• Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos
Fala Glauber Play
  • Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos
  • Fala Glauber
    • Porque Fala Glauber
    • Nossa Equipe
    • Perguntas Frequentes
  • Colunistas
    • Carcará
    • Batata
    • Miquéias
    • Julio Rock
    • Professor Valle
    • Major Cadar Caveira
    • Cel Prícipe
    • Major Novo
  • Segurança Pública
  • Política
  • Geopolítica
  • Esporte
  • Economia
  • Videos

COP30 e a encruzilhada do clima: entre promessas ambiciosas e velhas estruturas de poder

27 de novembro de 2025Nenhum comentário
Telegram WhatsApp Copy Link
Foto: Retirado do site AP News
Compartilhar
Facebook Twitter Pinterest Email Telegram WhatsApp Copy Link

Em meio a disputas entre bloco global do Sul e países ricos, conferência escancara limites da diplomacia climática e reforça a urgência de “amazonizar o mundo”

A COP30, realizada no coração da Amazônia, transformou-se no palco global das maiores expectativas em relação ao futuro climático do planeta. De um lado, governos pressionados por crises ambientais crescentes, eventos extremos e colapsos de biodiversidade. De outro, corporações, potências tradicionais e lobbies fósseis buscando preservar margens de lucro e protelar o fim de modelos econômicos que aprofundam desigualdades e ameaçam a vida em escala planetária.

As negociações, acompanhadas de perto por movimentos sociais, comunidades tradicionais e delegações internacionais, deixaram claro que o mundo vive um ponto de inflexão. A Amazônia — frequentemente reduzida a símbolo — ressurge como sujeito político e geográfico central: como dizem lideranças socioambientais e pesquisadores, “a Amazônia é o centro do mundo”, e “amazonizar o mundo” não é apenas slogan, mas uma estratégia de sobrevivência civilizatória.

No entanto, em um cenário onde os efeitos da crise climática já se espalham como ondas de choque — da estiagem histórica na Amazônia a inundações devastadoras na Ásia —, a COP30 evidencia o que há anos especialistas denunciam: a disputa pelo clima é também disputa por poder, narrativa e soberania.

Entre o discurso e a prática: a fratura entre Norte e Sul Global

Desde a abertura da conferência, ficou evidente o contraste entre os discursos inflamados de líderes de países ricos e as realidades concretas que esses mesmos países se recusam a enfrentar. Enquanto prometem “neutralidade de carbono” e “transição energética”, muitos continuam financiando projetos fósseis no exterior, ampliando subsídios a indústrias emissoras e impondo condicionalidades econômicas ao Sul Global.

Delegações latino-americanas, africanas e do sudeste asiático foram firmes ao denunciar que a crise climática é herança direta de séculos de exploração — e que qualquer acordo real deve partir do reconhecimento dessa dívida histórica. Nesse contexto, termos como “imperialismo” voltaram a ecoar nos corredores, especialmente quando países desenvolvidos tentavam propor mecanismos financeiros alinhados a seus próprios interesses.

A insistência de nações ricas em manter controle sobre fundos de transição, em vez de transferir diretamente recursos a povos afetados, foi vista como tentativa de preservar relações assimétricas. Não é por acaso que delegações progressistas reforçaram que a luta climática também é luta por soberania nacional, sobretudo quando o destino de florestas tropicais, águas profundas e mecanismos de crédito de carbono passa a ser objeto de disputa geopolítica.

Amazônia como horizonte civilizatório e disputa por direitos da natureza

Se houve um eixo político dominante na COP30, esse eixo foi a centralidade da Amazônia como território vivo, diverso e estratégico para o planeta. Em múltiplos espaços — painéis, assembleias de povos, plenárias oficiais — a ideia de “política da vida” emergiu como contraponto ao modelo extrativista global.

Pesquisadores e lideranças indígenas reforçaram que proteger a floresta vai muito além de conservar biodiversidade: significa garantir direitos da natureza, enfrentar a guerra contra a natureza promovida por megaprojetos e romper com uma visão colonial que transforma territórios em mercadorias.

A presença de povos originários no centro da COP — algo inalcançável em conferências anteriores — tensionou governos e empresas que tentavam se promover como líderes da sustentabilidade enquanto mantinham modelos de exploração. Houve confrontos simbólicos intensos: em um dos momentos mais marcantes, jovens ativistas denunciaram políticas que tratam a Amazônia como “ativo financeiro”, afirmando que a floresta não é ativo, mas lar.

Essa disputa narrativa é central. Em um mundo em que corporações investem pesado em greenwashing, termos como “mídia hegemônica” e críticas à “mídia neoliberal que não fala mais sozinha” ganharam força. Delegações progressistas criticaram manchetes que diluem responsabilidades e equiparam países historicamente emissores a nações que pouco contribuíram para o aquecimento global.

Financiamento climático: o impasse que emperra todas as COPs

Nenhuma conferência climática é neutra. E, na COP30, o tema financeiro novamente colocou em choque países ricos e emergentes. O compromisso dos países desenvolvidos de transferir US$ 100 bilhões anuais para ações climáticas — prometido desde 2009 — continua inexequível.

A proposta de criar um novo fundo global, administrado de forma descentralizada e com prioridade para comunidades vulneráveis, avançou parcialmente, mas encontrou resistência feroz de países europeus e dos Estados Unidos, que temiam “perder controle” sobre alocação e monitoramento dos recursos.

A crítica progressista foi contundente: a insistência em manter estruturas rígidas de governança internacional reflete o velho “cinismo ‘liberal’ da imprensa”, que tenta apresentar falhas estruturais como meras dificuldades técnicas. Nesse sentido, delegados denunciaram que mecanismos de mercado — como créditos de carbono — continuam servindo mais ao interesse das grandes empresas que ao combate real à crise climática.

Brasil, papel diplomático e o desafio de romper com o extrativismo

Como anfitrião da COP30, o Brasil assumiu papel central na articulação política, defendendo uma transição justa que não repita o entreguismo nem o viralatismo de décadas anteriores. O governo destacou que a floresta não pode ser moeda de troca para interesses estrangeiros e que financiar transição energética é obrigação histórica dos maiores emissores — não favor voluntário.

Ao mesmo tempo, o país enfrenta seu próprio paradoxo: embora tente se posicionar como liderança ambiental, precisa conciliar pressões internas pela exploração de petróleo, disputas no Congresso e contradições entre discurso climático e política energética. Movimentos socioambientais alertaram que não é possível falar em futuro verde enquanto se discute expandir a fronteira do petróleo na foz do Amazonas.

A crítica ao crescimento de pautas ligadas ao cartel financeiro também ecoou entre organizações sociais, que denunciaram que a financeirização do clima serve muitas vezes para blindar interesses de grandes conglomerados — enquanto comunidades ribeirinhas, quilombolas e periferias urbanas continuam sendo as mais impactadas por eventos extremos.

A encruzilhada política da COP30: entre diplomacia e crise de confiança

Os últimos dias da conferência foram marcados por tensões. Países desenvolvidos resistiram a reconhecer responsabilidades históricas; países do Sul exigiram mecanismos robustos de financiamento; corporações pressionaram por flexibilização de metas; ambientalistas denunciaram acordos frágeis embalados como “grandes vitórias”.

Ao final, a conferência avançou em pontos importantes — como fortalecimento de metas para 2035 e maior representação de povos indígenas — mas deixou lacunas profundas, especialmente no campo financeiro e na eliminação progressiva dos combustíveis fósseis.

Para setores progressistas, o grande risco é que a COP30 entre para a história como conferência de belos discursos, mas sem mudanças estruturais. A sensação predominante é que, apesar dos avanços retóricos, muitos governos seguem atuando em modo golpe contra a natureza, protegendo interesses fósseis e bloqueando propostas transformadoras.

E, ainda assim, movimentos sociais, comunidades amazônicas e delegações do Sul Global seguem enxergando a COP30 como momento decisivo na disputa pelo futuro. A diplomacia pode ser lenta — mas a urgência climática não espera.

O desafio não é apenas conter emissões, mas reinventar modelos de vida, romper com estruturas de poder e construir uma economia que valorize territórios, povos e ecossistemas. A COP30 mostrou que este caminho é possível, mas depende de coragem política, mobilização social e da capacidade de enfrentar os interesses que há séculos moldam o destino do planeta.

Fontes:

Reuters – Nations clash over finance as climate summit enters final phase
Reuters – Amazon hosts historic COP as pressure mounts for fossil fuel phaseout
AFP – Indigenous leaders demand stronger role in climate negotiations
The Guardian – COP negotiations stall as rich countries resist binding commitments
AP News – Climate talks intensify amid disputes over funding and fossil fuels

Amazônia Aquecimento global Biodiversidade bloco global do Sul Clima conferência do clima COP30 Crise climática Desmatamento direitos da natureza emissões energia fóssil financeirização do clima fundos climáticos geopolítica ambiental imperialismo justiça climática mídia hegemônica onu países ricos Política Ambiental Política internacional Povos Indígenas Soberania Nacional transição energética

Postagem relacionadas

Trump Aconselha Japão a Evitar Escalada com China: Uma Lição contra o Populismo Autoritário

27 de novembro de 2025

Trump alerta Japão para evitar escalada com China em meio a clima global de incerteza

27 de novembro de 2025

Trump tenta reposicionar o tabuleiro: ex-presidente pede que Japão evite escalada com a China e expõe limites da hegemonia americana

27 de novembro de 2025
Últimas noticas

Trump Aconselha Japão a Evitar Escalada com China: Uma Lição contra o Populismo Autoritário

27 de novembro de 2025

Trump alerta Japão para evitar escalada com China em meio a clima global de incerteza

27 de novembro de 2025

Trump tenta reposicionar o tabuleiro: ex-presidente pede que Japão evite escalada com a China e expõe limites da hegemonia americana

27 de novembro de 2025

Papa Leão XIV no Oriente Médio: Uma Missão Ecumênica Contra o Populismo Autoritário e pela Liberdade de Expressão

27 de novembro de 2025
Direita

Trump Aconselha Japão a Evitar Escalada com China: Uma Lição contra o Populismo Autoritário

27 de novembro de 20250

Subtítulo: Em meio a tensões no Estreito de Taiwan, o presidente Trump defende lei e…

Trump alerta Japão para evitar escalada com China em meio a clima global de incerteza

27 de novembro de 2025

Não fique de fora!

As melhores dicas e insights chegam primeiro para quem está na nossa lista.

A primeira plataforma de notícias do Brasil que mostra com clareza se a informação parte de uma visão de esquerda, direita ou centro, permitindo que o leitor escolha qual notícia ler e qual viés seguir. Um espaço único, comprometido com a verdade, a transparência e a liberdade de pensamento, sempre com jornalismo direto, claro e sem manipulação.

Facebook Youtube Instagram

Institucional

  • Nosso Pacto
  • Nossa Equipe
  • Dúvidas Frequentes
  • Anuncie Conosco
  • Políticas de Privacidade

Editoriais

  • Esporte
  • Segurança Púplica
  • Tecnologia
  • Política
  • Economia
  • Brasil
  • Mundo

© 2025 FalaGlauber. Todos os direitos reservados.
O conteúdo desta plataforma é protegido por direitos autorais. Qualquer reprodução, distribuição ou utilização sem autorização expressa é proibida.

Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.

Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continua a usar este site, assumimos que você está satisfeito.