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Kim Yong Nam morre aos 97: um ritual de despedida que explica a Coreia do Norte — e pede pragmatismo equilibrado na região

4 de novembro de 2025Nenhum comentário
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Foto: Kim Hong-ji/Pool Photo via AP
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A Coreia do Norte anunciou a morte de Kim Yong Nam, ex-presidente do Presidium da Assembleia Popular Suprema — cargo que, por décadas, funcionou como “chefe de Estado” cerimonial. Aos 97 anos, ele morreu por falência múltipla de órgãos, segundo a mídia estatal. O regime marcou funeral de Estado para quinta-feira, 6 de novembro de 2025, com Kim Jong Un no topo do comitê fúnebre. O obituário oficial enaltece o papel do veterano diplomata desde a Guerra Fria até o degelo olímpico de 2018. AP News

De 1998 a 2019, Kim ocupou a presidência do Presidium, período em que se tornou o rosto mais visível da diplomacia norte-coreana — recebendo delegações, liderando missões protocolares e, em momentos de distensão, atuando como ponte com vizinhos e potências. Em 2019, Choe Ryong Hae assumiu o posto, no mesmo ciclo em que alterações constitucionais consolidaram Kim Jong Un como chefe de Estado no texto legal. Isso faz da morte de Kim um evento sobretudo simbólico, sem impacto direto sobre a estrutura de poder. Reuters

Na prática, é impossível contar a história recente da política externa da Coreia do Norte sem passar por Kim Yong Nam. Ele chefiou a delegação que foi aos Jogos de Inverno de PyeongChang (2018), em uma rara vitrine de diplomacia pública que incluiu encontro com o então presidente sul-coreano, Moon Jae-in. Aquela cena — ele ao lado de Kim Yo Jong, irmã de Kim Jong Un — foi lida como gesto tático de descompressão num momento de alta tensão. Reuters

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O que significa a morte de um “chefe de Estado” cerimonial

Em regimes centralizados, rituais importam. O funeral de Estado indica hierarquias, preserva memórias e, não raro, revela prioridades de política interna. A presença de Kim Jong Un no comitê fúnebre reforça a narrativa de continuidade. Para o observador externo, a pergunta relevante não é “o que muda amanhã?”, mas “que sinais a elite decide emitir?”. Nomes na comissão, posições no cortejo e quem recebe delegações estrangeiras são pistas tradicionais para analistas. Até aqui, porém, nada sugere rearranjo institucional relevante — a sucessão do Presidium ocorreu em 2019 e o desenho constitucional já reconhece Kim Jong Un como chefe de Estado. AP News

Um olhar de centro: nem romantização, nem fatalismo

Uma lente centrista evita dois extremos. De um lado, a romantização de gestos simbólicos como se bastassem para reverter décadas de desconfiança e um programa nuclear amadurecido. De outro, o fatalismo que descarta qualquer espaço de diálogo, reduzindo a política para a península a mera gestão de dissuasão.

No curto prazo, a leitura realista é: a política de Pyongyang não muda por causa deste óbito. A linha estratégica continua ancorada na dissuasão nuclear e na busca por garantias de regime. A resposta mais responsável, portanto, combina três eixos:

  1. Dissuasão e defesa — manter a interoperabilidade entre EUA, Coreia do Sul e Japão, fortalecer defesas antimísseis e reduzir janelas de vulnerabilidade sem escaladas desnecessárias;
  2. Diplomacia de baixo risco — preservar canais de contato (inclusive militares) para evitar erros de cálculo, manter reuniões técnicas e explorar cooperação limitada (desastres, saúde, clima) que produza confiança mensurável;
  3. Humanitário e sanções bem calibradas — aliviar sofrimento civil com corredores de ajuda verificados, sem abrir brechas para financiar o programa nuclear, e executar sanções com foco em bens duais e redes marítimas ilícitas.

Esse é o equilíbrio que o centro costuma defender: pressão inteligente + diálogo com objetivos verificáveis, amarrado a prazos, métricas e reciprocidade.

Sinais externos: Pequim faz o gesto esperado

A China divulgou condolências “profundas”, chamando Kim de “velho amigo” e sublinhando sua contribuição aos “tradicionais laços” entre os dois países. É o script previsível de quem busca estabilidade nos próprios termos: apoio político e econômico seletivo a Pyongyang, combinado a estímulos para que crises não saiam do controle. Para a região, esse gesto é lembrete de que a equação de segurança não se resolve apenas entre as duas Coreias — Pequim segue parte essencial do tabuleiro, inclusive em foros multilaterais. Reuters

Além do protocolo: legado e limites

Reduzir Kim Yong Nam a um “figurante” seria erro; superestimá-lo, também. Sua função, sobretudo após 1998, foi garantir previsibilidade protocolar: a gramática dos encontros, as cartas de felicitação, a recepção de embaixadores. Em sistemas de comunicação rígida como o norte-coreano, isso tem valor. Ao mesmo tempo, o centro mantém os pés no chão: não há evidência de que personalidades cerimoniais tenham alterado o vetor estratégico do regime, guiado por prioridades militares e de sobrevivência política.

A memória institucional que ele encarnava — alguém que atravessou três gerações da dinastia Kim e sobreviveu a purgas — ajuda a entender a resiliência do aparato estatal. Mas a transição no Presidium, já consumada há seis anos, criou antídotos a choques biográficos como este. Em outras palavras: continuidade é a regra.

O que observar nos próximos dias

Com a cerimônia marcada, três pontos merecem atenção:

  • Coreografia interna: quem ocupa posições de destaque no comitê fúnebre e quem lê os textos oficiais;
  • Mensagens externas: telegramas públicos de aliados (como China e Rússia) e o tom de eventuais notas de Seul, Tóquio e Washington;
  • Agenda pós-funeral: sinais sobre testes de mísseis, exercícios militares na região e retomada (ou não) de canais de diálogo.

Qualquer inferência séria deve distinguir sinal de ruído. Funerais em regimes de partido único tendem a exibir unanimidade e reverência ao líder; mudanças de curso, quando acontecem, são graduais e discretas.

Por que isso importa fora da península

Para países de fora do teatro imediato — Brasil incluído —, a morte de Kim Yong Nam aciona alertas de governança global: cumprimento de resoluções do Conselho de Segurança, combate a redes de evasão de sanções e defesa de um multilateralismo funcional, que não confunda “diálogo” com “concessão unilateral”. Ao mesmo tempo, ajuda humanitária despolitizada, coordenada com agências da ONU e ONGs confiáveis, reduz danos sociais sem financiar capacidades militares.

No comércio e nas cadeias de suprimento, o risco-país da Ásia Nordeste volta ao radar de investidores. Tensão elevada encarece seguro marítimo, altera rotas e pode afetar preços de energia e fertilizantes em cenários extremos. Por isso, previsibilidade — inclusive a que vem do protocolo — tem valor econômico.

Entre 2018 e 2025: o que ficou daquela janela?

A presença de Kim nos Jogos de PyeongChang em 2018 foi um momento de oportunidade. Depois viriam altos e baixos, cúpulas e impasses. O aprendizado centrista é incremental: janelas se abrem e se fecham; o trabalho é manter trilhos técnicos nos períodos de baixa, para que, quando a política permitir, acordos verificáveis avancem sem começar do zero. Esse desenho reduz custos, diminui expectativas irrealistas e evita o cinismo improdutivo. Korea Joongang Daily

Em síntese: a morte de Kim Yong Nam não realinha a bússola de Pyongyang, mas reorganiza a vitrine e recorda que, entre o símbolo e a substância, a política da península exige equilíbrio. A região continuará a precisar de dissuasão crível para administrar riscos e de diplomacia persistente para ampliar espaços de cooperação — inclusive humanitária. O desafio é calibrar as duas coisas ao mesmo tempo, com metas claras e resultados verificáveis.

Parágrafo final
Kim Yong Nam sai de cena como guardião de um protocolo que ajudou a Coreia do Norte a falar com o mundo sem dizer muito. Sua morte não altera o essencial, mas convida a um pragmatismo equilibrado: conter ameaças com firmeza, abrir canais que salvem vidas e manter a diplomacia preparada para quando a política permitir passos concretos. Nem euforia, nem desistência — método, metas e medida.


Fontes

  • AP News – North Korea’s longtime ceremonial head of state Kim Yong Nam has died. AP News
  • Reuters – North Korea says former ceremonial head of state Kim Yong Nam dies. Reuters
  • Reuters – China extends ‘deep condolences’ over death of North Korea’s former ceremonial head of state. Reuters
  • The Korea Times – North Korea changes constitution to solidify Kim’s rule. koreatimes.co.kr
  • Korea JoongAng Daily – Delegation from North to be led by its head of state. Korea Joongang Da

Ajuda humanitária AP China constituição de 2019 Coreia do Norte Coreia do Sul diálogo diplomacia dissuasão EUA funeral de Estado geopolítica asiática Japão KCNA Kim Jong Un Kim Yong Nam Moon Jae-in Península Coreana Política Externa Presidium da Assembleia Popular Suprema Pyeongchang 2018 relações China-Coreia do Norte Reuters sanções Segurança regional
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