Ciclone Extratropical Revela Sua Magnitude em SC: Imagens de Satélite e Dados Precisos Detalham Impactos Severos
Um ciclone extratropical de grande intensidade atingiu o estado de Santa Catarina nesta sexta-feira, 7 de novembro de 2025, estendendo seus efeitos até a madrugada do dia 8. O fenômeno provocou rajadas de vento de até 85,5 km/h e um acumulado de 88,4 milímetros de chuva em 12 horas em algumas localidades. A atuação do ciclone, amplamente visível por meio de imagens de satélite e radares meteorológicos, causou impactos severos, incluindo a ocorrência de granizo, especialmente nas regiões do Oeste, Extremo Oeste, Sul e Serra catarinense, além de afetar partes do Paraná e Rio Grande do Sul. A Defesa Civil e a Epagri/Ciram monitoram a situação para garantir a segurança da população e dimensionar os estragos.
Contexto
O ciclone extratropical que se formou sobre o Sul do Brasil mobilizou as atenções de meteorologistas e autoridades desde o início de sua trajetória, no dia 7 de novembro de 2025. A abrangência do fenômeno foi tal que imagens de satélite, obtidas através de ferramentas de visualização de previsão do tempo, possibilitaram uma visão ampla e quase dramática de sua atuação. Essas imagens e as representações feitas através de radares meteorológicos foram cruciais para compreender a magnitude e a velocidade com que o sistema avançava sobre o território catarinense.
A percepção da urgência e da escala do fenômeno foi reforçada pela capacidade de observar o ciclone em sua totalidade, com os radares mostrando de forma gráfica os locais onde os ventos e as chuvas atuavam de forma mais intensa. Essa transparência e detalhamento, fornecidos por órgãos como a Epagri/Ciram, são fundamentais para que a população e as equipes de emergência possam se preparar adequadamente. A atuação da jornalista Nathalia Fontana para o portal NSC Total, com dados atualizados até a manhã de 8 de novembro de 2025, reforça o compromisso com a informação tempestiva e apurada.
Inicialmente, as áreas do Oeste de Santa Catarina, especialmente aquelas próximas à divisa com o Paraná, foram as mais afetadas. No entanto, o ciclone, um sistema de baixa pressão que se forma fora dos trópicos, tinha previsão de passagem também pelo estado vizinho e pelo Rio Grande do Sul, ampliando a área de alerta. Essa característica de abrangência regional destaca a complexidade e o potencial de impacto do evento, que demandou coordenação entre os diferentes estados da região Sul do Brasil.
As regiões do Sul e da Serra catarinense também estavam entre as áreas que sentiram a força do ciclone, evidenciando que a instabilidade climática não se restringia a uma única localidade, mas apresentava um padrão mais amplo de distribuição de riscos. A cronologia dos eventos, com os primeiros efeitos sendo sentidos na tarde de sexta-feira, e a atualização contínua dos dados, são um testemunho da dinâmica e da imprevisibilidade desses fenômenos meteorológicos.
Impactos do Ciclone
Os impactos devastadores do ciclone extratropical foram registrados com dados precisos de ventos e chuvas, que confirmam a intensidade do sistema. A cidade de Caibi, no Oeste do estado, foi a que registrou as maiores rajadas de vento até o momento, alcançando a marca de 85,5 km/h. Outras cidades também enfrentaram ventos severos, com Urupema, na Serra catarinense, registrando 72,1 km/h, e Água Doce, 70,2 km/h. A força desses ventos é capaz de causar danos significativos a estruturas e vegetação.
O volume de chuva foi igualmente expressivo, resultando em acumulados alarmantes em um curto período. Na região Sul, Jacinto Machado registrou 88,4 milímetros de chuva em apenas 12 horas, um volume considerável que sobrecarrega sistemas de drenagem e aumenta o risco de inundações e deslizamentos. Morro Grande e Sombrio, cidades próximas, também tiveram acumulados elevados, com 84 milímetros cada. Esses números, divulgados por estações de monitoramento, servem como alerta para a fragilidade das áreas urbanas e rurais frente a eventos extremos.
A gravidade da situação foi confirmada não apenas por dados técnicos, mas também por relatos visuais dos moradores. Em Itapiranga, cidade que faz divisa com o Rio Grande do Sul – estado que também estava em atenção para riscos meteorológicos –, a população registrou vídeos e fotos que mostram a força do vento e a ocorrência de granizo. Esses materiais, compartilhados em redes sociais e veículos de comunicação, oferecem uma perspectiva direta e humana sobre a destruição causada pelo ciclone, reforçando a urgência do fenômeno.
Ação e Monitoramento das Autoridades
Diante do cenário, a Defesa Civil de Santa Catarina prontamente iniciou um levantamento para determinar com precisão a velocidade dos ventos registrados em Itapiranga e em áreas próximas. Essa ação de campo é crucial para quantificar os danos, planejar as operações de resgate e assistência, e mobilizar os recursos necessários para as comunidades afetadas. A presença e atuação das autoridades são um pilar de confiança para a população em momentos de crise.
A colaboração com a Epagri/Ciram foi fundamental para o monitoramento contínuo. De acordo com a estação de monitoramento deste órgão, os ventos também atingiram 50 km/h em Pinhalzinho, no Oeste, e os já mencionados 72 km/h em Urupema, na Serra catarinense. A precisão dos dados fornecidos por essas instituições demonstra a experiência e especialidade técnica envolvidas na apuração, garantindo que as informações divulgadas sejam verificáveis e de alta credibilidade para o público-alvo, principalmente os residentes de Santa Catarina.
Próximos Passos
Com o ciclone extratropical em fase de dissipação ou com seus efeitos residuais ainda influenciando o tempo, a vigilância se mantém intensificada em Santa Catarina e nos estados vizinhos, como Paraná e Rio Grande do Sul. Os modelos meteorológicos são continuamente analisados pela Epagri/Ciram e outras agências para projetar a trajetória final do sistema e a eventual persistência de condições adversas. Essa análise é vital para manter a população informada sobre quaisquer novos alertas e para planejar as ações de recuperação.
A Defesa Civil continuará o trabalho de campo, que inclui não apenas o levantamento de danos, mas também a avaliação da segurança de infraestruturas como pontes, estradas e redes elétricas. A prioridade é garantir que as áreas afetadas sejam liberadas para o tráfego e que os serviços essenciais sejam restaurados. As equipes de assistência social também atuarão para oferecer suporte às famílias desalojadas ou desabrigadas, providenciando abrigos temporários e itens de primeira necessidade.
A comunicação transparente e contínua com o público é primordial neste período pós-evento. As plataformas oficiais das autoridades meteorológicas e de defesa civil servirão como fontes primárias de informação, emitindo boletins e recomendações atualizadas sobre a situação. A população é fortemente aconselhada a manter-se atenta aos avisos, evitar áreas que possam apresentar riscos de deslizamentos ou quedas de árvores, e seguir rigorosamente as orientações de segurança para a proteção pessoal e coletiva.
Recuperação e Resiliência Regional
A etapa de recuperação dos impactos do ciclone será complexa e exigirá esforços coordenados de diversas frentes. A avaliação econômica dos prejuízos na agricultura, comércio e infraestrutura ainda está em andamento, mas já se prevê a necessidade de recursos significativos para a reconstrução. Planos de apoio a pequenos agricultores e comerciantes locais, muitas vezes os mais vulneráveis a esses eventos, serão essenciais para a rápida retomada das atividades.
Especialistas da Epagri/Ciram e de outros centros de previsão do tempo continuarão a analisar o ciclone extratropical, não apenas em sua manifestação atual, mas também em um contexto mais amplo de eventos climáticos extremos. O aprendizado com cada ocorrência é fundamental para aprimorar os sistemas de alerta precoce e desenvolver estratégias de adaptação e mitigação de riscos em longo prazo, visando construir uma maior resiliência das comunidades catarinenses frente às mudanças climáticas.
A mobilização da sociedade civil, de voluntários e de organizações não governamentais será igualmente importante para apoiar os esforços de reconstrução. A união de forças entre governo, setor privado e comunidade é o caminho para superar os desafios impostos por fenômenos naturais de grande magnitude e garantir que a vida nas regiões afetadas possa ser normalizada o mais breve possível, com a devida atenção à segurança e ao bem-estar de todos.
Fonte:
NSC Total – Imagens de satélite mostram ciclone extratropical “engolindo” SC. NSC Total
