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Pressão sobre a Rússia e redesenho da presença militar dos EUA

19 de novembro de 2025Nenhum comentário
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Foto: Retirado do site Isto é Dinheiro
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OTAN reforça o flanco leste e aumenta a pressão sobre Moscou, enquanto Washington revisa seu “force posture” global e testa até onde pode ir na redistribuição de tropas sem abalar a confiança dos aliados europeus.

Enquanto a guerra na Ucrânia entra em mais um ano sem perspectiva clara de encerramento, a temperatura política entre Moscou e as capitais ocidentais continua elevada. Ao mesmo tempo em que os Estados Unidos mantêm a pressão sobre a Rússia por meio de sanções, apoio militar a Kiev e reforço da OTAN no leste europeu, Washington conduz uma revisão ampla de seu desdobramento de tropas pelo globo — um movimento que pode redesenhar a presença militar norte-americana e reconfigurar a correlação de forças no continente europeu.

A equação é delicada: como seguir impondo custos estratégicos à Rússia sem abrir espaço para um vácuo de segurança na Europa, justamente no momento em que o Pentágono discute cortes, realocação de meios e maior foco no Indo-Pacífico?

OTAN aperta o cerco no leste, mas teme “vácuo” caso os EUA recuem

Desde a invasão da Ucrânia em 2022, a OTAN reforçou de forma inédita seu flanco leste, transformando a presença avançada em uma linha quase contínua de batalhões multinacionais de Estônia ao Mar Negro. Em 2025, a Aliança mantém oito battlegroups em países como Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Eslováquia, Hungria, Romênia e Bulgária — formações multinacionais desenhadas para funcionar como primeira linha de dissuasão e, se necessário, de combate até a chegada de reforços.

Essa arquitetura foi reforçada recentemente com a operação “Eastern Sentry”, lançada após incursões de drones russos em território polonês. A operação prevê o envio de caças adicionais, navios e sistemas de defesa antiaérea por aliados como França, Dinamarca, Alemanha e Reino Unido, em claro recado de que qualquer avanço russo em direção às fronteiras da OTAN terá resposta.

Na mesma direção, a aliança decidiu empregar caças F-35 holandeses e noruegueses em patrulhas contínuas sobre a Polônia, reforçando a defesa de corredores logísticos que ligam o território da OTAN à Ucrânia. É a primeira vez que aeronaves de quinta geração operam em solo polonês sob comando direto da OTAN, um passo visto por diplomatas como sinalização de que o guarda-chuva de defesa está se adaptando à nova realidade de longo conflito com a Rússia.

Esses movimentos refletem não apenas solidariedade militar, mas também uma tentativa de manter a credibilidade da OTAN diante de um cenário de guerra prolongada. Países na linha de frente, como a Lituânia, anunciaram planos para elevar o gasto em defesa a patamares de 5% a 6% do PIB a partir de 2026, bem acima da meta de 2% tradicionalmente defendida na aliança. Na leitura de interlocutores europeus, trata-se de uma sinalização dupla: aos Estados Unidos, de que a Europa está disposta a assumir mais encargos; e a Moscou, de que a aposta em desgastar a coesão ocidental pode não se confirmar.

Nesse contexto, a correlação de forças continua, por ora, favorável à OTAN em termos de capacidade total, mas a Rússia permanece capaz de causar danos significativos por meio de ataques de mísseis, drones e operações híbridas. A percepção, tanto em capitais europeias quanto em Washington, é de que o conflito se tornou um teste de estamina política, econômica e militar — e que qualquer mudança brusca no desenho de forças dos EUA pode alterar esse equilíbrio.

Washington revisa o “force posture” e testa limites do “America First”

É nesse cenário que o governo norte-americano conduz uma nova Estratégia de Defesa Nacional e uma revisão abrangente da postura global de forças, com potencial para redefinir onde, como e em que escala as tropas dos EUA estarão presentes nas próximas décadas. Documentos e análises divulgadas por centros de estudos em Washington indicam uma orientação clara: priorizar a dissuasão da China no Indo-Pacífico e “assumir risco” em teatros considerados secundários, como Europa e Oriente Médio.

A lógica é conhecida: concentrar recursos em navios, mísseis, capacidades de alta tecnologia e tropas posicionadas no Pacífico, enquanto se aposta em maior contribuição de aliados europeus para segurar o flanco atlântico. Em termos de agenda econômica, a mensagem dialoga com pressões internas por contenção de gastos e com uma base política que questiona o custo de manter tropas espalhadas pelo mundo.

O quadro, no entanto, está longe de ser consensual dentro do próprio establishment de defesa. Em audiência no Congresso, o general Christopher Cavoli, principal comandante dos EUA na Europa, defendeu a manutenção da atual presença no continente — cerca de 80 mil militares, após um pico superior a 100 mil logo depois da invasão de 2022. Para ele, reduzir esse contingente agora significaria enfraquecer justamente a capacidade de dissuasão que ajudou a frear ambições mais amplas do Kremlin.

Think tanks como o Hudson Institute ecoam essa visão, argumentando que a presença americana na Europa é uma peça central da governabilidade da OTAN e da capacidade dos EUA de projetar poder em outros teatros. Em sua leitura, um recuo prematuro poderia encorajar movimentos oportunistas de Moscou e transmitir a adversários a impressão de que Washington não consegue sustentar simultaneamente a defesa da Europa e o pivô para a Ásia.

De outro lado, analistas alinhados à ala mais “restrainista” do atual governo veem a revisão como oportunidade para um redesenho profundo, com cortes de tropas na Europa, racionalização de bases e maior dependência de capacidades europeias. Esse grupo argumenta que, sem algum grau de “recalibragem”, o orçamento de defesa americano continuará pressionado, prejudicando investimentos considerados vitais para enfrentar a China.

O resultado é uma disputa que eleva a temperatura política em Washington e torna mais complexa a articulação política com aliados europeus, obrigados a se adaptar a cenários divergentes: de continuidade da proteção norte-americana robusta ou de burden-sharing acelerado.

Europa entre ansiedade, rearmamento e busca por “backstop” dos EUA

Do lado europeu, a discussão sobre o redesenho da presença militar dos EUA é acompanhada com uma mistura de ansiedade e pragmatismo. Lideranças europeias reconhecem que a guerra na Ucrânia tornou inevitável o aumento de gastos em defesa e uma integração mais profunda das capacidades militares do continente. Ao mesmo tempo, poucos duvidam de que o “backstop” americano — isto é, a garantia final de dissuasão — continua essencial.

Em fevereiro, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer apelou publicamente para que Washington apoiasse uma força de paz europeia na Ucrânia, defendendo que apenas a participação norte-americana daria peso suficiente para deter futuras agressões russas. A mensagem é clara: a Europa pode e deve fazer mais, mas não se vê capaz de substituir o papel dos EUA como última instância de segurança no continente.

Ao mesmo tempo, medidas como o salto planejado de gastos militares da Lituânia e o reforço de capacidades aéreas e terrestres ao longo do flanco leste indicam um esforço real para que a região deixe de ser vista como elo fraco da cadeia de defesa coletiva. Em linguagem de mercado, trata-se de tentar melhorar o ambiente de negócios da segurança europeia, reduzindo a percepção de risco e aumentando a credibilidade das promessas de defesa mútua.

Nos bastidores, diplomatas e técnicos de defesa trabalham para mapear a correlação de forças e desenhar cenários em que uma eventual redução gradual de tropas americanas possa ser compensada por mais unidades europeias pré-posicionadas, integração de comandos e novos investimentos em defesa aérea e logística. Esse esforço, porém, esbarra em assimetrias de capacidade industrial, orçamentos pressionados e disputas políticas internas nos Estados membros.

Risco de vácuo estratégico e o desafio da transição gradual

Um dos pontos de maior preocupação entre analistas europeus é o risco de que a revisão da postura militar americana resulte em um descompasso entre a retirada — ainda que parcial — de forças dos EUA e o tempo necessário para que capacidades europeias equivalentes estejam plenamente operacionais. Estudos recentes alertam que um “vácuo” temporário poderia ser explorado por Moscou por meio de operações híbridas, sabotagens, incursões limitadas ou escaladas táticas que testem os limites da OTAN sem cruzar claramente a linha da guerra aberta.

Nesse cenário, o debate sobre a presença militar americana na Europa deixa de ser apenas assunto técnico-militar e se torna uma variável central na governança da segurança europeia. Cada ajuste de tropas, cada anúncio de reposicionamento e cada corte orçamentário funcionam como sinalização — tanto para aliados quanto para adversários.

A leitura predominante em meios de centro é a de que uma transição é possível, mas precisa ser gradual, previsível e coordenada. Isso significa, por exemplo, que qualquer redução de tropas dos EUA no leste europeu deveria vir acompanhada de aumentos proporcionais de contingentes europeus, com cadeias de comando integradas e planos claros de reforço em caso de crise.

Ao mesmo tempo, é necessário calibrar a pressão sobre a Rússia para que continue impondo custos à máquina de guerra de Moscou, mas sem fechar completamente canais diplomáticos que possam levar, no longo prazo, a um cessar-fogo sustentável ou a um acordo que respeite a soberania ucraniana. Relatórios recentes de think tanks americanos, por exemplo, discutem “dez passos” para pressionar a Rússia a negociar, combinando sanções, apoio militar e incentivos graduais.

Em outras palavras, a discussão sobre o redesenho da presença militar dos EUA se cruza com a necessidade de manter aberta uma saída política para o conflito — algo que dificilmente será possível se a correlação de forças se tornar demasiado instável ou se aliados passarem mensagens contraditórias a Moscou.

Um redesenho que precisa de previsibilidade e diálogo

Ao olhar o tabuleiro geopolítico em 2025, a pressão sobre a Rússia e o redesenho da presença militar dos EUA aparecem como lados de uma mesma moeda. De um lado, a OTAN segue reforçando o flanco leste, investindo em novas capacidades e tentando demonstrar que está pronta para um conflito prolongado, se necessário. De outro, Washington busca conciliar sua agenda interna, o foco no Indo-Pacífico e a necessidade de evitar compromissos considerados insustentáveis.

Para governos de centro, o desafio é encontrar um ponto de equilíbrio: preservar a credibilidade do guarda-chuva de segurança da OTAN e, ao mesmo tempo, incentivar uma maior assunção de responsabilidades por parte dos europeus. Isso passa por um esforço de articulação política fina, no qual cada comunicação, cada documento estratégico e cada movimento de tropas é pensado como parte de uma narrativa coerente de longo prazo.

Se esse redesenho será visto, no futuro, como um ajuste bem-sucedido ou como o início de um vácuo de segurança dependerá da capacidade de Washington e de seus aliados de manterem a temperatura política sob controle, construindo consensos dentro da OTAN e evitando rupturas bruscas. Em última instância, o objetivo declarado de ambos os lados do Atlântico segue o mesmo: impedir que a Rússia avance sobre mais territórios e garantir que a Europa permaneça um espaço de estabilidade — ainda que essa estabilidade, hoje, dependa de um delicado jogo de forças, sinais e compromissos em constante renegociação.

Fontes:

Reuters – US should maintain current military presence in Europe, US general says
AP News – NATO boosts eastern flank to counter Russia
AP News – Lithuania vows to boost defense spending to 5-6% of GDP, citing the threat of Russian aggression
The Guardian – US ‘backstop’ vital to deter future Russian attacks on Ukraine, says Starmer
Business Insider – NATO is deploying Dutch and Norwegian F-35s over Poland in major boost to air defenses
Yours Magazine – NATO Battlegroups 2025: Eastern Flank Defense and Deployment
European Union Institute for Security Studies – No surprises? Preparing for the US defence strategy and posture review
Hudson Institute – Reducing the US Force Presence in Europe Would Weaken American Interests

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