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“Soberania não se terceiriza”: Petro suspende cooperação de inteligência com os EUA após ataques a barcos no Caribe e no Pacífico

12 de novembro de 2025Nenhum comentário
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Foto: Tomas Diaz/Reuters
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Em nome da soberania nacional, da centralidade dos direitos humanos e do respeito às normas do direito internacional, governo colombiano pausa o fluxo de dados até que Washington cesse as ações letais no mar — um gesto que reabre o debate latino-americano sobre a guerra às drogas e seus limites

A Colômbia deu um passo raro — e ruidoso — no tabuleiro hemisférico. Na terça-feira (11 de novembro), o presidente Gustavo Petro ordenou a suspensão do compartilhamento de inteligência com os Estados Unidos “até que cessem os ataques a barcos em águas do Caribe e do Pacífico”, ações que o governo colombiano classifica como potenciais execuções extrajudiciais. A medida, anunciada após semanas de escalada retórica e de uma sequência de operações letais contra embarcações suspeitas de tráfico, cristaliza o maior atrito recente entre Bogotá e Washington desde o auge do Plano Colômbia — e coloca a soberania nacional no centro do debate.

Segundo registros de imprensa e comunicados oficiais, os ataques marítimos, levados a cabo em águas internacionais e em trechos contestados da plataforma regional, resultaram em pelo menos 75 mortos desde agosto. O Palácio de Nariño sustenta que segurança e combate ao crime não autorizam “pena de morte sumária no mar” e cobrou apuração independente sobre a cadeia de comando, as regras de engajamento e os procedimentos de resgate e identificação de vítimas. Em paralelo, o governo pediu que direitos humanos sejam a linha de base de qualquer cooperação — “sem atalhos bélicos” —, e ventilou responsabilidade internacional por eventuais abusos.

No plano diplomático, a decisão colombiana ecoa críticas que vinham se acumulando desde outubro, quando a chancelaria exigiu que os EUA “respeitem as normas do direito internacional” e cessem ataques letais a embarcações classificadas como “alvos do narcotráfico”. Relatos apontam que a campanha começou no sul do Caribe e, depois, se expandiu para o Pacífico oriental. A cobertura internacional descreveu a deterioração da relação bilateral — incluindo a ampliação da presença naval americana e a retórica inflamada entre líderes — como um “ponto de inflexão” para a política regional de drogas.

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O que muda — e por que importa

Do ponto de vista de política externa, suspender o fluxo de dados sensíveis com um parceiro histórico é um gesto de alto custo, lido em três chaves. Primeiro, ato de soberania: Bogotá sinaliza que não aceitará terceirização do uso da força sem accountability e sem trilha transparente de fatos. Segundo, centralidade dos direitos humanos: a Colômbia sustenta que guerra às drogas não pode operar em estado de exceção permanente em alto-mar. Terceiro, reconfiguração regional: ao endurecer com Washington, Petro fortalece a agenda de multilateralismo de baixo para cima, defendida por países que reivindicam voz na definição das regras do jogo marítimo.

A lógica de soberania + democratização é conhecida no repertório progressista: exige transparência, dados e documentos e rejeita “ganhar no grito” como método. No caso em pauta, isso se traduz em quatro entregas mínimas: (1) acesso público a relatórios e imagens das operações; (2) esclarecimento das regras de engajamento; (3) lista nominal de mortos, feridos e sobreviventes, com notificação às famílias; (4) compromisso de captura, prova e julgamento, e não de eliminação sumária em alto-mar. É a antítese do viralatismo: não se trata de afronta por si só, mas de afirmar que a cooperação tem limites quando esbarra em direitos.

Contexto e escalada: das rotas ao contencioso jurídico

Relatos jornalísticos convergem para um quadro: desde setembro, os EUA intensificaram operações contra embarcações que descrevem como “lanchas rápidas” ou “semisubmersíveis” de redes de tráfico, primeiro no Caribe e, depois, no Pacífico oriental. O governo americano argumenta estar em conflito armado com “narcoterroristas”, tese contestada por juristas que enxergam violação de soberania e uso desproporcional da força fora de teatros de guerra reconhecidos. A chancelaria colombiana, assim como organizações de direitos humanos, exige proporcionalidade e juridicidade: se há suspeita de crime, que se proceda à interdição, à perícia, à manutenção da cadeia de custódia e à imputação penal — não a execuções.

As cifras variam entre reportagens (alguns balanços falam em 37 mortes num recorte inicial; outros, em 75+ no período ampliado até novembro), mas o ponto político é estável: a Colômbia não aceitará partilhar inteligência para missões cujo desfecho previsível seja letalidade fora de parâmetros verificáveis. A reação de vizinhos — como a Venezuela, que qualificou a presença militar americana como ameaça à região — adicionou ruído e risco de alastramento, ponto também registrado pela imprensa internacional nas últimas semanas.

A resposta de Washington — e o custo para a cooperação

Nos EUA, porta-vozes defenderam a legalidade das operações e acusaram Petro de “ser leniente com traficantes”. Em paralelo, cresceram sanções pessoais e pressões políticas contra o presidente colombiano e seu entorno, e houve relato de aumento do desdobramento naval na área. Especialistas lembram, porém, que o interesse estratégico americano depende de laços de confiança com Bogotá: por duas décadas, a Colômbia forneceu uma fatia relevante da inteligência que orienta apreensões e interdições. Congelar o intercâmbio tem custo operacional — e simbólico.

Ainda que a retórica endureça, a pausa não é rompimento. O governo Petro fala em redesenhar a cooperação com critérios: auditoria independente, publicação regular de dados, protocolos claros de uso da força e foco na inteligência financeira (rastrear lavagem, cadeias logísticas e fluxos de insumos). Em termos práticos: parceria, sim; salvo-conduto, não. Mesmo veículos econômicos ressaltaram que a interrupção de inteligência em um elo tão estruturado tensiona décadas de colaboração e exige redesenho institucional para não paralisar o combate ao crime — sem, contudo, atropelar direitos.

Disputa de narrativas e o papel da imprensa

Como toda crise de alta visibilidade, a controvérsia sobre os ataques em alto-mar se trava também no campo da mídia hegemônica versus contrainformação. O enquadramento predominante em parte da imprensa comercial tende a naturalizar a gramática militar (“alvos neutralizados”, “cirúrgico”, “ataque de precisão”), enquanto veículos e redes progressistas priorizam nome das vítimas, localização, regra de engajamento, e o impacto nas comunidades costeiras. Para o campo de esquerda, defender democratização das comunicações é assegurar que a sociedade não dependa só do release da potência de turno para “saber o que aconteceu”.

Esse tensionamento comunicacional não é periférico — ele molda percepções e políticas públicas. Nas horas seguintes ao anúncio, reportagens de qualidade trouxeram uma cronologia dos ataques, a migração do Caribe para o Pacífico e as contradições entre versões oficiais e relatos locais, incluindo casos de pescadores confundidos com “alvos”. Ou seja: dados para além do fato importam — e muito — para que a opinião pública não sucumba a narrativas que justificam o injustificável.

Efeitos domésticos: soberania, segurança e democracia

Internamente, a decisão de Petro reorganiza o debate entre soberania e segurança pública. Críticos acusam “ideologização” e alertam para risco operacional no combate a cartéis. O governo responde que segurança é pública — não terceirizada — e que o Estado deve reduzir letalidade sem abrir flancos: mais inteligência financeira, cooperação multilateral, reforço de guarda-costeira e controle de insumos químicos. Organizações de direitos humanos, por sua vez, veem na suspensão um “freio de arrumação” necessário para conter a lógica do estado de exceção. Em qualquer cenário, o teste político será traduzir princípios em entregas: apreender, julgar, punir — com devido processo.

O que observar a seguir

  1. Canais diplomáticos: haverá janela para um protocolo comum de interdição, com mediação regional?

  2. Transparência: os EUA publicarão dados completos sobre vítimas, filmagens e autorizações?

  3. Coordenação regional: países do Caribe e da América do Sul aceitarão um código de conduta que blinde direitos e delimite uso de força letal?

  4. Economia política: como a crise impactará apoio externo a programas de paz, desenvolvimento costeiro e substituição de economias ilícitas?

Se a Colômbia conseguir liderar essa agenda com pragmatismo e política da vida, a suspensão pode ser o gatilho para reescrever um capítulo da guerra às drogas com menos retórica e mais efetividade com direitos. Se não, corre o risco de ser mais um ponto na curva da polarização hemisférica — em que a potência projeta força e os vizinhos administram os escombros.

No fim do dia, a mensagem de Petro é simples e dura: soberania nacional e direitos humanos não são rodapé de convênio. Entre a pressa do míssil e a paciência do devido processo, a Colômbia escolheu forçar a conversa difícil — aquela que confronta o imperialismo travestido de eficiência e exige que a cooperação seja, de fato, compatível com o século 21.


Fontes consultadas

AP News – Colombia to suspend intelligence cooperation with US over strikes on drug vessels.
Reuters – Colombia president orders suspension of intelligence sharing with US.
The Guardian – Colombia urges US to halt strikes on alleged drug-smuggling boats: “It is murder”.
CBS News/AFP – Colombia calls for U.S. to stop lethal boat strikes and “respect the norms” of international law.
France 24/AFP – Colombia accuses US of violating sovereignty in strike.

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