• Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos
Fala Glauber Play
  • Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos
  • Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos

Entre crime e terrorismo: a encruzilhada do Brasil na guerra às facções

13 de novembro de 2025Nenhum comentário
Telegram WhatsApp Copy Link
Foto: Retirada do site NDTV World
Share
Facebook Twitter Pinterest Email Telegram WhatsApp Copy Link
Anúncio
Anuncie aqui

Debate sobre equiparar facções criminosas brasileiras a grupos terroristas opõe endurecimento penal, soberania nacional e defesa de direitos em meio à pressão interna e externa

À medida que o Brasil se torna epicentro da disputa por narrativas de segurança pública, a proposta de equiparar facções criminosas a grupos terroristas volta ao centro do debate político. O avanço do chamado Projeto Antifacção, somado à pressão dos Estados Unidos para rotular organizações como PCC e Comando Vermelho como terroristas, expõe uma tensão de fundo: onde termina o combate ao crime organizado transnacional e começa um perigoso estado de exceção permanente?

No pano de fundo, está um país atravessado pela guerra às drogas, que há décadas se traduz em operações policiais letais em favelas e periferias, com saldo desproporcional de jovens negros mortos e comunidades inteiras sob fogo cruzado. Relatórios recentes indicam que mais de 80 grupos criminosos organizados atuam em território brasileiro, tendo o PCC e o Comando Vermelho como grandes polos, com presença em diversos estados, nas fronteiras e até em outros países da região.


O que muda com a equiparação a terrorismo

A discussão ganhou corpo com a tramitação do PL Antifacção, inicialmente apresentado com dispositivos que equiparavam facções ao crime de terrorismo. A proposta foi reformulada: o relator recuou da equiparação direta, mas o tema segue vivo no xadrez do Congresso, com setores da direita pressionando para reabrir o debate em novas emendas ou projetos paralelos.

Anúncio
Anuncie aqui

Mesmo sem a equiparação, o texto já prevê um robusto endurecimento penal: penas entre 20 e 40 anos para lideranças e integrantes de facções, bloqueio imediato de bens, confisco de patrimônio e criação de um Banco Nacional de Organizações Criminosas para integrar dados biométricos, genéticos e financeiros. A mensagem política é clara: colocar o crime organizado no topo da agenda de Estado, com instrumentos de inteligência e cooperação federativa ampliados.

Mas a equiparação a terrorismo iria muito além desse pacote. Articulistas e juristas criticam a tentativa de usar uma lei concebida para punir ações de motivação política, ideológica ou religiosa — isto é, o terrorismo tal como definido na Lei 13.260/2016 — para enquadrar organizações cujo motor central é o lucro, o controle territorial e o domínio de mercados ilícitos. Ao descolar o conceito de terrorismo da motivação ideológica e focar apenas no “efeito” de medo generalizado, o Congresso abre uma brecha para banalizar o terrorismo e criar confusão jurídica duradoura.


Pressão externa, soberania e narrativa de “narcoterrorismo”

A disputa não é apenas doméstica. Em 2025, o governo brasileiro rejeitou formalmente um pedido do Departamento de Estado dos EUA para declarar PCC e Comando Vermelho como organizações terroristas. Em reunião em Brasília, autoridades norte-americanas argumentaram que a classificação facilitaria sanções, bloqueio de ativos e perseguição a integrantes que atuam em território norte-americano; a resposta brasileira foi que, à luz da legislação em vigor, essas são organizações criminosas, não grupos terroristas.

Nesse embate, ressurge o vocabulário típico da cobertura de esquerda: a crítica ao imperialismo e a defesa da soberania nacional contra tentativas de “tutela” externa sobre a política de segurança. O receio é que a narrativa do “narcoterrorismo”, abraçada por sucessivas administrações dos EUA na região, sirva de justificativa para interferências indiretas e condicionamento de cooperação militar e financeira.

Analistas alertam que, ao deslocar o problema das facções da esfera da segurança pública interna para a do terrorismo global, o Brasil poderia transformar uma agenda de polícia e justiça em tema de geopolítica de alta tensão, com pressões diplomáticas e econômicas extras.


Entre a guerra às drogas e o “estado de exceção” nas periferias

Enquanto a elite política debate tipificações, a realidade nas bordas das grandes cidades é marcada por uma guerra cotidiana de baixa intensidade. Relatórios internacionais descrevem como PCC, Comando Vermelho e milícias dominam territórios, exploram comunidades com extorsão, controlam serviços e impõem “tribunais do crime” em áreas onde o Estado chega quase exclusivamente pela via policial e repressiva.

A resposta estatal, por sua vez, segue calcada em megaoperações policiais com altíssima letalidade, que frequentemente resultam em dezenas de mortos em poucas horas, escolas fechadas, comércio paralisado e moradores confinados em casa. Em operações recentes no Rio de Janeiro, a soma de vítimas chegou a ultrapassar a casa das cem pessoas em poucos dias, o que levou organizações de direitos humanos a falar abertamente em “licença para matar”.

É nesse cenário que ganha potência o enquadramento, caro à imprensa progressista, de que a guerra às drogas = genocídio da juventude negra — isto é, uma política de segurança que recai de forma desproporcional sobre jovens negros e pobres, transformando favelas em zonas de sacrifício em nome de uma promessa de ordem que nunca chega.

Ao classificar facções como terroristas, críticos temem que essas operações passem a ser legitimadas como parte de uma “guerra ao terror” doméstica, com ainda menos transparência e controle, consolidando um estado de exceção não declarado nas periferias urbanas.


O risco de abrir a porta errada

Especialistas em direito penal e constitucional chamam atenção para um efeito colateral pouco discutido: ao transformar facções em terroristas, o Brasil automaticamente aciona um conjunto de normas e compromissos internacionais voltados ao terrorismo, transferindo o eixo do enfrentamento do plano interno para o campo da segurança global.

Isso pode significar, por exemplo:

  • sobrecarga da Justiça Federal, responsável pelos crimes de terrorismo, com milhares de novos processos complexos;

  • ampliação de regimes processuais mais duros, com redução de garantias, ajudando a consolidar um ambiente de “justiça de exceção”;

  • maior margem para pressões externas sob o argumento de “combater o terrorismo transnacional”, inclusive com exigência de compartilhamento de dados sensíveis, informação de inteligência e alinhamento automático a listas e sanções estrangeiras.

Na prática, juristas apontam que a rotulação como terrorismo tende a produzir um sistema penal ainda mais rígido e seletivo, sem atacar os pilares econômicos das facções: cadeia de lavagem de dinheiro, infiltração em licitações, captura de agentes públicos e domínio de mercados ilícitos nas fronteiras e nas grandes cidades. Endurecer a lei virou sinônimo de “fazer algo”, mesmo quando esse algo não resolve o problema estrutural.


Segurança pública além do punitivismo

De outro lado, o governo federal tenta calibrar o discurso: reforça o compromisso com o combate ao crime organizado transnacional, assina cooperação com organismos como a INTERPOL e investe em uma nova força-tarefa contra redes criminosas na América Latina, ao mesmo tempo em que sinaliza resistência à equiparação automática de facções a terrorismo.

Para setores progressistas, o caminho passa por fortalecer a Lei de Organizações Criminosas, ampliar a capacidade investigativa e a inteligência financeira, além de enfrentar o nó da corrupção político-policial que alimenta milícias e facções. Nessa leitura, criar um “supercrime” de terrorismo aplicado a qualquer forma de crime violento seria mais um gesto simbólico do que uma solução efetiva.

Há, ainda, a crítica à mídia hegemônica, acusada de apostar em manchetes de “tolerância zero” e na estética do “modo guerra” como resposta automática a cada tragédia, enquanto minimiza o debate sobre democratização das comunicações e políticas sociais em territórios vulneráveis. Na contramão, veículos independentes defendem que contrainformação é poder, isto é, que disputar a narrativa sobre segurança é parte central para romper o ciclo de medo, desinformação e punitivismo.


Entre o medo e a Constituição

O Brasil tem razões de sobra para levar a sério a ameaça representada por facções criminosas e milícias: controle territorial, influência no sistema prisional, impacto em políticas ambientais na Amazônia e infiltração progressiva em estruturas estatais.

Mas a escolha de enquadrar esses grupos como terroristas pode ser um atalho perigoso: entrega à lógica do clamor punitivista um debate que exige precisão conceitual, responsabilidade institucional e compromisso com a Constituição. A pergunta que se impõe não é se o Estado deve ou não enfrentar as facções — isso é consenso —, mas como fazer isso sem converter a exceção em regra e sem transformar comunidades já vulneráveis em campo de testes de um modelo de “segurança nacional” voltado para dentro.

No fim, o que está em jogo é mais do que a redação de um artigo de lei. É a definição de que país o Brasil quer ser: um Estado que responde ao medo com mais camadas de exceção, ou uma democracia que encara o crime organizado com inteligência, cooperação internacional e políticas públicas que vão além da mira do fuzil.


Referências

Reuters – Brazil rejects US request to classify local gangs as terrorist organizations 
Le Monde – Au Brésil, la pire opération de police de l’histoire fait plus de 120 morts
AP News – Brazil’s deadliest police raids fuel debate over crime and rights in Rio’s favelas
UK Government / Home Office – Country policy and information note: Organised criminal groups, Brazil, March 2025
INTERPOL – Combating organized crime: Brazil’s President Lula visit underscores INTERPOL’s central role 
Campo Grande News – Projeto Antifacções: PCC não é mais equiparado a terrorismo 
A Crítica – PL Antifacção: por que equiparar facções criminosas a grupos terroristas é um erro perigoso

Comando Vermelho Congresso Nacional Cooperação internacional Crime Organizado Direitos Humanos estado de exceção facções criminosas favelas Guerra às Drogas imperialismo Interpol juventude negra Lei Antiterrorismo Lula mídia hegemônica milícias Narcoterrorismo PCC periferias PL Antifacção Polícia Segurança Pública Soberania Nacional Terrorismo Violência policial
Share. Facebook Twitter Email Telegram WhatsApp Copy Link
Anúncio
Anuncie aqui

Postagem relacionadas

STF Torna Eduardo Bolsonaro Réu por Coação em Julgamento do Pai

14 de novembro de 2025

STF Forma Maioria para Tornar Eduardo Bolsonaro Réu: Coação em Julgamento do Pai Sob Escrutínio

14 de novembro de 2025

STF: Mais um Golpe do Ativismo Judicial Contra a Liberdade?

14 de novembro de 2025
Leave A Reply Cancel Reply

Últimas noticas

STF Torna Eduardo Bolsonaro Réu por Coação em Julgamento do Pai

14 de novembro de 2025

STF Forma Maioria para Tornar Eduardo Bolsonaro Réu: Coação em Julgamento do Pai Sob Escrutínio

14 de novembro de 2025

STF: Mais um Golpe do Ativismo Judicial Contra a Liberdade?

14 de novembro de 2025

PIB do Maranhão Cresce 3,6% em 2023 e Alcança R$ 149,2 Bilhões, Superando Médias Nacional e Regional

14 de novembro de 2025
Anúncio
Anuncie aqui
Esquerda

STF Torna Eduardo Bolsonaro Réu por Coação em Julgamento do Pai

14 de novembro de 20250

Julgamento político movimenta as esferas judiciais e políticas; mais um capítulo de tensão entre o…

STF Forma Maioria para Tornar Eduardo Bolsonaro Réu: Coação em Julgamento do Pai Sob Escrutínio

14 de novembro de 2025

Não fique de fora!

As melhores dicas e insights chegam primeiro para quem está na nossa lista.

A primeira plataforma de notícias do Brasil que mostra com clareza se a informação parte de uma visão de esquerda, direita ou centro, permitindo que o leitor escolha qual notícia ler e qual viés seguir. Um espaço único, comprometido com a verdade, a transparência e a liberdade de pensamento, sempre com jornalismo direto, claro e sem manipulação.

Facebook Youtube Instagram

Institucional

  • Nosso Pacto
  • Nossa Equipe
  • Dúvidas Frequentes
  • Anuncie Conosco
  • Políticas de Privacidade

Editoriais

  • Esporte
  • Segurança Púplica
  • Tecnologia
  • Política
  • Economia
  • Brasil
  • Mundo

© 2025 FalaGlauber. Todos os direitos reservados.
O conteúdo desta plataforma é protegido por direitos autorais. Qualquer reprodução, distribuição ou utilização sem autorização expressa é proibida.

Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.

Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continua a usar este site, assumimos que você está satisfeito.