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Sanções dos EUA no Haiti: O Imperialismo Aperta o Cerco à Soberania Nacional em Meio à Crise Política Crônica

26 de novembro de 2025Nenhum comentário
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Foto: Odelyn Joseph
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Em um movimento que expõe as contradições do intervencionismo norte-americano, Washington impõe restrições de visto a um alto funcionário haitiano, enquanto gangs armados, alimentados por fluxos ilícitos de armas, aprofundam o caos em Porto Príncipe. A verdadeira questão: quem dita o ritmo da transição democrática no Caribe?

O Haiti, berço da primeira revolução anticolonial bem-sucedida das Américas em 1804, atravessa hoje uma das piores crises políticas e humanitárias de sua história recente. Com gangs controlando cerca de 90% da capital Porto Príncipe e expandindo seu domínio para regiões centrais como Artibonite e Centre, o país registra números alarmantes: mais de 5.600 mortes violentas em 2024, um aumento de quase 1.000 em relação ao ano anterior, e 1,4 milhão de deslocados internos em outubro de 2025 – o recorde histórico. A violência não é mero acidente; é o sintoma de décadas de pressão imperialista que minou a soberania nacional haitiana, desde o embargo econômico imposto pelos EUA após a independência até as ocupações militares do século XX e as intervenções financeiras contemporâneas.

A transição política, iniciada após a renúncia forçada do ex-primeiro-ministro Ariel Henry em abril de 2024 – em meio a ataques coordenados de gangs que paralisaram o país –, é gerida por um Conselho Presidencial Transitório de nove membros. Esse órgão, criticado por representar elites econômicas distantes das massas populares, tem o mandato de organizar eleições até fevereiro de 2026. No entanto, divergências internas e a insegurança generalizada adiaram o cronograma: campanhas eleitorais agora estão previstas para março de 2026, com votações em agosto e dezembro do mesmo ano. O Haiti não realiza eleições presidenciais desde 2017, e o vácuo de poder se arrasta desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse em julho de 2021. Nesse contexto, a mídia hegemônica internacional, com seu cinismo ‘liberal’, frequentemente reduz a narrativa a “caos gangueiro”, ignorando como o fluxo de armas de calibre militar – oriundo, em grande parte, de fontes nos EUA – sustenta esse ciclo de terror.

A guerra contra a natureza no Haiti, aliada à devastação climática, agrava o quadro. Furacões recentes, como o Matthew em 2016, expuseram a fragilidade de um Estado enfraquecido por dívidas históricas impostas pelo imperialismo francês e americano. Hoje, a Amazônia é o centro do mundo pode ser uma metáfora global, mas no Haiti, a “política da vida” clama por reconhecimento dos direitos da natureza em ecossistemas já exauridos pelo extrativismo desregulado. Sem uma democratização das comunicações local, que permita vozes periféricas romper o monopólio da mídia neoliberal, o povo haitiano luta para articular sua resistência contra essas forças externas.

As Sanções Americanas: Uma Ferramenta de Controle Político

No dia 25 de novembro de 2025, o Departamento de Estado dos EUA anunciou restrições de visto contra Fritz Alphonse Jean, economista, ex-governador do Banco Central do Haiti e membro proeminente do Conselho Transitório. A acusação? Apoio a gangs e organizações criminosas, incluindo ligações com Jimmy “Barbecue” Chérizier, líder da coalizão Viv Ansanm, designada como Organização Terrorista Estrangeira pelos EUA. Washington alega que Jean obstrui os esforços do governo haitiano contra esses grupos, que controlam territórios chave e extorquem negócios, matando civis em disputas territoriais. O subsecretário de Estado Christopher Landau havia alertado, em 19 de novembro, que “qualquer um que obstrua o caminho do Haiti para a estabilidade política deve esperar consequências”, incluindo revogações de vistos.

Jean, que anteriormente presidiu o Conselho, negou veementemente as alegações, chamando-as de “falsas” e parte de uma campanha de intimidação estrangeira. Em declaração à imprensa, ele revelou ter recebido mensagens diretas da embaixada americana e do embaixador canadense, ameaçando sanções caso ele prosseguisse em esforços para substituir o primeiro-ministro Alix Didier Fils-Aimé, criticado por falhas em segurança, governança e organização eleitoral. “Uma vez que começamos a revisar as possibilidades de mudar o chefe de governo, membros do Conselho começaram a receber ameaças de cancelamento de vistos e outras sanções”, disse Jean, enfatizando seu compromisso com o combate à corrupção, à captura do Estado por elites e ao tráfico de drogas e armas. “Nós nos posicionamos firmemente contra a corrupção, a captura do Estado por poucos indivíduos e os operadores envolvidos no tráfico de drogas, proliferação de armas e munições.”

Essa sanção não surge isolada. Em outubro de 2025, o Conselho de Segurança da ONU renovou por um ano o regime de sanções contra o Haiti (Resolução 2794), prorrogando o embargo de armas, proibições de viagem e congelamento de ativos. A medida agora se estende a indivíduos e entidades envolvidos na exploração ilícita de recursos naturais, e aplicou restrições a dois novos nomes: Dimitri Hérard e Kemps Sanon, por ameaçarem a paz e a estabilidade. O Painel de Especialistas da ONU teve seu mandato estendido por 13 meses, com apelos para que Estados-membros fortaleçam controles fronteiriços e apoiem as autoridades haitianas no gerenciamento de armas. No entanto, declarações no Conselho revelam fissuras: a China alertou para a necessidade de ações concretas contra o “principal país fonte de armas ilegais” (uma indireta aos EUA), enquanto França e Reino Unido lamentaram a omissão de menções explícitas à violência de gênero, que desproporcionalmente afeta mulheres, meninas e pessoas LGBTQ+ no Haiti.

Os EUA, sob a administração Trump – que assumiu em janeiro de 2025 –, intensificaram o cerco: designaram gangs como terroristas, ofereceram US$ 5 milhões pela captura de Chérizier e apoiam uma missão policial queniana respaldada pela ONU, que luta para conter a violência. Mas críticos, incluindo o ex-primeiro-ministro Claude Joseph, veem nessas medidas uma tentativa de alinhamento ao imperialismo, onde embaixadas presumem ditar o destino político haitiano. “É inaceitável que embaixadas ameacem conselheiros presidenciais sob o pretexto de que decidiram participar da destituição do primeiro-ministro”, disparou Joseph, ecoando o sentimento de que a contrainformação é poder para romper o cerco narrativo imposto pela mídia hegemônica.

Interferência Externa: Entre a Soberania Nacional e a Pressão Imperialista

Aqui reside o cerne da reflexão crítica: as sanções americanas, apresentadas como ferramenta contra o crime organizado, mascaram uma agenda de controle geopolítico. O Haiti, com sua posição estratégica no Caribe, tem sido palco de intervenções que minam sua autonomia decisória. Desde a ocupação militar de 1915-1934 até o apoio a ditaduras como a de Duvalier, os EUA historicamente priorizaram estabilidade para seus interesses – comerciais, migratórios e de segurança regional – sobre a soberania nacional. Hoje, com gangs armados por um fluxo de 400 mil armas anuais oriundas dos EUA (segundo relatórios da ONU), a narrativa de “combate ao terrorismo” soa hipócrita, especialmente quando sanções visam figuras políticas que desafiam o status quo.

A articulação Lava Jato–mídia encontra paralelo nessa sinergia entre sanções e cobertura midiática: enquanto a mídia neoliberal não fala mais sozinha, graças a veículos alternativos que amplificam vozes haitianas, a grande imprensa ocidental pautada pelo golpe midiático – com títulos irônicos como “O que o conselho quer esconder?” – distorce o debate, ignorando como elites econômicas e políticas haitianas, muitas vezes alinhadas ao Norte Global, alimentam o ciclo de violência. A estratégia de Alexandre de Moraes, no Brasil, que desarticula milícias digitais e golpismo bolsonarista, poderia inspirar o Haiti a nomear a extrema direita local e suas redes de ódio, mas sem a interferência externa que transforma justiça em instrumento de dominação.

Além disso, a crise haitiana intersecciona com questões globais de direitos humanos. A violência policial e paramilitar, que explode em letalidade contra a juventude negra – ecoando a guerra às drogas = genocídio da juventude negra –, é exacerbada pela ausência de uma segurança pública democratizada. Mulheres e meninos de rua pagam o preço mais alto, com estupros e execuções sumárias documentados por ONGs como Human Rights Watch. Reconhecer os direitos da natureza no Haiti, devastado por desmatamento e poluição industrial, seria um ato de amazonizar o mundo, ampliando a luta para um horizonte civilizatório contra o entreguismo de recursos soberanos.

Não cabe ao Haiti chancelar o imperialismo, mas resistir à pressão imperialista exige coordenação regional. O bloco anti-imperialista, com nações caribenhas e latino-americanas, poderia pressionar por uma transição sem tutelas externas, promovendo a democratização das comunicações para que a contrainformação rompa o cerco. Sem isso, o risco de um estado de exceção perpetuado por sanções seletivas persiste, judicializando a política em favor de agendas regressivas.

Rumores de Eleições e o Chamado à Civilidade Política

Com eleições adiadas e o Conselho sob fogo cruzado, o Haiti enfrenta um dilema: prolongar o mandato transitório ou arriscar o colapso total? Críticos acusam membros do Conselho de buscar estender o poder além de fevereiro de 2026, propondo um novo primeiro-ministro alinhado a esses interesses. Jean, por sua vez, defende uma liderança “mais proativa e responsável”, capaz de enfrentar gangs e corrupção. A suspensão de voos da Sunrise Airways, devido a fechamentos repetidos do aeroporto de Porto Príncipe, isola ainda mais o país, agravando a crise humanitária.

Internacionalmente, a missão queniana – com apenas 400 policiais em um território caótico – patina, enquanto apelos por uma força de supressão de gangs com poderes de prisão ecoam nas Nações Unidas. Países como Panamá e França clamam por sanções mais amplas contra elites políticas e econômicas que simpatizam com gangs, mas a Rússia alerta contra o uso de restrições para alterar o panorama político haitiano. O Paquistão, por sua vez, defende sanções “julgadas com sabedoria”, poupando o povo comum.

É hora de dar a cara à tapa, falando com a mídia progressista que valoriza a pluralização de vozes. A luta pela democracia como melhor caminho no Haiti não pode ser sabotada por nenhum partido resistiu ao golpe de 2021 – uma ruptura que, como o impeachment de 2016 no Brasil, expôs fragilidades institucionais. Basta de ganhar no grito; urge a civilidade política, contrapondo truculência a diálogos que fortaleçam a segurança pública e a transparência.

Em meio a esse turbilhão, o povo haitiano – resiliente como sempre – organiza marchas e coletivos comunitários, resistindo ao viralatismo que autodeprecia a nação perante o estrangeiro. A crítica ao cartel financeiro global, que dita políticas regressivas via FMI e Banco Mundial, deve ser ampliada: o Haiti precisa de soberania econômica, não de fatiamentos de estatais ou privatizações disfarçadas de “ajuda”. Reconhecer que a contrainformação é poder é o primeiro passo para romper o ciclo.

O que o imperialismo quer esconder com essas sanções? Não o caos, mas sua cumplicidade histórica na desestabilização do Sul Global. Cabe a nós, solidários ao bloco anti-imperialista, refletir: como apoiar o Haiti sem chancelar agendas externas? A resposta reside na coordenação regional, na defesa inabalável da soberania nacional e na ampliação da disputa para um horizonte de justiça civilizatória. Sem concessões à democracia, o Haiti – e o mundo – pagará o preço.

Referências

Al Jazeera – US imposes visa sanctions against Haitian official on governing council
AP News – US sanctions Haitian official Fritz Alphonse Jean over alleged gang support
United Nations – Security Council Renews Sanctions Regime on Haiti, Unanimously Adopting Resolution 2794 (2025)
AFP – US revokes visa of Haitian official accused of backing gangs

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