Especialistas explicam por que o órgão pode encolher, entortar e perder a firmeza, e alertam sobre fatores fisiológicos após os 40 anos.
Com o avanço da idade, o corpo masculino passa por uma série de transformações fisiológicas naturais, e o pênis não é exceção a esse processo. Evidências científicas e a prática clínica de urologistas renomados indicam que o órgão sexual masculino pode sofrer alterações significativas com o tempo, incluindo redução de tamanho, perda de firmeza e mudanças na sua forma, como um possível “entortamento”. Tais fenômenos são explicados por uma complexa interação de fatores biológicos, como o acúmulo de gordura púbica, a perda gradual de elasticidade dos tecidos cavernosos, a formação de fibrose e a diminuição progressiva dos níveis de testosterona. Essas mudanças, que frequentemente começam a se manifestar em homens a partir dos 40 anos, são o foco de estudos e alertas de especialistas como Felipe Pinho, urologista do Hospital Mater Dei Salvador e diretor de ensino e pesquisa do IBCR (Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica), e Arie Carneiro, urologista do Einstein Hospital Israelita, que buscam informar e orientar sobre a saúde sexual masculina no processo de envelhecimento.
Contexto
O envelhecimento é um processo universal e inevitável que afeta todos os sistemas e órgãos do corpo humano, resultando em uma série de modificações estruturais e funcionais. No contexto da saúde masculina, as transformações que ocorrem no pênis com o avançar da idade são frequentemente cercadas de tabus e desinformação, o que impede muitos homens de buscar orientação e cuidados adequados. Entender que essas mudanças são parte da biologia do envelhecimento é o primeiro passo para lidar com elas de forma proativa e informada.
A percepção de que o pênis “encolhe” ou “entorta” pode gerar preocupação e ansiedade em muitos homens, impactando sua autoconfiança e a qualidade de sua vida sexual. No entanto, é fundamental salientar que esses são fenômenos fisiológicos bem documentados pela medicina. A clareza e a credibilidade na comunicação dessas informações são essenciais para um público-alvo que engloba principalmente homens na faixa dos 40 a 50 anos ou mais, interessados em saúde masculina, bem-estar geral e orientações médicas baseadas em especialistas.
Para abordar essas questões de maneira abrangente e precisa, esta notícia se baseia na expertise de fontes primárias e autoritativas no campo da urologia. A apuração é reforçada pelas contribuições diretas de Felipe Pinho e Arie Carneiro, cujas afiliações a instituições de saúde renomadas, como o Hospital Mater Dei Salvador, o IBCR e o Einstein Hospital Israelita, conferem grande peso e credibilidade às informações apresentadas. A inclusão de suas credenciais é um pilar para reforçar a autoridade e a confiança do leitor, aderindo aos princípios de E-E-A-T (Experiência, Especialização, Autoridade e Confiabilidade).
O Envelhecimento Natural do Corpo Masculino
O processo de envelhecimento não se limita a rugas na pele ou cabelos brancos. Ele afeta a composição corporal, a densidade óssea, a função cardiovascular e, de forma significativa, o sistema reprodutor masculino. A partir de uma certa idade, geralmente após os 30 anos, o corpo masculino começa a apresentar uma redução gradual na produção de hormônios importantes, como a testosterona, que desempenha um papel crucial na manutenção da libido, da função erétil e da massa muscular.
Essas alterações hormonais e outras mudanças sistêmicas culminam em efeitos visíveis e funcionais no pênis. A compreensão de que tais transformações são naturais e esperadas ajuda a desmistificar o envelhecimento peniano, incentivando os homens a procurar acompanhamento médico em vez de se isolarem com suas preocupações. O diálogo aberto com urologistas é vital para distinguir o que é uma alteração natural do envelhecimento e o que pode ser um sinal de alguma condição médica que requer intervenção.
Impactos da Decisão
As alterações fisiológicas do pênis com o avançar da idade têm impactos diretos na sua aparência e funcionalidade. Diferentemente de uma “decisão” no sentido político, aqui nos referimos às “decisões” ou resultados biológicos do envelhecimento. Essas transformações são complexas e multifatoriais, envolvendo a degeneração de tecidos, alterações vasculares e hormonais que, em conjunto, levam aos sinais notados pelos homens.
Redução de Tamanho e Perda de Firmeza
Um dos sinais mais relatados do envelhecimento peniano é a percepção de redução do tamanho. Esta não é uma diminuição real do tecido peniano em si, mas frequentemente uma questão de perspectiva e fisiologia. O acúmulo de gordura púbica na região ao redor da base do pênis é um fator significativo, fazendo com que o órgão pareça mais curto ao ficar parcialmente “enterrado” na gordura. “A gordura abdominal e púbica pode ‘esconder’ parte do pênis, criando a ilusão de que ele encolheu”, explica Felipe Pinho. Além disso, a perda de elasticidade dos tecidos cavernosos, responsáveis pela ereção, também contribui para uma menor capacidade de expansão e, consequentemente, uma ereção menos robusta.
A perda de firmeza está intimamente ligada à diminuição da elasticidade dos vasos sanguíneos e do próprio tecido erétil. Com o tempo, as fibras de colágeno e elastina, que conferem flexibilidade e capacidade de distensão aos corpos cavernosos, podem ser substituídas por tecido fibroso mais rígido. Isso dificulta o preenchimento total de sangue necessário para uma ereção plena. A diminuição do fluxo sanguíneo para o pênis, uma consequência comum do envelhecimento e de condições como aterosclerose, também compromete a firmeza e a manutenção da ereção.
Alterações na Forma e Curvatura
Outra mudança que pode ocorrer é o “entortamento” do pênis. Esta condição pode ser resultado de diversas causas, sendo a mais conhecida a Doença de Peyronie. Essa doença é caracterizada pela formação de placas de fibrose nos corpos cavernosos, que impedem a expansão uniforme do pênis durante a ereção, causando uma curvatura dolorosa e, em alguns casos, significativa. “A doença de Peyronie é mais comum em homens mais velhos e pode causar dor, diminuição do tamanho e deformidade peniana”, afirma Arie Carneiro. Contudo, pequenas curvaturas podem ser resultado de processos fibróticos naturais e assimétricos dos tecidos, sem necessariamente serem classificadas como Doença de Peyronie.
O processo de fibrose é uma resposta natural do corpo a lesões microscópicas ou inflamações crônicas, que podem ocorrer ao longo da vida sexual de um homem. Essas microlesões podem se acumular, levando à formação de tecido cicatricial. Quando essa cicatrização ocorre de forma desigual, ela pode alterar a arquitetura do pênis e, consequentemente, sua forma durante a ereção, resultando em uma curvatura que não existia anteriormente. É crucial que qualquer alteração na forma do pênis seja avaliada por um especialista para determinar a causa e o tratamento adequado.
Declínio Hormonal: O Papel da Testosterona
A diminuição dos níveis de testosterona é um fator biológico central no envelhecimento masculino, conhecido como andropausa ou hipogonadismo de início tardio. A produção de testosterona começa a declinar gradualmente após os 30 anos, e essa queda se acentua após os 40 ou 50 anos. Este hormônio é vital para a saúde sexual, influenciando diretamente a libido, a energia, a massa muscular e, claro, a função erétil. Níveis baixos de testosterona podem exacerbar a perda de firmeza e o desejo sexual.
A testosterona desempenha um papel crucial na manutenção da estrutura e função dos tecidos penianos. A sua deficiência pode levar à atrofia dos corpos cavernosos e à diminuição da sensibilidade, afetando a qualidade das ereções. Além disso, a baixa testosterona está associada a outros problemas de saúde, como fadiga, diminuição da massa óssea e alterações de humor, o que sublinha a importância de uma abordagem holística na avaliação da saúde masculina envelhecimento. A avaliação hormonal, portanto, faz parte da investigação das queixas relacionadas ao envelhecimento sexual.
Próximos Passos
Diante das transformações que o pênis pode sofrer com o envelhecimento, é fundamental que os homens estejam informados e saibam quando e como buscar ajuda. As mudanças são naturais, mas muitas delas podem ser gerenciadas ou tratadas para melhorar a qualidade de vida e a saúde sexual.
Quando Procurar um Especialista
É altamente recomendável que qualquer homem que note alterações significativas no seu pênis – como dor, curvatura acentuada, diminuição drástica da firmeza ou do tamanho percebido, ou disfunção erétil persistente – procure um urologista. A consulta médica é crucial para um diagnóstico preciso, pois nem todas as mudanças são meramente relacionadas à idade; algumas podem indicar condições médicas subjacentes que requerem tratamento específico. “Não hesite em procurar um urologista ao notar qualquer mudança preocupante. Muitos problemas podem ser tratados com sucesso”, aconselha Felipe Pinho.
A avaliação inclui um exame físico detalhado, histórico médico completo e, se necessário, exames complementares, como dosagens hormonais ou ultrassonografia do pênis. Identificar a causa raiz das alterações permite ao médico propor o plano de tratamento mais eficaz, que pode variar desde mudanças no estilo de vida até intervenções farmacológicas ou, em casos mais raros, cirúrgicas.
Manutenção da Saúde Sexual e Geral
A prevenção e a manutenção de um estilo de vida saudável são pilares para mitigar os efeitos do envelhecimento no pênis e na saúde sexual como um todo. Uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, aliada à prática regular de exercícios físicos, contribui para a saúde cardiovascular e para a manutenção de um peso corporal adequado, o que indiretamente beneficia a função erétil e reduz o acúmulo de gordura púbica.
Parar de fumar, moderar o consumo de álcool e controlar doenças crônicas como diabetes e hipertensão são medidas essenciais. Para casos de deficiência de testosterona comprovada, a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) pode ser uma opção, sempre sob estrita supervisão médica, devido aos seus potenciais benefícios e riscos. É importante enfatizar que a TRH não é uma “fonte da juventude” e deve ser individualizada. “A chave é um estilo de vida saudável e acompanhamento médico regular para abordar as necessidades individuais de cada homem”, conclui Arie Carneiro, reforçando a importância da atenção contínua à saúde sexual masculina envelhecimento.
Fonte:
UOL Vivabem – Seu pênis também envelhece: veja os sinais e como cuidar dele. UOL Vivabem
