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Teerã acena a um acordo “pacífico” — e traça linhas vermelhas de segurança sob o peso das sanções reimpostas

11 de novembro de 2025Nenhum comentário
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Foto: ATTA KENARE
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Em meio a talks emperradas, o Irã diz buscar uma saída negociada com Washington, mas reafirma soberania nacional e “não-concessões” em defesa; Europa reativa sanções e a agenda nuclear segue sob escrutínio do IAEA, num xadrez que mistura diplomacia multilateral, dissuasão e custos sociais.

Quando Teerã declara hoje (11/11) que almeja um acordo “pacífico” com os Estados Unidos para o dossiê nuclear, não se trata apenas de um gesto de relações públicas: é uma tentativa de reabrir uma janela diplomática num cenário em que a arquitetura de confiança está esgarçada. O recado veio junto a uma ressalva central — segurança nacional não está à venda — e com críticas a “mensagens contraditórias” vindas de Washington, um padrão que, segundo a chancelaria iraniana, teria bloqueado avanços concretos desde meados do ano. Ao mesmo tempo, a avaliação de bastidores é cristalina: as talks seguem travadas, embora Teerã repita que está “aberto” a propostas “justas e equilibradas”.

No pano de fundo, a pressão regulatória se intensificou — e não apenas por parte dos EUA. Em 29 de setembro, a União Europeia reimpôs sanções ao Irã após o acionamento do snapback pelos europeus (E3), citando não conformidade persistente em relação ao acordo de 2015. A medida atinge finanças, energia e mobilidade de autoridades, e veio acompanhada do discurso de “porta diplomática aberta”, desde que Teerã dê passos verificáveis para reduzir riscos de proliferação. Poucas semanas antes, no marco de 18 de outubro, o próprio Irã declarara oficialmente o “fim” do JCPOA, sinalizando o colapso formal de um pacto que vinha, na prática, se desfazendo desde a saída americana em 2018.

A fotografia técnico-política é ainda mais tensa à luz dos relatórios do IAEA: em maio, a agência reportou que o estoque iraniano de urânio a 60% — nível próximo ao grau bélico — alcançou 408,6 kg, salto de cerca de 50% em três meses. Nas últimas semanas, o diretor-geral Rafael Grossi voltou a pedir “melhorias sérias” na cooperação, alertando que a opacidade sobre locais e materiais sensíveis mina a supervisão internacional. Sob a lente de segurança coletiva, a equação é delicada: quanto mais avançam as capacidades técnicas, mais estreita fica a margem para medidas de construção de confiança; quanto mais se aciona o kit sancionatório, mais difícil se torna vender compromissos internos de moderação e transparência.

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Dito isso, Teerã sustenta que o programa é civil e pacífico, coberto por garantias religiosas e por um racional de autonomia científica. A narrativa — insistente — é que a escalada de inspeções intrusivas e de punições econômicas alimenta o ciclo de desconfiança, penaliza a população e corrói a legitimidade de agentes multilaterais. Daí a ênfase iraniana em passos recíprocos: alívio graduado de sanções em troca de gestos verificáveis de limitação e rastreabilidade do ciclo nuclear, com salvaguardas da IAEA. Mesmo assim, dois nós seguem difíceis: a extensão do enriquecimento em território iraniano e as garantias de não reversão caso mude o governo em Washington.

Sob um olhar de esquerda, esse enredo convoca um vocabulário que o jornalismo crítico no Brasil consolidou ao longo de anos: soberania nacional, resistência a imperialismo, aposta em diplomacia multilateral, crítica à mídia hegemônica e defesa de sanções inteligentes (focadas em bens e atores com nexo direto à proliferação, não no tecido social). Esses termos funcionam como chaves de leitura para lembrar que regimes de punição abrangentes frequentemente operam como estado de exceção econômico, com cartel financeiro e cadeias de intermediação deslocando o custo para a ponta mais fraca — o povo iraniano. Não é relativizar demandas de transparência: é insistir que vias verificáveis e mecanismos de responsabilização só prosperam quando acompanhados de pistas de saída para além do cerco.

O que cada lado quer, agora?
Para Teerã, três elementos parecem inegociáveis: (1) reconhecimento do “direito” ao enriquecimento limitado em solo nacional; (2) cronograma confiável de alívio de sanções que permita oxigenação econômica; (3) blindagens contra reversão unilateral. Para Washington e europeus, a barra está em: (1) redução mensurável e verificável dos estoques de alto enriquecimento; (2) transparência ampliada (inclusive protocolos adicionais e acesso a sítios sensíveis); (3) contenção regional (mísseis e redes de aliados não estatais). Entre esses vetores há espaço, historicamente, para arranjos sequenciais — começando por passos de congelamento e retorno de inspeções reforçadas, seguidos por descongelamento de ativos e licenças limitadas de exportação de petróleo, com gatilhos de snapback calibrados.

A reativação de sanções europeias reconfigura a mesa de barganha. O recado político é que a “pacoteira” do JCPOA — prazos e sunsets — não sustém mais a percepção de risco. Para Teerã, isso acende a luz amarela: sem dividendos tangíveis por cooperar, a agência interna pró-acordo perde fôlego. Para o Ocidente, a mensagem interna é que a coerção econômica está à mão caso a diplomacia patine. O problema é o círculo vicioso: sanções mais duras elevam o prêmio político de resistir; resistência alimenta mais sanções. Quebrar esse ciclo exige um sequenciamento realista que troque maximalismo por gradualismo verificável.

Há ainda o componente regional, sem o qual a equação nuclear fica manca. Após picos de tensão e hostilidades no meio do ano, a percepção de risco de erro de cálculo aumentou. Para atores árabes e para Israel, um Irã “no limiar” amplia inseguranças existenciais; para Teerã, guerras por procuração e pressões extra-regionais atropelam a soberania e a autodeterminação. Em ambos os casos, a militarização do impasse aprofunda a dependência de complexos industrial-militares, enquanto as sociedades arcam com apagões, inflação e desemprego derivados do cerco econômico e dos choques de oferta. O resultado é uma espiral que interessa pouco à paz e muito à economia política da instabilidade.

Qual seria, então, um caminho de saída minimamente sustentável? Três eixos, retomando consensos possíveis e evitando falso equilíbrio:

  1. Verificação primeiro, política logo atrás — Retomar acessos ampliados da IAEA (inclusive em Fordow e Natanz), com linhas diretas para mitigar ruídos e relatórios públicos que reduzam a captura por narrativas. Isso implica aceitar inspeções intrusivas em troca de ganhos imediatos (por exemplo, autorizações comerciais limitadas com valvulagem de snapback).

  2. Sanções inteligentes, não punitivismo cego — Trocar pacotes abrangentes por miras específicas (tecnologias de duplo uso, fluxos financeiros com nexo direto), resguardando cadeias de insumos médicos, alimentos e infraestrutura civil. Isso reduz custo humanitário e melhora a vendabilidade doméstica de concessões técnicas — tanto em Teerã quanto em capitais ocidentais. (Aqui, a crítica à mídia hegemônica ajuda a expor como manchetes sobre “fraqueza” punem governantes que fazem compromissos verificáveis.)

  3. Roteiro em fases, com marcos e garantias cruzadas — Reconstituir um plano de etapas: (i) congelar o estoque a 60% e reduzir parte a 20% sob lacres; (ii) reinstalar protocolo adicional e sensores; (iii) liberar tranches de alívio; (iv) discutir, mais à frente, cap de centrífugas avançadas. Se os passos derem certo por 6–9 meses, ampliar as contrapartidas (petróleo e SWIFT sob licenças). Esse desenho não resolve a geopolítica, mas abre tempo político para a diplomacia.

Nada disso elimina a tensão central: Teerã quer reconhecimento de sua capacidade nuclear civil em condições de mundo multipolar, enquanto EUA e europeus temem o “limiar” e seus efeitos de demonstração. É precisamente por isso que a retórica de “acordo pacífico” só caminha se vier acompanhada de gestos on the ground: acesso, monitores, dados e reversibilidade. Do lado ocidental, a mensagem também precisa se alinhar — menos “mensagens contraditórias”, mais sequenciamento claro e previsível.

Ao final, o caso iraniano é termômetro de algo maior: que tipo de governança internacional queremos quando sanções viram atalhos permanentes e acordos não sobrevivem a ciclos eleitorais? Uma saída progressista exige recompor a autoridade de instituições multilaterais, blindar a técnica do IAEA das guerras de narrativa e evitar que a pauta nuclear seja engolida por agendas de mudança de regime ou por um estado de exceção econômico perpétuo. Entre dissuasão e diplomacia, entre pressão e pistas de saída, há um meio-termo difícil — mas necessário — para que a promessa de “acordo pacífico” não vire apenas manchete.


Referências

Reuters – Iran seeks “peaceful” nuclear deal with US but won’t compromise security, says Tehran. 
Reuters – Iran says it is open to a “fair, balanced” US nuclear proposal. 
Reuters – IAEA says Iran must “seriously improve” nuclear cooperation, FT reports. 
AP News – UN watchdog says Iran’s 60% enriched uranium stockpile reached 408.6 kg.
Financial Times – Iran’s 60% stockpile up 50% since February, complicating talks. 
Reuters – EU confirms it has reinstated sanctions against Iran. 
The Guardian – Iran announces official end to 10-year-old nuclear agreement (JCPOA).

AP diplomacia multilateral E3 Energia Estados Unidos Grossi IAEA inspeções Irã JCPOA negociações nuclear Oriente Médio Reuters sanções inteligentes Segurança regional snapback Soberania Nacional talks emperradas Teerã The Guardian UE urânio 60% verificação Washington
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