrutínio

14 de novembro de 2025

STF: Mais um Golpe do Ativismo Judicial Contra a Liberdade?

14 de novembro de 2025
Leave A Reply Cancel Reply

Últimas noticas

STF Torna Eduardo Bolsonaro Réu por Coação em Julgamento do Pai

14 de novembro de 2025

STF Forma Maioria para Tornar Eduardo Bolsonaro Réu: Coação em Julgamento do Pai Sob Escrutínio

14 de novembro de 2025

STF: Mais um Golpe do Ativismo Judicial Contra a Liberdade?

14 de novembro de 2025

PIB do Maranhão Cresce 3,6% em 2023 e Alcança R$ 149,2 Bilhões, Superando Médias Nacional e Regional

14 de novembro de 2025
Anúncio
Anuncie aqui
Esquerda

STF Torna Eduardo Bolsonaro Réu por Coação em Julgamento do Pai

14 de novembro de 20250

Julgamento político movimenta as esferas judiciais e políticas; mais um capítulo de tensão entre o…

STF Forma Maioria para Tornar Eduardo Bolsonaro Réu: Coação em Julgamento do Pai Sob Escrutínio

14 de novembro de 2025

Não fique de fora!

As melhores dicas e insights chegam primeiro para quem está na nossa lista.

A primeira plataforma de notícias do Brasil que mostra com clareza se a informação parte de uma visão de esquerda, direita ou centro, permitindo que o leitor escolha qual notícia ler e qual viés seguir. Um espaço único, comprometido com a verdade, a transparência e a liberdade de pensamento, sempre com jornalismo direto, claro e sem manipulação.

Facebook Youtube Instagram

Institucional

  • Nosso Pacto
  • Nossa Equipe
  • Dúvidas Frequentes
  • Anuncie Conosco
  • Políticas de Privacidade

Editoriais

  • Esporte
  • Segurança Púplica
  • Tecnologia
  • Política
  • Economia
  • Brasil
  • Mundo

© 2025 FalaGlauber. Todos os direitos reservados.
O conteúdo desta plataforma é protegido por direitos autorais. Qualquer reprodução, distribuição ou utilização sem autorização expressa é proibida.

Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.

Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continua a usar este site, assumimos que você está satisfeito.