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G20 em Joanesburgo: África do Sul desafia Washington e mostra que o mundo não é “refém da potência dominante”

24 de novembro de 2025Nenhum comentário
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Foto: Jerome Delay
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Ao aprovar o comunicado final logo na abertura da cúpula, rompendo o protocolo, a presidência sul-africana envia um recado direto aos EUA: o G20 segue comprometido com o multilateralismo, mesmo sem Washington à mesa, num cenário de disputa entre imperialismo e bloco anti-imperialista.

Na primeira cúpula do G20 realizada em solo africano, em Joanesburgo, a África do Sul decidiu virar o jogo logo na largada. Em vez de esperar o fim das negociações, como manda a tradição, a presidência sul-africana colocou em votação e aprovou já na sessão de abertura uma longa declaração conjunta dos líderes – um documento de mais de cem parágrafos sobre clima, dívida e desigualdades globais.

O movimento rompeu com o protocolo diplomático e foi lido, em capitais do Norte e do Sul, como um recado direto a Washington, que boicotou o encontro sob o comando de Donald Trump. Ao insistir em um texto consensual, mesmo sem os Estados Unidos presentes, Pretória quis deixar claro que o mundo “não pode ser refém da principal potência” e que o G20 continua sendo um espaço de multilateralismo ativo, inclusive quando a cadeira norte-americana está vazia.

Segundo relatos da imprensa internacional, os EUA haviam enviado, dias antes, uma nota diplomática pedindo explicitamente que não houvesse declaração de líderes, justamente porque não participariam da cúpula. O governo sul-africano rejeitou o veto, argumentando que quem escolhe se ausentar também abdica do direito de paralisar o fórum.


Um comunicado aprovado de saída – e contra a pressão dos EUA

Tradicionalmente, as cúpulas do G20 fecham seus trabalhos com a aprovação de um comunicado final, redigido aos poucos por equipes diplomáticas e ajustado até o último minuto, numa coreografia que busca transmitir unidade. Desta vez, a África do Sul invertou a lógica: o texto foi sacramentado logo no início, para, nas palavras de assessores, “marcar o tom” do encontro.

O documento coloca no centro temas caros ao Sul Global:

  • apoio a países pobres diante de desastres climáticos;

  • alívio da dívida e reformas na arquitetura financeira internacional;

  • expansão de fontes renováveis de energia e acesso a minerais críticos;

  • defesa de um sistema comercial mais justo e previsível.

A Casa Branca classificou o processo como “vergonhoso” e acusou Pretória de atropelar o costume de buscar consenso total – inclusive de quem escolheu não estar na sala. A presidência sul-africana respondeu em tom seco: o G20 “não pode ser paralisado pela ausência de um único país” e precisa continuar funcionando como espaço de coordenação global.

Na prática, a decisão expõe a disputa de fundo: até que ponto um fórum multilateral pode seguir adiante quando a principal potência do sistema tenta esvaziar o processo, seja por boicote, seja por veto? É nesse contexto que ganha peso o vocabulário de jornalistas e analistas alinhados à esquerda, que leem o episódio como um raro gesto de enfrentamento ao imperialismo da potência hegemônica, e de afirmação de um bloco anti-imperialista articulado a partir do Sul Global.


G20 sem EUA: o mundo anda sem o “policial global”

A ausência de Washington transformou a cúpula de Joanesburgo na primeira grande reunião de líderes do G20 sem participação norte-americana desde a criação do grupo, em 2008. Trump justificou o boicote com alegações de perseguição à minoria branca na África do Sul – acusações amplamente contestadas por observadores independentes –, mas o gesto foi lido como parte de uma estratégia de confrontar o governo sul-africano e reduzir o peso político do encontro.

Pretória, por sua vez, adotou o discurso de que o G20 não pertence a nenhuma capital específica e que sua legitimidade deriva justamente do equilíbrio entre economias desenvolvidas e emergentes. Em declarações públicas, representantes sul-africanos insistiram que “não acreditam que a ausência dos EUA deva paralisar o G20”, reforçando a ideia de que há vida multilateral além de Washington.

Para setores progressistas, o episódio mostra que, quando pressiona, o Sul Global é capaz de romper o script escrito pelas concentrações de poder tradicionais. Em vez de aceitar que um boicote unipolar esvazie a cúpula, a presidência sul-africana optou por aprofundar a agenda de reformas e colocar sobre a mesa a discussão de soberania nacional frente a sanções, chantagens e condicionantes de ajuda externa – exatamente o tipo de debate que costuma ficar nas margens quando o “policial global” está presente.


Multilateralismo sob nova direção: o recado do Sul Global

O conteúdo do comunicado aprovado reflete, em grande medida, a visão que a África do Sul vinha defendendo desde o início de sua presidência: resgatar o G20 como espaço de multilateralismo inclusivo, capaz de responder às crises climáticas e de desigualdade com medidas concretas, e não apenas com declarações genéricas.

Discursos anteriores do presidente Cyril Ramaphosa já destacavam a necessidade de reformar instituições financeiras internacionais e de dar mais peso à voz dos países em desenvolvimento, ancorando o debate em princípios de soberania nacional e justiça econômica. A cúpula em Joanesburgo foi apresentada como continuidade de um ciclo no qual Brasil, África do Sul e Índia vão reposicionando o G20 como fórum de interlocução do Sul Global com as potências tradicionais.

Ao aprovar o comunicado logo de saída, a presidência africana sinaliza que não está disposta a permitir que a ausência norte-americana seja usada como desculpa para adiar decisões sobre dívida, clima e desenvolvimento. Para além da retórica, o gesto também é um teste: até que ponto os demais membros estarão dispostos a implementar, de fato, as medidas ali listadas, da reestruturação de passivos de países endividados ao financiamento de uma transição energética justa?


Fraturas internas e limites do gesto sul-africano

O recado a Washington não elimina, porém, as fraturas dentro do próprio G20. Argentina, por exemplo, se recusou a endossar o texto final, alegando divergências sobre a formulação relativa ao conflito no Oriente Médio. Líderes importantes, como os de China, Rússia e México, também não estiveram presentes, o que acentuou a percepção de que o multilateralismo vive um momento de “conversa sem consenso”.

Críticos do movimento sul-africano, inclusive em países europeus, argumentam que aprovar um comunicado sem os EUA na mesa enfraquece a própria ideia de consenso global, transformando o G20 em uma espécie de “G19+” que corre o risco de ver suas decisões ignoradas por quem continua exercendo poder material sobre finanças, comércio e segurança.

Mesmo assim, para analistas do Sul Global, o gesto tem valor simbólico e político: mostra que o multilateralismo não precisa ficar congelado à espera da aprovação da superpotência, e que há espaço para construir maiorias entre países que compartilham demandas por reforma da governança mundial.


Disputa de narrativa: mídia hegemônica, silêncio e contrainformação

A forma como o episódio foi retratado na imprensa internacional reforça uma velha crítica do campo progressista. Enquanto parte da mídia hegemônica destacou sobretudo o boicote dos EUA e tratou a cúpula como “esvaziada”, veículos alternativos e analistas do Sul chamaram atenção para o conteúdo do comunicado e para o fato histórico de a África sediar pela primeira vez o G20.

No vocabulário dos jornalistas de esquerda, isso se conecta à crítica de que a mídia neoliberal não fala mais sozinha: plataformas digitais, centros de pesquisa independentes e meios públicos de países do Sul vêm oferecendo leituras que não aceitam como natural a posição norte-americana. Ao invés de reproduzir, sem mediação, o enquadramento de Washington, esses espaços leem a cúpula como tentativa de afirmar um bloco anti-imperialista que, embora heterogêneo, busca maior autonomia estratégica frente aos velhos centros de poder.

Nesse cenário, a ideia de que contrainformação é poder ganha densidade concreta: narrativas produzidas a partir de Joanesburgo, Brasília, Nova Délhi ou Nairóbi disputam a opinião pública global com o eixo Washington-Bruxelas-Londres, ajudando a mostrar que a decisão sul-africana não foi um “capricho” diplomático, mas um cálculo político em defesa de uma agenda própria.


Entre a crítica ao imperialismo e a defesa da democracia global

De uma perspectiva de esquerda, o episódio do comunicado antecipado condensa tensões que vão além do G20. Por um lado, é legítimo denunciar o imperialismo norte-americano, que tenta condicionar o funcionamento de instâncias multilaterais à sua presença e ao seu veto. Por outro, é preciso não idealizar automaticamente todos os atores que se colocam em oposição a Washington: nem todos os governos do bloco anti-imperialista têm compromissos consistentes com direitos humanos ou com a luta pela democracia em seus próprios territórios.

O desafio, portanto, é aproveitar brechas como a aberta pela presidência sul-africana para avançar uma pauta que combine defesa da soberania nacional com democratização efetiva das regras do jogo global – incluindo a democratização das comunicações, hoje concentradas em conglomerados privados que filtram o que chega ao público sobre essas disputas.

Se o G20 será capaz ou não de se reinventar nesse sentido ainda é uma incógnita. Mas, ao aprovar seu comunicado logo na abertura, a África do Sul mostrou que, ao menos por um fim de semana em Joanesburgo, o mundo decidiu não esperar a boa vontade da “principal potência” para dizer a que veio.


Fontes 

Reuters – G20 summit in South Africa adopts declaration despite US boycott, opposition
AP News – Leaders adopt a declaration at the start of South Africa’s G20 summit despite US opposition
Le Monde – South Africa salvages the reputation of a faltering G20 summit
Channel News Asia / Reuters – G20 summit in South Africa adopts declaration despite US boycott
News24 / Bloomberg – US warns SA not to issue a G20 statement after summit

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