Treinador italiano mantém esquema ofensivo 4-2-4 e busca consolidar base tática, enquanto testa zagueiro na posição e analisa desafios para a Copa de 2026
Nesta terça-feira, 13 de novembro de 2025, o técnico Carlo Ancelotti realizou um ensaio tático crucial com a Seleção Brasileira, visando o próximo amistoso contra Senegal. A principal novidade foi a improvisação do zagueiro Éder Militão na lateral-direita, uma aposta do comandante italiano que mantém o esquema ofensivo 4-2-4 sem centroavante fixo. A movimentação visa não apenas consolidar uma base para o time, mas também endereçar as persistentes dúvidas nas posições de laterais com foco na Copa do Mundo de 2026, conforme apurado pela equipe de jornalismo esportivo.
Contexto
A chegada de Carlo Ancelotti ao comando da Seleção Brasileira foi cercada de grande expectativa, marcando o início de um novo ciclo com o objetivo primordial de conquistar a Copa do Mundo de 2026. Conhecido por sua abordagem pragmática e sua capacidade de extrair o melhor de elencos estrelados, o técnico italiano tem a missão de solidificar uma identidade de jogo que combine a técnica brasileira com a disciplina tática europeia. Desde seu anúncio, Ancelotti tem demonstrado uma predileção por formações que privilegiam a posse de bola e a pressão ofensiva, características que já o consagraram em clubes de elite.
O esquema 4-2-4, observado nos recentes treinamentos, não é uma novidade na trajetória de Ancelotti, nem na história recente da Seleção. Esta formação, que maximiza a presença de atacantes, já foi testada em outras ocasiões e teve um desempenho notável, como na goleada contra a Coreia do Sul, que permanece como um ponto de referência positivo para a comissão técnica. A ideia é explorar a velocidade e a capacidade de finalização dos jogadores de frente, criando um volume ofensivo que possa sufocar os adversários. A ausência de um centroavante fixo neste arranjo tático permite maior mobilidade e troca de posições entre os atletas do setor ofensivo, tornando o ataque brasileiro ainda mais imprevisível.
Um dos grandes desafios enfrentados pela Seleção Brasileira nos últimos ciclos, e que Ancelotti precisa endereçar com urgência, é a definição e a consolidação das posições de laterais. Historicamente, o Brasil produziu laterais de renome mundial, mas nos anos mais recentes, a estabilidade e o alto nível nesta área têm sido uma preocupação constante. A ausência de um nome incontestável na lateral-direita, em particular, abriu espaço para experimentações e a busca por soluções inovadoras, como a observada neste ensaio tático com Éder Militão, zagueiro do Real Madrid. Esta manobra de Ancelotti reforça a ideia de que o treinador está disposto a quebrar paradigmas para encontrar a formação ideal.
A Versatilidade de Éder Militão
A decisão de testar Éder Militão na lateral-direita demonstra a valorização da versatilidade dos atletas dentro do elenco. Militão, que se destaca como um zagueiro sólido e com boa saída de bola no futebol europeu, possui atributos físicos e técnicos que, em tese, poderiam ser adaptados à função. Sua velocidade, força na marcação e capacidade de antecipação são qualidades defensivas que podem oferecer uma retaguarda mais robusta. No entanto, o papel de lateral-direito na Seleção Brasileira exige também um forte componente ofensivo, com projeções constantes e cruzamentos precisos, aspectos que o zagueiro terá que aprimorar para se firmar na posição.
Impactos da Decisão
A improvisação de Éder Militão na lateral-direita e a manutenção do esquema 4-2-4 por Carlo Ancelotti geram uma série de impactos táticos e estratégicos para a Seleção Brasileira. Do ponto de vista defensivo, a presença de Militão pode trazer uma solidez maior, especialmente contra equipes que exploram o jogo aéreo ou que possuem pontas de velocidade. Sua experiência em duelos individuais e sua capacidade de cobertura podem ser cruciais para fechar espaços e iniciar a transição defensiva de forma mais eficiente. Contudo, o aspecto ofensivo da lateral-direita, tradicionalmente importante para o Brasil, pode ser sacrificado, levantando questões sobre a capacidade de Militão em apoiar o ataque com a mesma profundidade de um lateral de origem.
No que tange ao elenco, a decisão de Ancelotti intensifica a competição por vagas, especialmente na linha defensiva e nas laterais. Jogadores que atuam naturalmente na lateral-direita, como Danilo, precisarão demonstrar ainda mais empenho e adaptabilidade para manterem suas posições. A versatilidade de Militão, que já é um ponto forte em sua carreira, é ainda mais valorizada com esta experimentação, consolidando sua importância para o esquema tático da Seleção. Esta movimentação também pode servir como um recado para outros jogadores, incentivando-os a desenvolverem mais de uma função em campo, aumentando as opções táticas para o treinador.
A repercussão entre torcedores e imprensa especializada é imediata. Nas redes sociais e nos programas esportivos, o debate sobre a escolha de Ancelotti já domina as discussões. Enquanto alguns veem a decisão como um sinal de ousadia e inteligência tática, outros expressam preocupação com a perda de características ofensivas na lateral e a possível descaracterização de um zagueiro de alto nível. O desempenho de Éder Militão no amistoso contra Senegal será o principal termômetro para avaliar a eficácia dessa aposta, e a expectativa em torno do jogo é enorme, com analistas e fãs ansiosos para ver como a equipe se comporta em campo com essa nova configuração.
Dinâmica Ofensiva do 4-2-4
A manutenção do esquema 4-2-4 reforça a filosofia ofensiva que Ancelotti busca implementar. Com quatro atacantes, a equipe ganha em poder de fogo e capacidade de desequilibrar as defesas adversárias. Nomes como Vinicius Júnior, Rodrygo e Richarlison, por exemplo, podem se beneficiar dessa liberdade tática para explorar os espaços, trocar de posições e criar jogadas de perigo. A ausência de um centroavante fixo demanda que os jogadores de frente compartilhem a responsabilidade de finalizar, tornando o ataque mais fluido e menos previsível para os marcadores. A estratégia de Ancelotti parece visar uma equipe que ataque com intensidade e que seja capaz de criar múltiplas chances de gol em cada partida.
Próximos Passos
O amistoso contra Senegal surge como o primeiro grande teste para a estratégia de Carlo Ancelotti e, em particular, para a atuação de Éder Militão na lateral-direita. O jogo será fundamental para que a comissão técnica avalie a adaptabilidade do zagueiro à nova função, tanto no aspecto defensivo quanto no ofensivo. A interação com os meias e atacantes do lado direito, a capacidade de chegada à linha de fundo e a qualidade dos cruzamentos serão pontos cruciais a serem observados. A expectativa é que Ancelotti utilize esta partida para coletar dados e insights valiosos que o auxiliarão nas próximas decisões táticas e na montagem do elenco ideal para os desafios futuros.
Após o confronto com Senegal, o calendário da Seleção Brasileira prevê outros amistosos e, em breve, a retomada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Estes jogos serão oportunidades adicionais para Ancelotti consolidar sua base, testar novas peças e refinar o esquema tático. A longo prazo, a comissão técnica estará atenta ao desempenho dos jogadores em seus clubes, monitorando a forma física, a performance e a evolução tática de cada atleta. A ideia é construir um elenco coeso e competitivo, capaz de enfrentar as exigências de uma Copa do Mundo com confiança e qualidade.
A busca por laterais consistentes, tanto na direita quanto na esquerda, continuará sendo uma prioridade para a Seleção Brasileira. Mesmo com a experimentação de Militão, a comissão técnica não descartará outras opções e seguirá observando talentos em ascensão no cenário nacional e internacional. A Copa do Mundo de 2026 está se aproximando, e a janela de tempo para Ancelotti encontrar as soluções definitivas para estas posições é limitada. Portanto, cada treinamento, cada amistoso e cada jogo oficial serão encarados como etapas cruciais na jornada rumo ao Hexacampeonato, com foco na consolidação de um time equilibrado e letal.
Desafios na Granja Comary
Os treinos na Granja Comary são o palco para estas experimentações táticas. É lá que Ancelotti e sua equipe trabalham intensamente para moldar a Seleção, buscando aprimorar a comunicação entre os setores e a sincronia dos movimentos. A atmosfera de preparação é de alta intensidade, com os jogadores cientes da importância de cada sessão. A presença de um corpo técnico experiente e a infraestrutura de ponta da Granja Comary são elementos que contribuem para um ambiente propício ao desenvolvimento e à execução das estratégias planejadas, como tem sido amplamente noticiado pela imprensa esportiva que acompanha de perto os trabalhos da seleção.
Fonte:
UOL Esporte – Ancelotti mantém base com 4-2-4 e testa Militão na lateral da Seleção. UOL Esporte
