• Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos
Fala Glauber Play
  • Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos
  • Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos

COP30 em Belém: ambição climática sem plano fiscal claro expõe riscos para competitividade e soberania energética

10 de novembro de 2025Nenhum comentário
Telegram WhatsApp Copy Link
Foto: AFP - MAURO PIMENTEL / RFI
Share
Facebook Twitter Pinterest Email Telegram WhatsApp Copy Link
Anúncio
Anuncie aqui

Ao sediar a conferência da ONU, o Brasil tenta liderar a agenda climática com fundos multibilionários e integração de mercados de carbono, mas encontra resistência sobre custos, governança e impactos na indústria

A abertura da COP30 em Belém recolocou o Brasil no centro do debate climático — e também no epicentro de uma discussão que governos responsáveis, empresários e contribuintes não podem evitar: quem paga a conta, com quais garantias e a que custo para o crescimento? Sob o holofote de uma diplomacia que acena com metas ousadas, Brasília apresentou o “Baku to Belém Roadmap”, um plano para escalar o financiamento climático global a US$ 1,3 trilhão por ano. O enunciado soa grandioso, mas a realidade orçamentária e a competição entre blocos impõem perguntas duras: sem uma arquitetura de governança robusta, salvaguardas contra corrupção e métricas claras de resultado, não corremos o risco de transformar boa intenção em política cara e ineficiente?

O pano de fundo geopolítico: promessas infladas, bolso apertado

O próprio tom dos anfitriões reconhece um ambiente internacional mais tenso e fragmentado do que em cúpulas anteriores. O Financial Times resumiu o espírito do encontro: “tensões geopolíticas pairam” sobre a COP30, num momento em que prioridades nacionais — segurança, reindustrialização, emprego — disputam espaço com o discurso climático. Países com crescimento anêmico e dívidas elevadas hesitam em assinar cheques em branco. Essa cautela explica, por exemplo, a relutância do Reino Unido em aportar no Tropical Forests Forever Facility (TFFF), um veículo brasileiro que busca US$ 125 bilhões para preservar florestas por meio de pagamentos anuais vinculados a desempenho. Se doadores questionam governança e efetividade, não é negacionismo — é zelo com dinheiro público.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, discursou em Belém com um alerta dramático sobre a meta de 1,5°C. A retórica mobiliza, mas não substitui planilhas: prometer metas sem plano econômico consistente arrisca converter a agenda climática em fadiga política. Governos que respondem a eleitorados pressionados por inflação, tarifas de energia e emprego exigem custos previsíveis e resultados mensuráveis, não slogans.

Anúncio
Anuncie aqui

Financiamento: o “como” importa mais do que o “quanto”

Do ponto de vista liberal-conservador, a pergunta central não é se devemos financiar adaptação e mitigação, mas como fazer isso com eficiência, transparência e foco em crescimento. O Roadmap brasileiro fala em mobilizar bancos multilaterais, atrair capital privado e aliviar dívidas do Sul Global — direções que, em tese, podem funcionar. O problema é que o histórico de alguns fundos climáticos revela processos lentos, overhead alto e execução desigual. Sem metas de produtividade, auditorias independentes e pagamento estritamente por performance (pagou, porque entregou), corremos o risco de ampliar o passivo fiscal sem reduzir emissões no ritmo esperado.

É positivo que o TFFF amarre desembolsos a resultados de conservação — um modelo mais próximo de “endowment” com métricas ex ante. Ainda assim, doadores e parlamentos querem saber quem mede, quem audita, quem pune em caso de fraude ou desvio. E querem evitar que o dinheiro substitua o orçamento obrigatório de países receptores (crowding-out), em vez de alavancar investimento privado. A fala do ministro Fernando Haddad, de que US$ 10 bilhões no primeiro ano seriam “possíveis”, é animadora, mas não responde sozinha à dúvida chave: qual é o retorno socioambiental por dólar aplicado — e como isso preserva competitividade industrial dos que pagam a conta?

Mercado de carbono: sem integridade, vira imposto oculto

Outra aposta de Brasília é a integração de mercados de carbono e a implementação do SBCE (sistema brasileiro de comércio de emissões). A lógica pró-mercado é correta: precificar emissões cria incentivos para eficiência, inovação e captura de carbono ao menor custo. Mas uma arquitetura ruim pode virar imposto oculto que encarece logística, energia e insumos, sem reduzir CO₂ de verdade. É por isso que empresas e governos cobram regras simples, transparentes e interoperáveis com padrões internacionais. Fragmentação regulatória — um risco real — aumenta custo de compliance, favorece grandes players incumbentes e estrangula pequenas e médias.

Além disso, sinais contraditórios prejudicam a credibilidade do desenho: ao mesmo tempo que o país promete integridade e integração, surgem dúvidas globais sobre a governança do trading de carbono sob a ONU, com demanda reprimida por incerteza regulatória. Antes de ampliar obrigações, é prudente sanear o mercado: padronizar contabilidade, evitar dupla contagem, exigir auditoria independente de projetos e coibir greenwashing. Com integridade e livre concorrência, o carbono vira preço-sinal; sem isso, vira distorção.

Energia e indústria: transição com segurança, não com apagão

Uma transição energética séria precisa conciliar segurança de abastecimento, preço e emissões. O Brasil tem vantagem competitiva em renováveis, mas ainda depende de fontes firmes para garantir estabilidade da rede, sobretudo em períodos de seca. Criminalizar a matriz existente sem plano realista de expansão — linhas de transmissão, termelétricas de transição, gás como backup, nuclear de nova geração — pode gerar tarifas mais altas e perda de competitividade. A narrativa de “fim imediato” dos fósseis ignora gargalos tecnológicos e de financiamento. Um calendário crível, com metas graduais e foco em P&D, é muito mais responsável do que promessas maximalistas desconectadas da engenharia e do caixa.

No tabuleiro comercial, a conta também fecha no exterior: sem coordenação, a cascata de restrições climáticas pode virar barreira não tarifária contra exportações brasileiras (aço, cimento, química, agro). Para evitar “carbon leakage” e retaliações assimétricas, precisamos de regras previsíveis, certificação confiável e acordos bilaterais que reconheçam a matriz limpa brasileira — e não simplesmente importem o modelo regulatório europeu. O Brasil tem o direito de defender sua indústria enquanto transita para tecnologias mais limpas. Isso é soberania econômica, não atraso.

Amazônia: prioridade, mas com propriedade, segurança jurídica e tecnologia

A proteção da Amazônia é interesse nacional. O caminho responsável para conciliar conservação e renda passa por segurança jurídica de terras, combate a crime ambiental, zoneamento econômico-ecológico e atração de cadeias produtivas de maior valor agregado (bioindústria, fármacos, madeiras certificadas, turismo). O setor privado precisa de regras estáveis para investir por décadas, não anúncios que mudam a cada gestão. Quando a pauta se volta a setores como moda e couro, que sofrem pressão reputacional, é essencial evitar soluções de vitrine e priorizar rastreabilidade baseada em dados e traçado logístico que coíba desmatamento ilegal sem punir quem produz certo.

O fator Lula: política externa ativista, solução doméstica ainda pendente

Nos discursos de abertura em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou linguagem de “justiça climática” e cobrou mais ambição dos países ricos. No plano internacional, o tom rende aplausos; no doméstico, falta traduzir ambição em reformas microeconômicas, facilitação de licenciamento com prazos firmes, e um pipeline de PPP/privatizações que libere investimento para infraestrutura verde. Sem isso, o país arrisca ficar preso a fundos externos e anúncios que não chegam ao chão de fábrica. Liderar exige exemplo, não apenas oratória.

Qual COP “entrega” para o cidadão?

Para quem empreende, trabalha ou paga impostos, o que define o sucesso da COP30 não é a eloquência dos comunicados, mas três entregas concretas:

  1. Custo de capital menor para projetos escaláveis (linhas de transmissão, saneamento, eficiência energética, retrofit industrial), com metas de produtividade e cronograma de desembolso verificável.
  2. Mercado de carbono íntegro, com auditoria independente, interoperabilidade e proteção a pequenas e médias empresas — nada de cartórios regulatórios.
  3. Segurança energética com rota tecnológica factível (incluindo gás de transição e novas nucleares), para garantir tarifa previsível e base industrial forte.

Se Belém produzir esses pilares, teremos crescimento com responsabilidade. Se entregar apenas slogans, o resultado será mais custo, mais litígio e mais fuga de capitais — uma ironia perigosa para uma agenda que precisa de investimento maciço.

As escolhas à mesa: pragmatismo ou virtude cara

Defender prudência fiscal e ambiente de negócios não é “negar a ciência”; é respeitar o contribuinte e proteger empregos. O Brasil pode — e deve — aproveitar a COP30 para:

  • Fechar acordos bilaterais de reconhecimento mútuo de certificações (evitando barreiras climáticas disfarçadas).
  • Amarrar o TFFF e outros fundos a KPIs objetivos por bioma, com auditoria internacional e gatilhos de corte.
  • Publicar a regulação do SBCE com foco em simplicidade, sandbox regulatório e phasing-in gradual.
  • Abrir avenidas de P&D em nuclear avançada, hidrogênio de baixo carbono e captura/armazenamento de carbono para setores difíceis de abater — a rota do “e” (crescimento e descarbonização), não do “ou”.

O mundo real já deu o veredito: políticas que encarecem energia e criam insegurança jurídica perde-se indústria para outros países, muitas vezes com matrizes mais sujas — e emissões globais sobem, não caem. A virtude performática custa caro, e o clima não melhora com likes.

No fim do dia, a COP30 só fará sentido para a maioria silenciosa se for lembrada como a conferência que trocou o voluntarismo pelo pragmatismo, priorizando regras claras, integridade de mercado e responsabilidade com o dinheiro público. O Brasil tem ativos únicos — matriz relativamente limpa, agronegócio tecnológico, parque industrial diversificado — e pode ser case global de descarbonização pró-crescimento. A escolha agora é entre um caminho de excelência regulatória e engenharia séria, ou uma avenida de promessas caras que se desfazem no primeiro choque de realidade fiscal.

Fonte:

Financial Times – Geopolitical tensions loom over UN climate talks in Brazil.

auditoria independente Baku to Belém barreiras climáticas Belém Comércio Exterior competitividade COP30 Descarbonização emissões Energia financiamento climático gás de transição governança Guterres indústria Inovação Lula mercado de carbono nuclear onu P&D SBCE Segurança Energética TFFF Transparência
Share. Facebook Twitter Email Telegram WhatsApp Copy Link
Anúncio
Anuncie aqui

Postagem relacionadas

STF Torna Eduardo Bolsonaro Réu por Coação em Julgamento do Pai

14 de novembro de 2025

STF Forma Maioria para Tornar Eduardo Bolsonaro Réu: Coação em Julgamento do Pai Sob Escrutínio

14 de novembro de 2025

STF: Mais um Golpe do Ativismo Judicial Contra a Liberdade?

14 de novembro de 2025
Leave A Reply Cancel Reply

Últimas noticas

STF Torna Eduardo Bolsonaro Réu por Coação em Julgamento do Pai

14 de novembro de 2025

STF Forma Maioria para Tornar Eduardo Bolsonaro Réu: Coação em Julgamento do Pai Sob Escrutínio

14 de novembro de 2025

STF: Mais um Golpe do Ativismo Judicial Contra a Liberdade?

14 de novembro de 2025

PIB do Maranhão Cresce 3,6% em 2023 e Alcança R$ 149,2 Bilhões, Superando Médias Nacional e Regional

14 de novembro de 2025
Anúncio
Anuncie aqui
Esquerda

STF Torna Eduardo Bolsonaro Réu por Coação em Julgamento do Pai

14 de novembro de 20250

Julgamento político movimenta as esferas judiciais e políticas; mais um capítulo de tensão entre o…

STF Forma Maioria para Tornar Eduardo Bolsonaro Réu: Coação em Julgamento do Pai Sob Escrutínio

14 de novembro de 2025

Não fique de fora!

As melhores dicas e insights chegam primeiro para quem está na nossa lista.

A primeira plataforma de notícias do Brasil que mostra com clareza se a informação parte de uma visão de esquerda, direita ou centro, permitindo que o leitor escolha qual notícia ler e qual viés seguir. Um espaço único, comprometido com a verdade, a transparência e a liberdade de pensamento, sempre com jornalismo direto, claro e sem manipulação.

Facebook Youtube Instagram

Institucional

  • Nosso Pacto
  • Nossa Equipe
  • Dúvidas Frequentes
  • Anuncie Conosco
  • Políticas de Privacidade

Editoriais

  • Esporte
  • Segurança Púplica
  • Tecnologia
  • Política
  • Economia
  • Brasil
  • Mundo

© 2025 FalaGlauber. Todos os direitos reservados.
O conteúdo desta plataforma é protegido por direitos autorais. Qualquer reprodução, distribuição ou utilização sem autorização expressa é proibida.

Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.

Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continua a usar este site, assumimos que você está satisfeito.