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Do Oriente Médio ao Caribe: mudança de foco dos EUA para a América Latina reacende temor de intervenção na Venezuela

13 de novembro de 2025Nenhum comentário
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Foto: Alyssa Joy
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Deslocamento de porta-aviões, exercícios militares e endurecimento de sanções mostram uma guinada estratégica de Washington no “quintal” latino-americano, reacendendo o fantasma do imperialismo e o risco de ação armada contra Caracas.

Quando o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, cruzou para as águas latino-americanas acompanhado de destróieres, submarino nuclear e caças F-35, não foi apenas mais um movimento de rotina da Marinha dos Estados Unidos. Foi um recado em alto e bom som: o centro de gravidade militar de Washington, por décadas voltado ao Oriente Médio e ao Indo-Pacífico, volta a mirar com força o Caribe e a América Latina — e, em particular, a Venezuela.

Oficialmente, o Pentágono fala em combate ao narcotráfico e a “organizações criminosas transnacionais” para justificar a presença de oito navios de guerra, um submarino nuclear e o porta-aviões na região, além de ataques a embarcações suspeitas que já deixaram ao menos 76 mortos desde setembro. Mas, na leitura de especialistas e de governos da região, trata-se de uma nova etapa da velha Doutrina Monroe: uma escalada de imperialismo em nome da “segurança” e da “guerra às drogas”, com a Venezuela no centro da mira.

O governo Nicolás Maduro acusa abertamente os EUA de prepararem um ataque para derrubá-lo, aponta a recompensa de US$ 50 milhões oferecida por Washington por sua captura e diz estar se preparando para uma resistência de tipo guerrilheira caso uma invasão se concretize.

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SOUTHCOM reposiciona o tabuleiro: China, Rússia… e Venezuela

O movimento militar não é isolado. Ele se encaixa na visão estratégica do Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM), cuja declaração de postura mais recente aponta a América Latina e o Caribe como espaço-chave da disputa com a China e outros “competidores estratégicos”.

Nos documentos oficiais, a preocupação central aparece como “ameaça” do avanço econômico e militar de Pequim na região, somada à presença de Rússia, Cuba e Irã em países como a própria Venezuela. Em linguagem diplomática, fala-se em “fortalecer parcerias” e “aumentar a resiliência” dos aliados; traduzido para o vocabulário crítico da esquerda, trata-se de reafirmar uma zona de influência histórica sob o guarda-chuva do imperialismo norte-americano.

Enquanto isso, generais do SOUTHCOM repetem que “a solução para a crise venezuelana deve ser democrática, não militar” — ao mesmo tempo em que coordenam exercícios, planos de contingência e deslocamento de meios navais e aéreos na fronteira ampliada de Caracas. A contradição é evidente: fala-se em diplomacia com o dedo no gatilho.


Venezuela em alerta: “Independence Plan 200” e guerra de atrito

Do lado venezuelano, o clima é de alerta máximo. Reportagem da Time descreve como o governo Maduro colocou as Forças Armadas em prontidão sob o “Plano Independência 200”, mobilizando tropas de terra, defesa aérea, unidades de mísseis e milícias camponesas originalmente estruturadas por Hugo Chávez.

Caracas aposta numa combinação de:

  • guerra de guerrilha em caso de invasão;

  • “anarquização” interna do território para dificultar o controle de forças estrangeiras;

  • treinamento civil para defesa territorial, inclusive via aplicativos de celular e sistemas de alerta comunitários;

  • pedido de apoio político e militar a países como Rússia, China e Irã, reforçando o discurso de bloco anti-imperialista.

Relatos apontam, porém, fragilidades importantes nas Forças Armadas venezuelanas: equipamentos antigos, manutenção precária e dependência de peças importadas. Ainda assim, qualquer ação militar dos EUA dificilmente seria “cirúrgica”. Analistas alertam que um conflito aberto traria alto custo humano, risco de fragmentação do Estado e impacto regional em cadeia.


Essequibo como laboratório: exercícios com a Guiana e “teste de estresse” regional

O aumento da presença militar dos EUA se dá em paralelo à crise entre Guiana e Venezuela pela região de Essequibo, área rica em petróleo sob controle guianense há mais de um século, mas reivindicada por Caracas.

Em dezembro de 2023, o Comando Sul realizou operações aéreas conjuntas com a Guiana em plena escalada retórica de Maduro sobre o Essequibo, o que levou até o Conselho de Segurança da ONU a convocar reunião de emergência.

Oficialmente, eram “voos de rotina” para reforçar a parceria em segurança. Na prática, serviram como recado a Caracas: qualquer movimento militar em direção ao Essequibo enfrentaria não apenas a Guiana, mas um guarda-chuva de proteção norte-americano.

Brasil, por sua vez, deslocou tropas para a fronteira, adotando posição de soberania nacional ativa: rejeitou a aventura territorial de Maduro, mas também criticou a militarização externa da crise, defendendo solução negociada.

Esse conjunto de exercícios e deslocamentos funciona como um “teste de estresse” regional: mapeia rotas, capacidades, tempos de resposta e reações políticas, ao mesmo tempo em que normaliza a presença intensa de meios militares dos EUA na região — algo que preocupa governos progressistas e alimenta o alerta sobre uma guerra híbrida em andamento.


Sanções, petróleo e o braço econômico do imperialismo

No front econômico, a mudança de foco também se expressa no vai-e-vem das sanções. Em 2023, Washington afrouxou parcialmente restrições a petróleo, gás e ouro venezuelanos após um acordo eleitoral em Barbados, permitindo que empresas como a Chevron ampliassem operações no país.

Meses depois, diante de acusações de descumprimento do acordo por parte de Maduro, os EUA anunciaram nova rodada de sanções, reimpondo limites à venda de petróleo, mas com “brechas” negociáveis caso Caracas fizesse concessões políticas.

A mensagem é clara: sanções viram botão de volume da pressão política, moduladas conforme o comportamento do governo alvo. Para a leitura de esquerda, isso não é “defesa da democracia”, e sim uso de instrumentos financeiros para disciplinar países do Sul, em linha com a lógica do cartel financeiro e da geopolítica energética.

Na prática, é a população venezuelana que paga a conta em inflação, escassez e deterioração de serviços públicos, enquanto elites econômicas encontram meios de contornar parte das restrições.


Lula, região e a disputa por soberania

A guinada militar dos EUA no Caribe não passou em branco em Brasília. Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a concentração de navios de guerra norte-americanos na região como “fonte de tensão” e advertiu que esse tipo de movimentação “não ajuda a paz” nem a estabilidade no entorno da Venezuela.

Lula ecoa a preocupação de 58 países que, em cúpula regional na Colômbia, condenaram ações militares unilaterais e defenderam solução política para a crise venezuelana — declaração adotada inclusive por governos não alinhados ideologicamente a Caracas.

Essa posição se ancora na defesa de soberania nacional e na rejeição a aventuras intervencionistas que historicamente deixaram rastros de ditaduras, violações de direitos humanos e destruição social no continente. Do golpe na Guatemala em 1954 à invasão do Panamá em 1989, passando pela longa política de “mudança de regime” em Cuba, Chile e outros, a memória latino-americana carrega marcas profundas da ingerência de Washington.


Risco real de ação militar? O que dizem os analistas

Relatórios recentes de centros de pesquisa militares nos EUA e na Europa mapeiam cenários de “mudança de regime” na Venezuela: desde um golpe interno, passando por levantes populares combinados a sanções, até operações militares limitadas sob pretexto de “crise humanitária”, “narcoterrorismo” ou “proteção de vizinhos”.

A leitura majoritária ainda considera improvável, no curto prazo, uma invasão em grande escala nos moldes do Iraque. Mas cresce o espaço para:

  • ataques cirúrgicos a infraestrutura militar venezuelana;

  • bloqueios navais e aéreos “parciais”;

  • uso de forças especiais em operações secretas;

  • apoio explícito a facções internas e deserções nas Forças Armadas.

Em todos os cenários, a presença massiva do Gerald R. Ford e de outros meios é vista como fator de pressão psicológica e operacional — um lembrete permanente de que o imperialismo dispõe de ferramentas militares para respaldar o cerco econômico e diplomático.


Mídia hegemônica, silêncio seletivo e contrainformação

Enquanto isso, boa parte da mídia hegemônica trata a movimentação como ação “técnica” contra drogas ou como “pressão legítima” sobre um regime autoritário, minimizando os riscos concretos de guerra e raramente dando espaço à visão de Caracas ou de movimentos sociais latino-americanos.

Quase não se vê, nos grandes telejornais, a pergunta óbvia: se o objetivo é combater o tráfico, por que não se discute a regulação do mercado de drogas e a responsabilização das grandes estruturas financeiras que lavam esse dinheiro? A resposta está no enquadramento: a lógica é sempre deslocar o problema para “Estados párias” no Sul, livrando o Norte das suas responsabilidades.

É nesse vácuo que meios progressistas e analistas críticos repetem que “contrainformação é poder”: romper o monopólio narrativo da mídia neoliberal, questionar títulos alarmistas e revelar as engrenagens de uma eventual aventura militar antes que ela se consolide.


A mudança de foco dos EUA para a América Latina não é uma notícia neutra no rodapé da diplomacia. Ela recoloca o continente no centro de um tabuleiro de imperialismo, disputa energética e contenção de rivais como China e Rússia. A Venezuela, com suas maiores reservas de petróleo do mundo e um governo que se reivindica parte de um bloco anti-imperialista, aparece como alvo prioritário dessa reconfiguração.

O risco de uma ação militar aberta pode não ser iminente, mas a combinação de sanções, deslocamento de forças, exercícios na fronteira e demonização sistemática do governo Maduro pelo Ocidente aumenta a temperatura do sistema. Cabe aos povos da região, governos progressistas e movimentos sociais impedir que o filme se repita: não aceitar que, em nome de uma suposta “democracia à la carte”, se abra caminho para mais uma guerra patrocinada de fora em solo latino-americano.


Referências

Reuters – US aircraft carrier moves into Latin America region, escalating Venezuela tensions 
The Guardian – Pentagon’s largest warship enters Latin American waters as US tensions with Venezuela rise 
Time – How Venezuela is Preparing for the Possibility of a U.S. Attack 
EFE – Venezuela needs democratic solution to crisis, not military, US Southern Command head says 
France 24 / AFP – US to hold military exercises with Guyana amid border tensions with Venezuela
Al Jazeera – Brazil’s Lula says US warships in Caribbean are a source of ‘tension’ 
Latin Times – Brazil’s Lula Criticizes U.S. Military Deployment in the Caribbean 
Atlantic Council – US reimposes oil sanctions on Venezuela after Barbados deal falters 
Mayer Brown – US eases Venezuela oil, gas and gold sanctions after election deal

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